Papers by Thomas Cardoso Bastos Santos

Este trabalho é parte da discussão desenvolvida na dissertação “Riscos, travessias e escrevivênci... more Este trabalho é parte da discussão desenvolvida na dissertação “Riscos, travessias e escrevivências: a Transarte e Transpoesia como possibilidade para uma outra educação” e tem como objetivo compreender a pluralidade de conhecimentos e a multiplicidade de experiências mobilizadas pelas transmasculinidades. Também propõe uma reflexão acerca da produção de conhecimento advinda dessa mobilização. Para tal, buscou-se conhecer as escrevivências,
transartes e transpoesias das transmasculinidades, refletindo sobre as potencialidades dessas categorias na composição de se pensar/produzir modos outros de existência, para além da universalização dessas experiências. Nesse sentido, compreender que a articulação dos saberes
mobilizados nas transartes e transpoesias também provoca a composição de uma escrita transmasculina capaz de hackear cistemas e disputar um espaço no cenário epistemológico e científico. Posto isso, a proposta de uma escrita transmasculina manifesta-se também como
uma maneira de responder a uma suposta ausência do movimento epistemológico das transmasculinidades. A tal presumida ausência das vozes transmasculinas é também fruto do não-reconhecimento dos movimentos literários, artísticos e acadêmicos enquanto promovedores
de conhecimentos outros, do fazer político, da resistência. São saberes, narrativas e vivências que manifestam novas maneiras de olhar, ser, agir e pensar no mundo.

Financiadora: CNPq/ Capes ARQUIVOS INDISCIPLINADOS: MEMÓRIAS DE TRAVESTIS QUE ATRAVESSAM O BOLETI... more Financiadora: CNPq/ Capes ARQUIVOS INDISCIPLINADOS: MEMÓRIAS DE TRAVESTIS QUE ATRAVESSAM O BOLETIM "O SALTO". O presente trabalho busca refletir sobre dois boletins informativos do O Salto produzidos pela Associação de Travestis Unidas na luta pela cidadania -Unidas, movimento social de pessoas trans e travesti do estado de Sergipe. A Unidas surge como movimento social em 1999, e até hoje segue sendo relevante nas lutas por direitos especialmente de pessoas trans e travestis, mas não só, a Unidas também atua nas trincheiras de resistência por pautas que envolvem também as comunidades LGBIP+ e seus diversos atravessamentos. O Salto nos apresenta trajetórias, memórias, notas, fotos que nos ajudam a (re)montar, conhecer, os atravessamentos histórico/políticos não só no estado de Sergipe como a nível nacional. As notícias veiculadas no O Salto auxiliam a pensarmos como a Unidas também agenciou maneiras outras de produzir e veicular conhecimento, informação, principalmente sobre saúde para uma população marginalizada, especialmente de travestis que atuavam como profissionais do sexo. Aqui tentaremos evidenciar a discussão para duas edições do boletim O Salto, a primeira delas será do primeiro número, do ano 2000 e a segunda do número oito do ano 2002, foram escolhidas essas edições pois são poucos

DOXA: Revista Brasileira de Psicologia e Educação
O campo literário tem sido demarcado por escritas dispostas a (des) construir narrativas por inte... more O campo literário tem sido demarcado por escritas dispostas a (des) construir narrativas por intermédio de outras lentes, reposicionando experiências consideradas subalternas. Compreendida não apenas como expressão artística, mas também como linguagem atravessada por valores e discursos de cunho ideológico, a escrita cria ficção e produz memória. Partindo deste princípio, o presente trabalho tem por objetivo analisar narrativas literárias a partir da troca de correspondências entre os/as autores/as desta pesquisa e poetas transmasculinos. Com referência nos estudos produzidos por Anzaldúa (1980) e Mombaça (2021), discutiremos o potencial presente no encontro literário entre cartas e poesias, apresentando outras formas de produção de escrita, confrontando assim um dos pilares dos cânones literários: a cisnormatividade, além de fortalecer a política de alianças e agenciamentos em torno das experiências e saberes vinculados a transmasculinidades.

Práxis Educacional
A produção literária tem sido, hegemonicamente, território de reiteração de normas e legitimação ... more A produção literária tem sido, hegemonicamente, território de reiteração de normas e legitimação de determinadas formas de ser e existir, reservado ao “outro” o papel de coadjuvante com desfechos demarcados pela tragédia. Em contrapartida, este campo também tem sido disputado por produções que buscam construir narrativas outras, reposicionando corpos considerados subalternos nas (e para além das) páginas literárias. Compreendido não só como arte, mas também como linguagem permeada de cunho ideológico, a literatura cria ficção e produz memória. Partindo deste princípio, o trabalho tem por objetivo analisar a construção de narrativas transmasculinas negras a partir do poema “Trans-parto”. Escrito por Bruno Santana, a obra lança olhares sobre processos de transição do autor enquanto corpo transmasculino negro. Com referência nos estudos produzidos por Santana (2021), Peçanha (2021), Evaristo (2017), discutiremos o potencial discursivo presente neste (des)fazer literário ao apresentar o...
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Papers by Thomas Cardoso Bastos Santos
transartes e transpoesias das transmasculinidades, refletindo sobre as potencialidades dessas categorias na composição de se pensar/produzir modos outros de existência, para além da universalização dessas experiências. Nesse sentido, compreender que a articulação dos saberes
mobilizados nas transartes e transpoesias também provoca a composição de uma escrita transmasculina capaz de hackear cistemas e disputar um espaço no cenário epistemológico e científico. Posto isso, a proposta de uma escrita transmasculina manifesta-se também como
uma maneira de responder a uma suposta ausência do movimento epistemológico das transmasculinidades. A tal presumida ausência das vozes transmasculinas é também fruto do não-reconhecimento dos movimentos literários, artísticos e acadêmicos enquanto promovedores
de conhecimentos outros, do fazer político, da resistência. São saberes, narrativas e vivências que manifestam novas maneiras de olhar, ser, agir e pensar no mundo.
transartes e transpoesias das transmasculinidades, refletindo sobre as potencialidades dessas categorias na composição de se pensar/produzir modos outros de existência, para além da universalização dessas experiências. Nesse sentido, compreender que a articulação dos saberes
mobilizados nas transartes e transpoesias também provoca a composição de uma escrita transmasculina capaz de hackear cistemas e disputar um espaço no cenário epistemológico e científico. Posto isso, a proposta de uma escrita transmasculina manifesta-se também como
uma maneira de responder a uma suposta ausência do movimento epistemológico das transmasculinidades. A tal presumida ausência das vozes transmasculinas é também fruto do não-reconhecimento dos movimentos literários, artísticos e acadêmicos enquanto promovedores
de conhecimentos outros, do fazer político, da resistência. São saberes, narrativas e vivências que manifestam novas maneiras de olhar, ser, agir e pensar no mundo.