Papers by Deiny Façanha Costa

A pesquisa acadêmica pode ser muito solitária e felizmente tive sorte de ter uma rede que me impu... more A pesquisa acadêmica pode ser muito solitária e felizmente tive sorte de ter uma rede que me impulsionou e deixou a pesquisa (e a vida) mais leve e muito agradável. Agradeço primeiramente a acolhida na Pós-graduação da FAU-USP e às orientações de Andreína Nigriello e Nuno Fonseca nos primeiros meses desta pesquisa -foram grandiosas as orientações, conversas e inquietações; e obrigada por entenderem a mudança de rumo da pesquisa. Em especial, agradeço a Paula Santoro por tanto contribuir nesta pesquisa e no meu crescimento como pesquisadora. Sua orientação leve e instigante, e principalmente seu incentivo e crença no meu potencial, foram fundamentais durante todo o processo e sou grata pela confiança e pela oportunidade de parceria. Também agradeço aos amigos do LabCidade -em especial o grupo de regulação crítica e de cartografia -pelas conversas, inquietações, parceria de pesquisa, risadas, pelas contribuições nesta pesquisa e por não deixarem o mestrado ser um processo solitário. Obrigada Laisa Stroher, Mateus Humberto e Thomas Moreira pela leitura atenta, pelos comentários atenciosos e pelos direcionamentos da pesquisa na banca final.
Revista Eletrônica de Estudos Urbanos e Regionais, 2024
Cadernos Metrópole, 2024
Este artigo pretende compreender se houve e como se deu uma “evolução” da articulação entre o pla... more Este artigo pretende compreender se houve e como se deu uma “evolução” da articulação entre o planejamento urbano e da mobilidade, a partir da análise de três conjuntos regulatórios de São Paulo – Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado (PDDI) (1971) e zoneamento (1972); o Plano Diretor Estratégico (PDE) (2002) e a Lei de Parcelamento Uso e Ocupação do Solo (LPUOS) (2004); e do PDE 2014 e a LPUOS 2016 – questionando os conceitos por trás das propostas, a relação das origens das ideias com os atores e os desenhos institucionais públicos, e a mobilização entre zoneamento e projeto urbano para transformação através de análise cartográfica comparativa entre os conjuntos regulatórios e da condução de entrevistas com gestores e planejadores urbanos.

Anais Fórum SP 21, 2022
A relação entre mobilidade e planejamento urbano em São Paulo foi historicamente pautada pela rel... more A relação entre mobilidade e planejamento urbano em São Paulo foi historicamente pautada pela relação entre a verticalização e a estrutura viária. Este artigo pretende aferir se e como o Plano Diretor Estratégico de 2014, utilizou o conceito de Desenvolvimento Orientado ao
Transporte (DOTs) e como se deu a produção do urbano nos Eixos de Estruturação da Transformação Urbana (EETUs) e no Projeto de Intervenção Urbana Setor Central (PIU SCE). Como método, revisita a literatura internacional sobre DOTs, procurando responder se os conceitos foram aplicados em São Paulo, através da recuperação de estudos recentes sobre a produção imobiliária e análise da proposta do PIU Setor Central. Conclui que não foram aplicadas todas as diretrizes de DOTs nos eixos, não alcançando assim a densidade, diversidade e desenho urbano esperados para produção de comunidades compactas e usuárias do transporte coletivo. Que a regulação incidente foi homogênea em todo território, e não considerou as características locais de cada região e como resultado há diferença no comportamento entre eixos. Pesquisas sobre a produção imobiliária apontam para crescimento do adensamento construtivo sem assegurar densidade habitacional, além da baixa ou ausente diversidade socioeconômica e consequente perpetuação da segregação socioespacial.

