Papers by OSVALDO FONTES FILHO
Viso: Cadernos de estética aplicada, 2020
A arte de reivindicação de Rosana Paulino é um lugar privilegiado para colocar à prova recentes d... more A arte de reivindicação de Rosana Paulino é um lugar privilegiado para colocar à prova recentes discussões sobre as relações entre arte e política e o papel desempenhado ali pelo pensamento de Jacques Rancière. Neste texto são expostas algumas interrogações em torno da eficácia estética e política de uma obra que tenta reconfigurar o discurso sobre a identidade e a história afro-brasileiras e combater as interdições correntes do Outro.
Lettres Francaises, 2014
Traço que se rompe e palavra que se dobra. NoTas sobre a poesia e o deseNho em Yves boNNefoY Osva... more Traço que se rompe e palavra que se dobra. NoTas sobre a poesia e o deseNho em Yves boNNefoY Osvaldo FONTES FILHO 1* RESUMO: A imagem poética, ao se interessar por si mesma, arrisca produzir o que invariavelmente mostra ser um simulacro de identidade: a depuração da linguagem a fim de se extrair da palavra comum e de se fazer o veiculo de um sentido transcendente. Este artigo enuncia algumas notas em torno do modo como o texto bonnefidiano oscila entre a Imagem, ilusão de transcendência, e as imagens, efeito de uma heurística verbal particularmente engajada em suas imanências retórico-poéticas. Que o espelho de tinta assim composto nunca se verifique de suficiente fulgor, essa é evidência cujos traços principais a aproximação entre poesia e desenho ajuda, aqui, a seguir.

História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography, 2021
Este artigo tece alguns comentários em torno do modo como o historiador e filósofo Georges Didi-H... more Este artigo tece alguns comentários em torno do modo como o historiador e filósofo Georges Didi-Huberman analisa, em seu livro Imagens apesar de tudo, a crítica visual das imagens da história. Assumida pelo autor como “o olho da história”, a imagem possui uma tenaz vocação para tornar visível. Contudo, admite o autor, há documentos visuais da história que só podem ser restituídos de modo lacunar. Este estudo objetiva mostrar alguns argumentos pelos quais Didi-Huberman preconiza para o historiador uma política da imaginação, sucedâneo metodológico a toda investida na legibilidade plena e absoluta de uma “imagem autêntica do passado”. Ao fazê-lo, entendemos observar algumas facetas (filosófico-antropológicas) de uma proposta de resgate historiográfico junto às intermitências e opacidades de um olhar implicado pela imagem entendida como uma interminável “necessidade lacunar”.
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Em sua vasta obra, Jacques Rancière tem apontado com recorrência para modos de entendimento da n... more Em sua vasta obra, Jacques Rancière tem apontado com recorrência para modos de entendimento da noção de representação e suas normativas de organização do fazer, do ver e do julgar. Este texto procura esclarecer em que medida se torna possível estimar, nos registros do que Rancière denomina o “regime estético das artes”, a expressão artística de acontecimentos ditos impensáveis ou irrepresentáveis. Analisar nessa chave a obra (musical e visual) de William Basinski The Disintegration Loops, em torno doa atentados de 11 de setembro de 2001, permite pensar modos de inserção de uma arte não representativa no interior de um contexto de resposta afetiva à catástrofe, bem como questionar criticamente a valorização do conceito de sublime sobre o pano de fundo de uma suposta crise pós-moderna da representação.
Comentário Artigos / Articles This is an open-access article distributed under the terms of the C... more Comentário Artigos / Articles This is an open-access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License.

Mana, 2016
Resumo Nos anos 20 e 30, pari passu com a formação da etnologia como disciplina academicamente po... more Resumo Nos anos 20 e 30, pari passu com a formação da etnologia como disciplina academicamente postada, o primitivo surge como trunfo retórico das invectivas mais críticas contra os marasmos da civilização branca. Michel Leiris (1901-1990), nos primeiros tempos de sua formação de etnólogo, desperta para as possibilidades de desvio expressivo que ofereciam as artes ditas primitivas. Engajado em uma autorretratística literária afeita à deambulação imaginária pelos lugares da Cultura, da Mitologia e da História, o autor de L'Afrique fantôme (1934) sedimenta seus recursos estilísticos em artigos sulfurosos para a revista de vanguarda Documents (1929-1931), nos quais é possível observar a formação inicial de seu imaginário etnográfico e do que se convenciona chamar, a seu respeito, uma "etnografia de si". Este texto revisita alguns momentos da escrita leirisiana que ajudaram a impregnar de jogos de linguagem e de ficção uma nascente consciência antropológica e etnográfica, ...
Este artigo expõe alguns elementos condicionantes do trabalho de Laurent Goldring em torno da rep... more Este artigo expõe alguns elementos condicionantes do trabalho de Laurent Goldring em torno da representação do corpo cênico. Artista influente na renovação da videografia e coreografia dos últimos 20 anos, Goldring articula particular espaço de expressão, entre fotografias e vídeos, no qual o corpo humano aparece em uma estranheza renovada, para não dizer alucinante, por força da desconstrução de suas habituais posturas e simbolizações. É examinado, ainda, o reflexo de suas imagens em algumas arquiteturas coreográficas recentes.

