Papers by Paula Miranda-Ribeiro

Anais, Feb 24, 2016
A revista Veja do dia 24 de junho de 1998 trouxe, como reportagem de capa, uma matéria entitulada... more A revista Veja do dia 24 de junho de 1998 trouxe, como reportagem de capa, uma matéria entitulada "A ascensão social dos negros no Brasil". Segundo a matéria, a ascensão ocorre em relação à renda e à educação deste grupo racial. As 7,5 milhões de pessoas de classe média negra têm uma renda média mensal familiar de 2.600 reais e aspirações de consumo iguais às dos brancos. No âmbito da educação, a escolaridade média dos jovens negros hoje é mais elevada do que a dos seus pais ou avós. No entanto, as entrevistas com diversos negros famosos mostram que, apesar da ascensão, a discriminação ainda existe. A matéria afirma, ainda, que os negros sempre foram conhecidos por suas habilidades na música e no futebol. Esta matéria enseja várias questões, entre elas, o que estaria ocorrendo com as outras ocupações? Persiste a segregação ocupacional entre brancos e não-brancos no Brasil?

E-book, Sep 10, 2015
Desde 1998, ano em que ofereci na pós-graduação em Demografi a do Cedeplar/UFMG, pela primeira ve... more Desde 1998, ano em que ofereci na pós-graduação em Demografi a do Cedeplar/UFMG, pela primeira vez, a disciplina Métodos Qualitativos Aplicados à Demografi a, eu acalentava o sonho de, um dia, sob forma de livro, reunir artigos baseados em pesquisas qualitativas em Demografi a. O plano inicial era reunir alguns trabalhos da própria disciplina -a qual serviu de ponto de partida, por exemplo, para o artigo de Dimitri Fazito, que abre esta coletânea. Algumas pesquisas e orientações depois, esse sonho fi cou um pouco mais focalizado, pois imaginei um volume sobre saúde sexual e reprodutiva na perspectiva qualitativa. Um passo adiante foi o convite que fi z a Andréa Branco Simão, minha primeira orientanda de Doutorado e grande parceira nas pesquisas que venho desenvolvendo, para dividir comigo a organização do livro, que passou a ser, então, um sonho compartilhado por nós
Revista Brasileira de Estudos de População, Jun 1, 2008
é parte da dissertação da primeira autora. Agradecemos à FAPEMIG, da qual a primeira autora foi b... more é parte da dissertação da primeira autora. Agradecemos à FAPEMIG, da qual a primeira autora foi bolsista de mestrado; ao CNPq, do qual a segunda autora é bolsista de produtividade; à Fundação Ford, que financiou a coleta dos dados quantitativos; e ao Programa Prosare/John D. and Catherine T. McArthur Foundation, que financiou a coleta dos dados qualitativos. ** Mestre em Demografia pelo Cedeplar/UFMG e pesquisadora do Cedeplar/UFMG.