ENANPARQ VI, 2020
Limiaridade: processos e práticas em Arquitetura e Urbanismo RESUMO A Região Metropolitana de São... more Limiaridade: processos e práticas em Arquitetura e Urbanismo RESUMO A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) é um espaço socioespacialmente desigual com distribuição heterogênea de infraestrutura e oportunidades, configurada pela rede de transporte coletivo por trilhos concentrada na área central. A bicicleta é uma forma de conectar origem e destino com estações de transporte coletivo por meio da primeira e última perna/milha e possibilitar maior acessibilidade à vida urbana. Este artigo tem como objetivo compreender os deslocamentos intermodais entre bicicleta e transporte coletivo de alta capacidade através da Pesquisa Origem e Destino do Metrô e oferta de bicicletários em estações. A relevância da pesquisa reside na compreensão da oferta na mancha urbana e como as viagens intermodais entre bicicleta e transporte coletivo de alta capacidade são realizadas na RMSP. Ainda, considerando que a maior parte da bibliografia existente sobre primeira/última perna/milha é originária de países desenvolvidos, este artigo pretende contribuir no conhecimento em países em desenvolvimento, como uma base para futuras pesquisas. PALAVRAS-CHAVE: mobilidade. bicicletário. viagens intermodais. estações de trânsito.
Books by Deiny Façanha Costa
Publicação sobre a mobilidade por bicicleta contendo 5 capítulos com abordagens diversas sobre o ... more Publicação sobre a mobilidade por bicicleta contendo 5 capítulos com abordagens diversas sobre o tema. Meu capítulo tem por objeto a intermodalidade entre bicicleta e transporte coletivo sendo analisado o entorno de duas estações do Metrô (Carrão e Faria Lima) em São Paulo.
Caderno 1 - Políticas Públicas, 2022
O estudo, feito pela Ciclocidade com apoio do Instituto Clima e Sociedade (iCS), analisou como Sã... more O estudo, feito pela Ciclocidade com apoio do Instituto Clima e Sociedade (iCS), analisou como São Paulo, Cidade do México, Londres, Nova York e Paris estabelecem e monitoram suas metas relativas ao aumento de viagens por bicicleta e como disponibilizam dados e relatórios para, a partir daí, propor formas de fazer essa mensuração na capital paulista.
Realização Apoio Licença de uso ISBN Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons A... more Realização Apoio Licença de uso ISBN Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição--CompartilhaIgual 4.0 Internacional.
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O planejamento urbano do município de São Paulo foi historicamente pautado por uma relação com o ... more O planejamento urbano do município de São Paulo foi historicamente pautado por uma relação com o sistema viário. Fruto da trajetória histórica, ou inspirado no conceito de DOTs – ou ainda nos debates dos impactos da verticalização rodoviarista – o Plano Diretor Estratégico de 2002 (PDE 2002) criava uma rede estrutural de eixos e pólos de centralidades com faixa de largura de 300 metros definidas como Áreas de Intervenção Urbana (AIU).
O Plano Diretor Estratégico de 2014 (PDE 2014), inspirado nos DOTs, propôs os Eixos de Estruturação da Transformação Urbana (EETUs), estimulando maior adensamento construtivo no entorno de estações e terminais e ao longo de eixos de mobilidade de média ou alta capacidade (corredores de ônibus, trem, metrô, monotrilho, etc.).
Este trabalho parte desta inquietude para atingir um objetivo mais amplo de leitura da relação entre planejamento urbano e mobilidade a partir de duas diferentes propostas contidas no PDE 2014 em São Paulo:
1) os EETUs, lidos a partir de trabalhos de outros autores (DE SOUZA e SEO, 2017; BALBIM e KRAUSE, 2016; SEO, 2016; LAMOUR, 2018; NOBRE, 2016); e
2) os PIUs, cujas propostas relativas à mobilidade têm sido pouco estudadas.
O texto completo também se debruça sobre a proposta de mobilidade do Projeto de Intervenção Urbana Setor Central (PIU-SCE), atualmente em debate pelos vereadores, já que a região central de São Paulo é um importante território para se pensar um plano urbano: sua boa acessibilidade não deve ser lida apenas como a chegada de um conjunto de eixos e áreas de adensamento do tipo DOTs, mas exige uma articulação entre modais e espaços urbanos para potencialização e qualificação.
ARTIGOS PORT by Deiny Façanha Costa

e-metropolis, 2024
Um dos debates centrais no campo do planejamento urbano versa sobre o adensamento construtivo e p... more Um dos debates centrais no campo do planejamento urbano versa sobre o adensamento construtivo e populacional e a expansão urbana. Utilizando dados do Censo de 2022 agregados por setores censitários, da plataforma MapBiomas e dos lançamentos residenciais listados pela Embraesp, realizamos uma leitura espacial das dinâmicas demográficas da Região Metropolitana de São Paulo entre 2000 e 2010 para identificar possíveis alterações nos padrões históricos de distribuição do crescimento populacional na metrópole. Observamos um aumento na densidade construtiva concentrada nas áreas mais consolidadas , ocorrendo simultaneamente com uma expansão horizontal e desadensamento populacional na maior parte da extensão territorial metropolitana. Em um cenário de lançamento recorde de unidades residenciais verticais , a expansão urbana desacelera e, ainda assim, o ganho de população nas áreas de expansão horizontal é equivalente ao ganho populacional em áreas com adensamento construtivo. O adensamento construtivo e populacional trazido pelos lançamentos não garantiu a reconcentração da densidade populacional especificamente em áreas próximas ao transporte, reforçando uma lógica de dispersão rodoviarista, tampouco substituiu os mercados informais que produzem expansão horizontal.

