Papers by Susie Taís Gameleira

A identificação de conhecimentos prévios dos estudantes tem se tornado uma ferramenta de fundame... more A identificação de conhecimentos prévios dos estudantes tem se tornado uma ferramenta de fundamental importância, pois através dela pode-se identificar os subsunçores presentes na estrutura cognitiva do aluno. O que permite, portanto, a elaboração de métodos e metodologias de ensino adequadas para se obter uma aprendizagem significativa. Dessa forma, neste trabalho apresentam-se as análises das respostas de alunos de uma turma do primeiro ano do ensino médio para identificação de seus conhecimentos prévios através da resolução de situações-problema, envolvendo conceitos básicos de química para uma melhor compreensão dos processos de separação de misturas. Os resultados obtidos foram analisados e categorizados em relação ao nível cognitivo dos alunos, em categorias propostas por Stuart e Marcondes (2009), baseada nos pressupostos de Zoller (2002). De acordo com os dados obtidos, para todas as situações propostas a maioria dos alunos classificou-se apenas no nível mais básico, não conseguindo reconhecer as situações propostas, limitando-se apenas a repetição de conceitos ou fórmulas. Assim, sugere-se que a identificação dos conhecimentos prévios é uma ferramenta importante para elaboração de estratégias adequadas ao ensino pois pode direcionar o professor para uma prática docente mais efetiva que objetive a aprendizagem significativa. Palavras-chave: conhecimentos prévios; situações problema; aprendizagem significativa. 1. INTRODUÇÃO Atualmente, no ambiente escolar ainda persiste, em muitos casos, uma prática docente automatizada e padronizada, fruto de um antigo modelo tradicionalista de educação. Nele, não há (ou é pouco frequente) uma preocupação por parte do professor, com os conhecimentos prévios que os alunos possuem (ANTERO, 2015; BOLFER, 2008; LEÃO, 1999; NASCIMENTO et al, 2016; RODRIGUES et al, 2011). Assim, muitas vezes, o docente ensina o que estabelece e prevê o livro didático, geralmente sem proporcionar questionamentos aos discentes, apresentando os conteúdos dissociados da realidade deles, não evidenciando o papel do aluno e de sua concepção de sociedade e sujeito. O ensino, nessa perspectiva, proporciona uma desvinculação entre os saberes cotidianos e o conhecimento científico. Esta abordagem dificulta a construção de "pontes cognitivas", ou seja, não há uma ligação ou integração entre os conhecimentos dos alunos e os novos saberes 1 Mestre em Ensino de Ciências Exatas e Ambientais pelo Programa de Pós-Graduação em Ensino (PPGE) do Curso de Mestrado Acadêmico em Ensino da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Brasil. 2 Professora Doutora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), campus Pau dos Ferros, Brasil.
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