Papers by Samuel E. L. Bello
Navegando Publicações eBooks, Jan 17, 2020

Perspectivas da Educação Matemática, Jun 10, 2017
O presente artigo apresenta o recorte de uma pesquisa perspectivada pela linha teórica das filoso... more O presente artigo apresenta o recorte de uma pesquisa perspectivada pela linha teórica das filosofias da diferença e educação que teve por objetivo analisar o movimento da forma, enquanto conceito filosófico, 'docência-emmatemática'. Mostra-se, a partir de discursos teóricos da área da Educação Matemática e Formação de Professores, que as identidades docentes atualizadas na contemporaneidade são carregadas por um discurso dual da vida, do mundo e do humano e que herdam das filosofias da representação platônico-aristotélica, muitos de seus pressupostos e significados. Mostra-se que os efeitos das múltiplas identidades se desdobram em desconsiderar a diferença como elemento constitutivo da docência e que, mesmo que haja múltiplas possibilidades identitárias, a docência é construída por assemelhação a um modelo, permanecendo a perspectiva de um falso movimento.

International Journal of Research, Jul 11, 2014
This paper presents part of a post-structuralist research that aimed to analyze language games in... more This paper presents part of a post-structuralist research that aimed to analyze language games in forms of life of children regarded as high ability learners, thus evidencing the games that have been valued in school processes of selection and education enhancement. The work here presented was developed with the use of ethnography-inspired techniques involving three students from the Municipal Education Network of Porto Alegre (Brazil), their regular teachers and their SIR/AH teacher. Through the approximation between Wittgenstein’s notion of language games and Foucault’s notion of games of truth, it was possible to notice that in the core of these games there are rules of legitimation of discourses forged in power relations established among subjects in historical and social settings. With the approximation of these ideas, the expression power-language game was coined to support the discussions proposed in this study. It was concluded that high ability subjects are an effect of a discursive practice, since the ways of being and acting give them existence. It was also possible to notice that the identification and selection of these subjects occur mainly through comparative and classificatory processes.

Este trabalho teve como experiencia empirica um Curso de Formacao Docente e pesquisa em Etnomatem... more Este trabalho teve como experiencia empirica um Curso de Formacao Docente e pesquisa em Etnomatematica, no qual participaram professores do nivel primario de ensino do distrito Educativo de Mizque (Cochabamba-Bolivia). O referido curso, o qual tive o privilegio de coordenar e desenvolver, realizou-se com o apoio tecnico do Ministerio da Educacao da Bolivia e o auxilio financeiro de UNICEF-Bolivia, dentro do marco referencial do que significa a Reforma Educativa boliviana a qual estabelece perspectivas, normas e regulamentos para o desenvolvimento da Politica de Educacao Intercultural Bilingue nesse pais. Dessa maneira, e a partir de discussoes sobre Educacao, interculturalidade, Bilinguismo e Etnomatematica, dentro do referido curso, procurei entender as relacoes de luta e tensao pela manutencao, valorizacao, substituicao, aceitacao de diferentes formas de explicar e conhecer no processo de producao organizacao, institucionalizacao e difusao do conhecimento na realidade de atuacao desses professores. Conclui-se que esse processo, o qual se associa a "dinâmica cultural", perfila-se muito claramente pela acao dos grupos dominantes propiciando situacoes de dominacao, aceitacao e resistencia cultural. Abstract
Editora UEPG eBooks, 2016

