Papers by Rodrigo Fernandes

Caminhos de Geografia, 2017
Este artigo busca analisar o pensamento do teórico francês Guy Debord dentro de uma perspectiva g... more Este artigo busca analisar o pensamento do teórico francês Guy Debord dentro de uma perspectiva geográfica. Tal leitura é feita a partir de três conceitos elaborados por esse teórico entre os anos 1950-1960, a saber: a psicogeografia, a deriva e a criação de situações. Formando uma espécie de manual de instruções ou modo de usar crítico das cidades europeias, Debord sugerese nos valermos de uma interpretação geográficaum caminho de superação que parta do espaço utilitário e alcance o lugar. Esse movimento é, segundo esse pensador, essencial para reverter a alienação e reificação do homem que vive sob o signo das grandes cidades. Os resultados deste trabalho, a par dos estudos de Geografia, revelam a importância não apenas de Guy Debord, mas também da Internacional Situacionista da transformação urbana no atendimento às necessidades do grande capital. Acreditamos que estudar o pensamento debordiano nesse contexto também propicia um melhor entendimento decomo a Geografia, eminentemente crítica, veio a se apropriar das ideias situacionistas, privilegiando o lugar e confrontando a idealização do urbano nos moldes capitalistas.
Discute-se o pós-modernismo como uma sensibilidade estética que permeia a sociedade e a cultura c... more Discute-se o pós-modernismo como uma sensibilidade estética que permeia a sociedade e a cultura contemporânea. A gênese do pós-modernismo como discussão de base nietzscheana e contraponto ao modernismo é delineada e suas características, tais como o colapso da distinção entre a cultura e a sociedade, entre estilo e substância e a alegada implosão das metanarrativas, são analisadas. Após a investigação do papel de Lyotard, Baudrillard e Jameson na interpretação desse fenômeno, esboça-se a crítica ao pós-modernismo. Se a premissa distintiva entre alta cultura e cultura de massa tende a esvanecer e a solidez dos pressupostos é questionada, o pós-modernismo se torna uma periodização esteticamente sinistra porque impede a transformação da sociedade.
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