Anais, Nov 29, 2016
Tem-se verificado no Brasil uma permanência da fecundidade abaixo no nível de reposição e paralel... more Tem-se verificado no Brasil uma permanência da fecundidade abaixo no nível de reposição e paralelamente um aumento da discrepância entre o número de filhos desejados e tidos, ou seja, da existência, da discrepância de fecundidade, em que, cada vez mais mulheres terminaram o seu período reprodutivo tendo menos filhos do que o declarado ideal. A fim de intensificar os conhecimentos à respeito deste fenômeno, este trabalho busca verificar a demanda reprimida por filhos entre as mulheres casadas/unidas a partir de variáveis sociodemoráficas a fim de identificar o perfil deste grupo o Brasil. Para isso foram utilizados os dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde de 1996 e 2006. Os resultados mostraram que o percentual de mulheres que tem menos filhos que desejado se dá de forma diferenciada entre a população, contudo com o aumento generalizado do fenômeno entre as décadas, estas diferenças tornam-se, cada vez menos significativas. Tem-se verificado em todo o mundo desenvolvido e também no contexto latino-americano uma permanência da fecundidade abaixo no nível de reposição e paralelamente, o surgimento de mulheres que desejam ter um número maior de crianças do que efetivamente têm. Embora a maioria das pessoas em países de baixa fecundidade relatarem que gostariam de ter dois ou três filhos a fecundidade permanece abaixo do nível de reposição, indicando uma incapacidade de alcançar a fecundidade desejada (Bongaarts, 2001;. Esse hiato entre fecundidade real e desejada é definido por Philipov et al. (2009, p. 71) como sendo "a observação de que a fecundidade atual é menor do que o número ideal de crianças ou o número de crianças que as pessoas desejariam ter em suas vidas". Esse fosso crescente tem sido, muitas vezes, conceituado como "necessidade não atendida de crianças", resultante das restrições biológicas, econômicas e sociais para se ter filhos . Essa discrepância entre as intenções e a fecundidade realizada deve-se, sobretudo, às mudanças no tempo da fecundidade, isto é, ao adiamento da maternidade para idades mais avançadas e à concorrência com outras atividades na sociedade moderna, onde os casais têm preferências e/ou prioridades simultâneas. Como geralmente não podem cumprir todos esses desejos ao mesmo tempo (sendo alguns mutuamente exclusivos), eles acabam o seu período reprodutivo com menos filhos do aquele respondido em pesquisas como número ideal que gostariam ter (Demeny, 2003). Nesse sentido acreditam que, para compreender a baixa fecundidade contemporânea, é necessário entender os motivos que levam as pessoas a realizarem ou não suas intenções de fecundidade, ou seja, torna-se importante a análise dos desejos e das intenções de reprodução e não necessariamente da fecundidade em si. Assim, destacam a importância dos estudos das preferências reprodutivas. Segundo Philipov (2009) Estas representam um componente relevante, notadamente, nos casos em que a fecundidade está abaixo no nível de reposição, em que, provavelmente, há discrepância entre o número de filhos desejados e tidos, com uma possível demanda insatisfeita devido à falta de filhos. No Brasil isso não tem sido diferente, haja vista que, com base nos dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS) de 2006, o número médio ideal de filhos declarado para todas as mulheres brasileiras de 15 a 49 anos era de 2,1 filhos e a fecundidade observada era de 1,8 filhos . Esses dados indicam que, cada vez mais, mulheres terminam o seu período reprodutivo tendo menos filhos do que o declarado ideal. A discrepância entre o número ideal de filhos declarado e a fecundidade observada seria um indicador de restrições que impedem os indivíduos de implementar suas preferências de fecundidade. Possibilita, também,

Desde a descoberta dos primeiros casos de HIV/Aids no Brasil, várias foram as mudanças na dinâmic... more Desde a descoberta dos primeiros casos de HIV/Aids no Brasil, várias foram as mudanças na dinâmica e no perfi l da epidemia. Dentre elas destaca-se o aumento drástico do número de casos entre as mulheres, com a razão de sexo dos casos tendo passado de 15,1 para 1,5 homens para cada mulher, no período compreendido entre os anos de 1986 e 2005. Para a população feminina, as taxas de incidência (por 100.000 habitantes) passaram de 0,1 em 1986, para 9,1 em 1996 e 14,0 em 2006 (Brasil, 2007). Observando a distribuição do HIV/Aids segundo outras características, percebe-se que no Brasil, assim como em outros lugares do mundo onde as desigualdades sociais são marcantes, esta epidemia vem atingindo de forma cada vez mais intensa os grupos socioeconômicos menos privilegiados, tendo, também, se espalhado ao longo do território nacional, ao mesmo tempo que tem diminuído a incidência nos estados mais desenvolvidos socioeconomicamente (Barbosa, 2001; Brasil, 2004; Brasil, 2007). Especifi camente...