Elisabete Zardo Búrigo-Nas últimas décadas não apenas a Educação Básica, mas o ensino superior te... more Elisabete Zardo Búrigo-Nas últimas décadas não apenas a Educação Básica, mas o ensino superior tem sido submetido a processos de ranqueamento em escala internacional. Segundo o ranqueamento inglês Times Higher Education (THE), entre as 100 melhores instituições de ensino superior, temos, da França, a École Normale Supérieure na 59ª posição, a École Polytechnique na 63ª e a Université Pierre et Marie Curie na 84ª posição. Nesse cenário, instituições tradicionais como a Sorbonne e o Collège de France sequer aparecem, enquanto suas similares de Oxford e de Cambridge, no Reino Unido, se mantêm nos primeiros lugares. O que podemos refletir sobre os procedimentos e os critérios pelos quais é feito esse ranqueamento e de que maneira, no âmbito macro, estes processos têm afetado a política de Ensino Superior na França e as dinâmicas de trabalho do corpo docente? Com a eleição ao governo do Partido Socialista, quais as inflexões que deverão se produzir nos próximos anos em relação a essa dinâmica? Jean-Claude Régnier-A pergunta é bastante complexa porque abrange vários aspectos. O primeiro ponto que gostaria de enfocar é essa questão do ranqueamento. A palavra usada é já norte-americana, mas existe uma palavra em língua portuguesa para designar ordenação, os ordinais que são os números ordinais. Considerando-se a palavra ranque, podemos ler no dicionário Houaiss esta observação que apoia a minha perspectiva: "aport. desnecessário, quando há na língua palavras vernáculas equivalentes, como colocação, nível, classe, posto etc." Como na Estatística me interesso muito pelas ferramentas que tratam dos números ordinais, sempre me indisponho com as pessoas que não falam com a palavra em língua portuguesa, até não consigo saber qual é a palavra certa em português. Posso precisar que a palavra francesa é rang. Elisabete Zardo Búrigo-Que também é um americanismo, não? Jean-Claude Régnier-Não, seria uma palavra francesa cujo uso já pode ser identificado no século XVI, mas isso é apenas um parêntese. Na minha vida, acho que meus primeiros trabalhos de interrogação sobre o mundo, foram mais sobre a questão da avaliação do que da aprendizagem. Eu comecei a trabalhar, enquanto professor de Matemática do Ensino Médio. Fui um dos pioneiros nos anos 1970 a introduzir, nesse nível escolar, uma pedagogia chamada Pedagogia da Escola Moderna, a Pedagogia Freinet. No Brasil havia vários grupos: o de Florianópolis, o de Recife com grupos da rede internacional da Escola Moderna. Eu tenho vários escritos, muitos arquivos dos quais poderíamos fazer artigos para valorizar um pouquinho esse trabalho de quarenta anos. O que gostaria de enfatizar com esse propósito é que antes de me preocupar com o processo de aprendizagem diretamente, me preocupei com a avaliação. Vale salientar que estávamos nos anos setenta, logo depois de 68, época que marcou profundamente a França, e talvez outros países. Sou da geração 68, e nessa perspectiva, estava impregnado pelo lema "avaliação equivaleria à seleção e seleção seria equivalente à repressão". A avaliação era algo a ser destruído. Essa era a perspectiva ideológica. Nessa época questionar a avaliação não era tão simples, porque avaliação era igual à repressão, então terse -ia que destruir todo o processo de avaliação. Entretanto, com um grupo de colegas, estávamos muito mais interessados em questionar no Ensino Médio o que era a avaliação. Fiz vários trabalhos sobre avaliação e também sobre outro ramo, que é o da autoavaliação. Se quiseres podes acessar a revista brasileira Avaliação: Revista da Avaliação exatamente o modelo inicial... As notas de provas, aqui no Brasil, vão de zero a dez, na França vão de zero a vinte, tem outros lugares em que vão de zero a sete. Agora, não existe relação de proporcionalidade, se compararmos uma avaliação de zero a dez e uma de zero a vinte, não obteremos uma a partir da outra multiplicando por dois. Elisabete Zardo Búrigo-Isso eu já observei. Jean-Claude Régnier-Tu sabes, porque tudo isso é bem conhecido e foi bem trabalhado. Temos muitos dados que provam o comportamento da subjetividade dos seres humanos usando uma visão da avaliação reduzida a pôr uma nota numa escala, que já seria mais uma informação qualitativa, uma variável qualitativa ordinal, do que uma variável quantitativa. Voltando, o que foi usado para se calcular a nota, do que eu conheço, por exemplo, foram quantos Prêmios Nobel se teve e quantas medalhas Fields se ganhou. Quantos Prêmios Nobel há na área da educação? Não temos. Então nunca vais entrar nesse ranking porque não tem. Existe outro lado também, que é a bibliometria quantitativa que é contar quantas produções, isso se faz. Não vou dizer que a minha posição é de negar totalmente essa informação, é uma informação importante. Podemos diferenciar os grupos que tentam produzir dos que vivem e recebem salário sem produzir nada. Mas, o papel dessa informação na classificação, a consequência não é só do tipo epistemológica, ela é do tipo