O presente trabalho tem por objetivo analisar a letra da música Cota Não É Esmola, de Bia Ferreir... more O presente trabalho tem por objetivo analisar a letra da música Cota Não É Esmola, de Bia Ferreira (2018), buscando apresentar como as fronteiras existentes para o acesso à Educação Formal atravessam a subjetividade de mulheres negras que podem, pelas suas resistências, produzir (trans)formações. A canção escolhida faz parte do Movimento Hip-Hop, ferramenta artística de construção e compartilhamento de conhecimentos produzidos no cotidiano de seus autores e, portanto, ferramenta que integra e estimula aspectos constitutivos da Educação Não-Formal. Estamos filiados à teoria foucaultiana do Discurso e também aos Estudos Feministas Negros. Utilizamos em nossas análises a materialidade linguística e a interseccionalidade presentes. Essa análise nos possibilitou apontar como as fronteiras se confundem e como em suas margens surgem manifestações únicas e impossíveis em outros espaços. Observamos, também, em Cota Não É Esmola, uma resistência questionadora dos Processos Educativos, apontam...
Objetivamos apresentar, por meio da análise discursiva, alguns efeitos de sentido percebidos nos ... more Objetivamos apresentar, por meio da análise discursiva, alguns efeitos de sentido percebidos nos projetos político-pedagógicos (PPP) das graduações em Psicologia, de 15 Instituições de Ensino Superior, sobre gênero, sexualidade, raça e classe em perspectiva interseccional. A hipótese é a de que mesmo buscando atender orientações normativas do Estado sobre a transversalidade dos direitos humanos nos currículos, os cursos revelam o tácito acordo com o pacto narcísico da branquitude. Concluímos que gênero, raça, sexualidade e classe estão presentes, majoritariamente nos PPP, como resposta às orientações legais. A transversalidade não representa mudança ou ruptura com/nas estruturas sociais, mas emerge na escrita como artifício e produz a falsa sensação de compromisso social.
The present work aims to point out the connectivity between the song “Letras Negras”, 2017, by La... more The present work aims to point out the connectivity between the song “Letras Negras”, 2017, by Larissa Luz, and the book “Quarto de despejo: diário de uma favelada”, 1960, by Carolina Maria de Jesus. The chosen song is part of the Hip-Hop Movement, understood as an agency of literacy and knowledge production of Non-Formal Education. Affiliated to the Discourse Analysis and to the Black Feminist Studies and focusing on NonFormal Education, we analyze the regularities present in the objectives of the Black Brazilian Movement and of the Hip-Hop Movement in the construction of collectivity, belonging and elevation of black self-esteem, and
O presente trabalho tem por objetivo analisar a letra da música Cota Não É Esmola, de Bia Ferreir... more O presente trabalho tem por objetivo analisar a letra da música Cota Não É Esmola, de Bia Ferreira (2018), buscando apresentar como as fronteiras existentes para o acesso à Educação Formal atravessam a subjetividade de mulheres negras que podem, pelas suas resistências, produzir (trans)formações. A canção escolhida faz parte do Movimento Hip-Hop, ferramenta artística de construção e compartilhamento de conhecimentos produzidos no cotidiano de seus autores e, portanto, ferramenta que integra e estimula aspectos constitutivos da Educação Não-Formal. Estamos filiados à teoria foucaultiana do Discurso e também aos Estudos Feministas Negros. Utilizamos em nossas análises a materialidade linguística e a interseccionalidade presentes. Essa análise nos possibilitou apontar como as fronteiras se confundem e como em suas margens surgem manifestações únicas e impossíveis em outros espaços. Observamos, também, em Cota Não É Esmola, uma resistência questionadora dos Processos Educativos, apontam...
Objetivamos apresentar, por meio da análise discursiva, alguns efeitos de sentido percebidos nos ... more Objetivamos apresentar, por meio da análise discursiva, alguns efeitos de sentido percebidos nos projetos político-pedagógicos (PPP) das graduações em Psicologia, de 15 Instituições de Ensino Superior, sobre gênero, sexualidade, raça e classe em perspectiva interseccional. A hipótese é a de que mesmo buscando atender orientações normativas do Estado sobre a transversalidade dos direitos humanos nos currículos, os cursos revelam o tácito acordo com o pacto narcísico da branquitude. Concluímos que gênero, raça, sexualidade e classe estão presentes, majoritariamente nos PPP, como resposta às orientações legais. A transversalidade não representa mudança ou ruptura com/nas estruturas sociais, mas emerge na escrita como artifício e produz a falsa sensação de compromisso social.
The present work aims to point out the connectivity between the song “Letras Negras”, 2017, by La... more The present work aims to point out the connectivity between the song “Letras Negras”, 2017, by Larissa Luz, and the book “Quarto de despejo: diário de uma favelada”, 1960, by Carolina Maria de Jesus. The chosen song is part of the Hip-Hop Movement, understood as an agency of literacy and knowledge production of Non-Formal Education. Affiliated to the Discourse Analysis and to the Black Feminist Studies and focusing on NonFormal Education, we analyze the regularities present in the objectives of the Black Brazilian Movement and of the Hip-Hop Movement in the construction of collectivity, belonging and elevation of black self-esteem, and
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Papers by Vanilce Gomes