Fórum SP 22/23, 2023
Fruto de pesquisa em andamento, este artigo analisa a cartografia da produção imobiliária formal ... more Fruto de pesquisa em andamento, este artigo analisa a cartografia da produção imobiliária formal residencial lançada em São Paulo entre 2006 e 2019, em dois períodos, antes e depois do Plano Diretor Estratégico de 2014. Argumenta que houve um enxugamento nos miolos de bairro, e que a produção imobiliária nos eixos parece ter diferentes intensidades e variações, levantando como hipótese que, embora mostre aspectos homogêneos, variou a depender da localização do eixo, da estrutura fundiária, da dinâmica imobiliária anteriormente existente na região (variam os produtores e os produtos imobiliários) e da estrutura de mobilidade implantada. Estes aspectos que serão analisados nas próximas etapas de pesquisa. Propõe que a regulação explore outros modelos de adensamento, não apenas o que mobiliza direitos de construir como estímulos a determinados resultados urbanos virasse linguagem dominante no planejamento urbano de São Paulo.
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Transporte (DOTs) e como se deu a produção do urbano nos Eixos de Estruturação da Transformação Urbana (EETUs) e no Projeto de Intervenção Urbana Setor Central (PIU SCE). Como método, revisita a literatura internacional sobre DOTs, procurando responder se os conceitos foram aplicados em São Paulo, através da recuperação de estudos recentes sobre a produção imobiliária e análise da proposta do PIU Setor Central. Conclui que não foram aplicadas todas as diretrizes de DOTs nos eixos, não alcançando assim a densidade, diversidade e desenho urbano esperados para produção de comunidades compactas e usuárias do transporte coletivo. Que a regulação incidente foi homogênea em todo território, e não considerou as características locais de cada região e como resultado há diferença no comportamento entre eixos. Pesquisas sobre a produção imobiliária apontam para crescimento do adensamento construtivo sem assegurar densidade habitacional, além da baixa ou ausente diversidade socioeconômica e consequente perpetuação da segregação socioespacial.
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O Plano Diretor Estratégico de 2014 (PDE 2014), inspirado nos DOTs, propôs os Eixos de Estruturação da Transformação Urbana (EETUs), estimulando maior adensamento construtivo no entorno de estações e terminais e ao longo de eixos de mobilidade de média ou alta capacidade (corredores de ônibus, trem, metrô, monotrilho, etc.).
Este trabalho parte desta inquietude para atingir um objetivo mais amplo de leitura da relação entre planejamento urbano e mobilidade a partir de duas diferentes propostas contidas no PDE 2014 em São Paulo:
1) os EETUs, lidos a partir de trabalhos de outros autores (DE SOUZA e SEO, 2017; BALBIM e KRAUSE, 2016; SEO, 2016; LAMOUR, 2018; NOBRE, 2016); e
2) os PIUs, cujas propostas relativas à mobilidade têm sido pouco estudadas.
O texto completo também se debruça sobre a proposta de mobilidade do Projeto de Intervenção Urbana Setor Central (PIU-SCE), atualmente em debate pelos vereadores, já que a região central de São Paulo é um importante território para se pensar um plano urbano: sua boa acessibilidade não deve ser lida apenas como a chegada de um conjunto de eixos e áreas de adensamento do tipo DOTs, mas exige uma articulação entre modais e espaços urbanos para potencialização e qualificação.
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Transporte (DOTs) e como se deu a produção do urbano nos Eixos de Estruturação da Transformação Urbana (EETUs) e no Projeto de Intervenção Urbana Setor Central (PIU SCE). Como método, revisita a literatura internacional sobre DOTs, procurando responder se os conceitos foram aplicados em São Paulo, através da recuperação de estudos recentes sobre a produção imobiliária e análise da proposta do PIU Setor Central. Conclui que não foram aplicadas todas as diretrizes de DOTs nos eixos, não alcançando assim a densidade, diversidade e desenho urbano esperados para produção de comunidades compactas e usuárias do transporte coletivo. Que a regulação incidente foi homogênea em todo território, e não considerou as características locais de cada região e como resultado há diferença no comportamento entre eixos. Pesquisas sobre a produção imobiliária apontam para crescimento do adensamento construtivo sem assegurar densidade habitacional, além da baixa ou ausente diversidade socioeconômica e consequente perpetuação da segregação socioespacial.
O Plano Diretor Estratégico de 2014 (PDE 2014), inspirado nos DOTs, propôs os Eixos de Estruturação da Transformação Urbana (EETUs), estimulando maior adensamento construtivo no entorno de estações e terminais e ao longo de eixos de mobilidade de média ou alta capacidade (corredores de ônibus, trem, metrô, monotrilho, etc.).
Este trabalho parte desta inquietude para atingir um objetivo mais amplo de leitura da relação entre planejamento urbano e mobilidade a partir de duas diferentes propostas contidas no PDE 2014 em São Paulo:
1) os EETUs, lidos a partir de trabalhos de outros autores (DE SOUZA e SEO, 2017; BALBIM e KRAUSE, 2016; SEO, 2016; LAMOUR, 2018; NOBRE, 2016); e
2) os PIUs, cujas propostas relativas à mobilidade têm sido pouco estudadas.
O texto completo também se debruça sobre a proposta de mobilidade do Projeto de Intervenção Urbana Setor Central (PIU-SCE), atualmente em debate pelos vereadores, já que a região central de São Paulo é um importante território para se pensar um plano urbano: sua boa acessibilidade não deve ser lida apenas como a chegada de um conjunto de eixos e áreas de adensamento do tipo DOTs, mas exige uma articulação entre modais e espaços urbanos para potencialização e qualificação.