econômico-financeira. Coloca-se orçamento maior onde parece que se está produzindo mais. Isso pode e deve ser objeto de questionamento. Entretanto, nunca vi se questionar, nunca escutei na minha comunidade, pessoas que discutam, tentem desconstruir a constituição da nota, para se decidir, para se fazer uma ordenação. Nunca. As pessoas submetem-se, "é a lei de hoje, o mundo novo é assim". Agora, sou professor titular com quarenta e dois anos de experiência na área da educação, 68, e diria mais que já combati desde os onze anos de idade, essa ideologia... Samuel Edmundo Lopez Bello-Quando pensamos nessa questão, nos chamou a atenção, numa análise muito rápida, por exemplo, o fato de que você tem instituições americanas e inglesas muito presentes nessa listagem. Jean-Claude Régnier-É simples, porque a bibliometria quantitativa é feita a partir dos artigos publicados em revistas de língua inglesa. Então, onde vão ser encontradas a língua portuguesa e a língua francesa? Por exemplo, se pegarmos todas as publicações da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e pegarmos somente aquelas que foram publicadas em língua inglesa, como vamos fazer? É um engano total. Samuel Edmundo Lopez Bello-Aqui no Brasil estamos nos sentindo, também, de alguma forma, envolvidos e pressionados por essas questões. Como está sendo tomado isso nas universidades francesas? Jean-Claude Régnier-É difícil, para mim, responder. Eu poderia responder como um jornalista sabe-tudo, mas não. O que eu sei é que não sei... Bom, acredito que existe uma parte do mundo universitário, uma velha guarda, que está resistindo e não se submete como se esse fosse o dictat da modernidade. Mas, existem os jovens que são deste mundo, e que pensam que não existe outra possibilidade. Bom, temos resistência, por exemplo, na minha área, da Educação, no Conselho Nacional das Universidades, porque teríamos que ver também os órgãos de avaliação dentro da França, porque o governo precedente estava totalmente na lógica neoliberal, pressionava no sentido da avaliação quantitativa também em coerência com essa lógica. Samuel Edmundo Lopez Bello-O governo Sarkozy? Jean-Claude Régnier-Sim, o Sarkozy. Mas é preciso saber que na nossa comunidade têm pessoas que gostam dessa perspectiva, não é apenas porque o Sarkozy estava no poder. Elisabete Zardo Búrigo-Gostaríamos de entender melhor esse debate na universidade. Jean-Claude Régnier-Na França houve uma redução, penso, no funcionamento democrático das universidades, porque a universidade na França tem uma tradição de democracia, bom, entre aspas, mas a organização é democrática. Existe esse alvo, essa meta do neoliberalismo de concentrar o poder nas mãos dos empresários, essa visão empresarial da gestão da universidade. Então, se alguém me provar que uma universidade, produzindo conhecimento, pode ser gerenciada como uma empresa que produz automóveis, por exemplo, nesse dia entenderei. Porque a produção material não é a produção do conhecimento, que é o que se passa na cabeça das pessoas nessa visão empresarial da gestão universitária. Tenho colegas que sonham em serem os chefes, claro, existem essas pessoas. Encontramos sempre, veja, até na história do Brasil, no período da ditadura, houve pessoas que concordaram e fizeram o sistema funcionar. Vamos sempre achar pessoas que vão concordar com essa perspectiva, sobretudo se ela usa critérios vantajosos para si mesma. Elisabete Zardo Búrigo-Quando estive na França, em estágio de pós-doutorado no Service d'Histoire de l'Education do INRP 3 , no ano passado, falava-se na tendência de reagrupamento das instituições francesas. Jean-Claude Régnier-Sim, se dizia que teriam melhor visibilidade, mas a realidade é financeira e do desengajamento do Estado para com o financiamento das universidades. A realidade é essa. Tudo fica bem na aparência. Obviamente, devemos nos agrupar e nos organizar, porém existem agrupamentos que epistemologicamente não têm nenhum sentido. Elisabete Zardo Búrigo-Por exemplo? Jean-Claude Régnier-Por exemplo, nossa Escola Doutoral foi agrupada, então temos Educação, Psicologia, e Informação e Comunicação na mesma escola de doutorado. A Psicologia tem ligação com a Educação, mas ela abrange um outro domínio. Informação e Comunicação... são agrupamentos que não são... Existe um discurso geral, em qualquer lugar do mundo, da multidisciplinaridade e da interdisciplinaridade. Isso é um discurso, porque quando tu és uma dessas pessoas que ficam sempre entre os vários domínios, tu ficas rejeitada de todos os lados, isso é clássico. Por exemplo, houve uma época, as pessoas que trabalhavam na Física Teórica, por exemplo, do lado dos físicos era muito matemático e do lado dos