Tem-se verificado no Brasil uma permanência da fecundidade abaixo no nível de reposição e paralel... more Tem-se verificado no Brasil uma permanência da fecundidade abaixo no nível de reposição e paralelamente um aumento da discrepância entre o número de filhos desejados e tidos, ou seja, da existência, da discrepância de fecundidade, em que, cada vez mais mulheres terminaram o seu período reprodutivo tendo menos filhos do que o declarado ideal. A fim de intensificar os conhecimentos à respeito deste fenômeno, este trabalho busca verificar a demanda reprimida por filhos entre as mulheres casadas/unidas a partir de variáveis sociodemoráficas a fim de identificar o perfil deste grupo o Brasil. Para isso foram utilizados os dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde de 1996 e 2006. Os resultados mostraram que o percentual de mulheres que tem menos filhos que desejado se dá de forma diferenciada entre a população, contudo com o aumento generalizado do fenômeno entre as décadas, estas diferenças tornam-se, cada vez menos significativas. Tem-se verificado em todo o mundo desenvolvido e também no contexto latino-americano uma permanência da fecundidade abaixo no nível de reposição e paralelamente, o surgimento de mulheres que desejam ter um número maior de crianças do que efetivamente têm. Embora a maioria das pessoas em países de baixa fecundidade relatarem que gostariam de ter dois ou três filhos a fecundidade permanece abaixo do nível de reposição, indicando uma incapacidade de alcançar a fecundidade desejada (Bongaarts, 2001;. Esse hiato entre fecundidade real e desejada é definido por Philipov et al. (2009, p. 71) como sendo "a observação de que a fecundidade atual é menor do que o número ideal de crianças ou o número de crianças que as pessoas desejariam ter em suas vidas". Esse fosso crescente tem sido, muitas vezes, conceituado como "necessidade não atendida de crianças", resultante das restrições biológicas, econômicas e sociais para se ter filhos . Essa discrepância entre as intenções e a fecundidade realizada deve-se, sobretudo, às mudanças no tempo da fecundidade, isto é, ao adiamento da maternidade para idades mais avançadas e à concorrência com outras atividades na sociedade moderna, onde os casais têm preferências e/ou prioridades simultâneas. Como geralmente não podem cumprir todos esses desejos ao mesmo tempo (sendo alguns mutuamente exclusivos), eles acabam o seu período reprodutivo com menos filhos do aquele respondido em pesquisas como número ideal que gostariam ter (Demeny, 2003). Nesse sentido acreditam que, para compreender a baixa fecundidade contemporânea, é necessário entender os motivos que levam as pessoas a realizarem ou não suas intenções de fecundidade, ou seja, torna-se importante a análise dos desejos e das intenções de reprodução e não necessariamente da fecundidade em si. Assim, destacam a importância dos estudos das preferências reprodutivas. Segundo Philipov (2009) Estas representam um componente relevante, notadamente, nos casos em que a fecundidade está abaixo no nível de reposição, em que, provavelmente, há discrepância entre o número de filhos desejados e tidos, com uma possível demanda insatisfeita devido à falta de filhos. No Brasil isso não tem sido diferente, haja vista que, com base nos dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS) de 2006, o número médio ideal de filhos declarado para todas as mulheres brasileiras de 15 a 49 anos era de 2,1 filhos e a fecundidade observada era de 1,8 filhos . Esses dados indicam que, cada vez mais, mulheres terminam o seu período reprodutivo tendo menos filhos do que o declarado ideal. A discrepância entre o número ideal de filhos declarado e a fecundidade observada seria um indicador de restrições que impedem os indivíduos de implementar suas preferências de fecundidade. Possibilita, também,
Revista Brasileira de Estudos de População, Jun 1, 2008
é parte da dissertação da primeira autora. Agradecemos à FAPEMIG, da qual a primeira autora foi b... more é parte da dissertação da primeira autora. Agradecemos à FAPEMIG, da qual a primeira autora foi bolsista de mestrado; ao CNPq, do qual a segunda autora é bolsista de produtividade; à Fundação Ford, que financiou a coleta dos dados quantitativos; e ao Programa Prosare/John D. and Catherine T. McArthur Foundation, que financiou a coleta dos dados qualitativos. ** Mestre em Demografia pelo Cedeplar/UFMG e pesquisadora do Cedeplar/UFMG.

Among the cultural factors associated with fertility and fertility planning, religion has receive... more Among the cultural factors associated with fertility and fertility planning, religion has received little attention in Brazil. Yet previous work has shown that fertility rates vary substantially across religious affiliations. There is also evidence that teenage fertility is related to religious affiliation in Brazil. Very little is known about the relationship between contraceptive use and religion in Brazil and even less is known about religion and contraceptive use among Brazilian adolescents. The objective of this paper is to investigate the association between religious affiliation and attendance and contraceptive use among female adolescents in Brazil, comparing never married adolescents to those who are in union. In addition to contraceptive use in general, pill and condom use will also be investigated. Data come from the 2006 PNDS (Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde. Results suggest that the association between religion and contraceptive use (including pill and condom us...
Uploads
Papers by Paula Miranda-Ribeiro