DOAJ (DOAJ: Directory of Open Access Journals), Jul 1, 2021
A partir da discussão filosófica de Friedrich Nietzsche em torno das tipologias escrava e nobre, ... more A partir da discussão filosófica de Friedrich Nietzsche em torno das tipologias escrava e nobre, compomos as docências escrava e nobre como modos de perspectivar discussões no campo da educação. Ao desenvolver um procedimento genealógico, tensionamos valores que sustentam a Pedagogia da Realidade. Para tal analítica, apresentamos discussões acerca da presença discursiva do real no campo educacional. Destarte, discutimos modos de interpelar a nós mesmos, educadores, entre negar e afirmar a vida: as docências escrava e nobre.

O presente artigo apresenta o recorte de uma pesquisa de cunho pos-estruturalista que teve por ob... more O presente artigo apresenta o recorte de uma pesquisa de cunho pos-estruturalista que teve por objetivo analisar os jogos de linguagem em formas de vida de criancas ditas portadoras de altas habilidades, evidenciando aqueles valoriza-dos pelos processos escolares de selecao e enriquecimento educativo. O trabalho apresentado neste artigo foi desenvolvido a partir de tecnicas de inspiracao etnograficas, envolvendo tres alunos da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre (Brasil), suas professoras do ensino regular, bem como, a professora da SIR/AH. Aproximando a nocao de jogos de linguagem de Wittgenstein, da nocao de jogos de verdade de Foucault, foi possivel perceber que no âmago desses jogos encontram-se regras de legitimacao de discursos forjados nas relacoes de poder mantidas entre os sujeitos no espaco historico e social. No exercicio de aproximacao dessas ideias cunhou-se a expressao jogos de poder-linguagem, a qual passa a sustentar as discussoes propostas neste estudo. Conclui-se que o sujeito das altas habilidades e efeito de uma pratica discursiva, uma vez que sao os modos de ser e de agir que lhe outorgam existencia. Tambem foi possivel perceber que a identificacao e selecao desses sujeitos dao-se, acima de tudo, por processos comparativos e classificatorios.

DOAJ (DOAJ: Directory of Open Access Journals), Dec 1, 2009
Este artigo levanta questionamentos a respeito do programa de pesquisa em etnomatematica, tendo c... more Este artigo levanta questionamentos a respeito do programa de pesquisa em etnomatematica, tendo como foco principal de discussao a definicao de etnomatematica, os metodos de pesquisa utilizados e os resultados dessa pesquisa em termos de reconhecimento de saberes produzidos em diversos contextos socioculturais. Isto sem duvida, tem uma grande repercussao na educacao e na apropriacao do conhecimento dominante por parte de grupos minoritarios e/ou socioculturalmente diferentes. Neste caso, ao se falar de sociedades indigenas, considera-se a diversidade inter e intracultural para produzir, organizar e difundir conhecimento a qual, o âmbito da globalizacao e do acesso ao conhecimento socialmente valorizado, aponta para o Multiculturalismo. Palavras-chave Etnomatematica; Contexto socio-cultural; Multiculturalismo Abstract This paper refers to ethnomathematical research having as main points discussion the cocept of enthmathematical, its methods of reseach, and its results about teconizing of knowledges produced in different socio-cultural contexts. Certainty, all of this has a great relation with education and appropriation of knowledge so-called dominat by groups less privileged or distinguished socioculturally. In this case, when we talk about indigenous people we are considering the is inter and intra-cultural diversity to produce, organize and spread knowledge which, in spite of global process to become us equals, points out to multiculturalism. Keywords Etnomathematics; Socio-cultural contexts; Multiculturalism
Revista Panorâmica online, Dec 21, 2019
Varia Scientia, 2006
Data de recebimento: 09/10/06. Data de aceite para publicação: 04/10/07. 1 Resenha crítica: SOUZA... more Data de recebimento: 09/10/06. Data de aceite para publicação: 04/10/07. 1 Resenha crítica: SOUZA, Eliana da Silva. A prática social do cálculo escrito na formação de professores: a história como possibilidade de pensar questões do presente.
Data de recebimento: 09/10/06. Data de aceite para publicação: 04/10/07. 1 Resenha crítica: SOUZA... more Data de recebimento: 09/10/06. Data de aceite para publicação: 04/10/07. 1 Resenha crítica: SOUZA, Eliana da Silva. A prática social do cálculo escrito na formação de professores: a história como possibilidade de pensar questões do presente.
Revista Teias, 2018
Este texto objetiva analisar a produção do risco do analfabetismo infantil e as estratégias de ge... more Este texto objetiva analisar a produção do risco do analfabetismo infantil e as estratégias de gerenciamento desse risco postas em funcionamento pela Avaliação Nacional da Alfabetização – ANA. Metodologicamente, e através de uma analítica-interpretativa de viés foucaultiano, analisaram-se documentos da ANA tais como portarias, notas explicativas, relatórios. As análises evidenciam três estratégias que convocam os indivíduos a combaterem o risco do analfabetismo infantil, quais sejam: 1) a visibilização e vigilância do risco; 2) a aprendizagem como direito e 3) a comparação dos resultados. Conclui-se que a combinação dessas diferentes estratégias, possibilitada pela produção quantitativa do processo avaliativo em larga escala, produz discursivamente o risco do analfabetismo infantil.

Revista Latinoamericana de Etnomatemática, 2017
Resumo O presente artigo problematiza as praticas de cozinheiras sob uma perspectiva analitica da... more Resumo O presente artigo problematiza as praticas de cozinheiras sob uma perspectiva analitica da linguagem, atraves dos estudos de Wittgenstein e suas contribuicoes para a compreensao dos jogos de linguagem. Por meio de uma reflexao gramatical sobre a producao simbolica acerca de elementos relacionados a matematica na pratica de profissionais da cozinha, colocamos sob suspeita as acoes pedagogicas quando entrelacadas aos estudos etnomatematicos e a producao de situacoes-problema que visam aproximar as praticas matematicas de diferentes grupos culturais da matematica escolar. Tendencias como esta “revestem” os conhecimentos matematicos com o intuito de dar sentido ao conhecimento atraves destas praticas. A partir de relatos de cozinheiras escolares, extraidos de uma pesquisa de campo, discorremos sobre a natureza do conhecimento matematico na perspectiva wittgensteiniana, ressaltando as transformacoes de proporcoes e medidas recorrentes da pratica cotidiana das profissionais. Com b...

REMAT: Revista Eletrônica da Matemática, 2017
Nosso propósito, neste texto, é promover uma discussão sobre a matemática escolar através de algu... more Nosso propósito, neste texto, é promover uma discussão sobre a matemática escolar através de alguns conceitos da filosofia do Wittgenstein das Investigações Filosóficas. Regulamos nossas lentes para a escrita matemática, em específico, para as questões relacionadas às proposições normativas e empíricas e a questão de seguir regras, na concepção wittgensteiniana. Como pano de fundo a estas investigações, erguem-se desconfianças à necessidade de utilização de relações externas à matemática. Amparados na filosofia da linguagem de Wittgenstein, traçamos as linhas do que chamamos de busca dos significados dos objetos matemáticos, olhando em direção ao normativo, em detrimento do descritivo. Intencionamos mostrar que os significados matemáticos não se encontram no campo do empírico, mas teriam eles a função de servir de padrão de correção, por ocasião da comparação com a experiência. Com o intuito de realizar uma conexão entre a filosofia teórica apresentada e alguns conceitos matemáticos...
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