ArtCultura, 2015
A historiografia de arte tem sido nos últimos tempos objeto de revisões metodológicas de peso que... more A historiografia de arte tem sido nos últimos tempos objeto de revisões metodológicas de peso que repensam o estatuto da História como narrativa, descrição ou análise estrutural de um fenômeno. Este estudo tece algumas ponderações sobre o papel da Filosofia no âmbito institucional e intelectual em que uma História Visual, afeita às composições heteróclitas das obras de arte contemporâneas, solicita a interdisciplinaridade como modo preferencial de integração de contextos culturais antagônicos, anacrônicos ou heterotópicos.Na infindável trama dos enunciados voltados aos fatos da visualidade, o pensamento especulativo — a sobretudo aquele de extração francesa, com Georges Didi-Huberman e Jacques Rancière, entre outros — parece particularmente propenso a assumir questões de metodologia historiográfica suscitadas por uma arte conectada ao bazar contemporâneo do grande continuum das formas metamórficas. palavras-chave: história da arte, filosofia, interdisciplinaridade.

Revista Interdisciplinar Internacional de Artes Visuais
Osvaldo Fontes Filho 1 RESUMO : Em seu livro Aisthesis (2011), Jacques Rancière registra as múlti... more Osvaldo Fontes Filho 1 RESUMO : Em seu livro Aisthesis (2011), Jacques Rancière registra as múltiplas cenografias pelas quais um regime de percepção e de interpretação da arte se constitui e se transforma ao deslegitimar as especificidades das expressões artísticas e as fronteiras que durante muito tempo as separaram da experiência ordinária. Tal empreitada narrativa constitui um último esforço do filosofo para desautorizar a noção de modernidade como categoria explicativae a relação problemática que introduz entre o curso da História e o devir das artes. Ela preconiza, ainda, uma "contra-história da modernidade artística", cuja qualificação crítica para a leitura da arte contemporânea este artigo procura avaliar. Palavras-chave: contra-história; arte moderna e contemporânea; Rancière SCENOGRAPHIES OF A COUNTER-HISTORY OF ARTISTIC MODERNITY IN JACQUES RANCIÈRE ABSTRACT : In his book Aisthesis (2011), Jacques Rancière records the multiple scenarios by which a regime of perception and interpretation of art is constituted and transformed by delegitimation of the artistic specificities and the boundaries that have long separated them from ordinary experience. Such a narrative endeavor constitutes the philosopher's last effort to disallow the notion of modernity as an explanatory category-and the problematic relationship it introduces between the course of history and the becoming of the arts. It also advocates a "counter-history of artistic modernity", whose critical qualification for analyzing contemporary art this article seeks to evaluate. Keywords : counter-history; modern and contemporary art; Rancière Resumen: En su libro Aisthesis (2011), Jacques Rancière registra los escenarios multiples por los cuales se constituye y se transforma um régimen de percepción y interpretación del arte al deslegitimar la especificidad en las prácticas artisticas y los límites que las han separado de la experiencia ordinaria. Esto esfuerzo narrativo es un ultimo intento del filosofo por negar la noción de modernidad como categoría explicativa, y la problematica relación que introduce entre el curso de la historia y el devenir de las artes. También aboga por una "contrahistoria de la modernidad

Among the watchwords of the modernist period, the most radical watchword is that which advocates ... more Among the watchwords of the modernist period, the most radical watchword is that which advocates rupture considering all the correctness of this expression. The free treatment applied by Artaud to what he calls the “pitiful awkwardness of forms” would allow both the use of the violent and ironical graph against the support of representation and the abuse of language by all sorts of changes and violations of syntax. This attempt awakes for a “meticulous infantilization”, so to speak, of the citational, referential and reverential knowing: assumed primitivism in the visual arts; a capricious and tangled play of the sign in the literatures. This essay will focus on two places of claimed formal awkwardness and alteration (Bataille and Artaud) in order to evaluate the fortune of ideographic writings displaying no calligraphies and graphs organized on corrupted supports. Thus, considering similar procedures of transgression in text and image, which includes everything from the bricolage o...
FronteiraZ. Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Literatura e Crítica Literária
É proposta deste artigo focalizar algumas construções textuais em torno do olhar na crônica “As M... more É proposta deste artigo focalizar algumas construções textuais em torno do olhar na crônica “As Mariposas do Luxo”, de João do Rio (1881-1921), inserida em seu livro A Alma encantadora das ruas, publicado em 1908. A partir do texto do escritor e cronista carioca elabora-se uma análise da cena de rua como metonímia de uma democratização das formas artísticas, aproximadas das formas da vida cotidiana em suas facetas citadinas. Para tanto, alude-se aos modos com os quais Jacques Rancière entende a modernização do olhar e as consequentes revisões do que o filósofo francês chama a partilha do sensível. Entende-se, assim, mostrar um modo de aproximação da cena escritural pelo sensível do qual ela é partícipe mais do que sua mera expressão.
Hypnos Revista Do Centro De Estudos Da Antiguidade Issn 2177 5346, 2005
Veritas Revista Da Pontificia Universidade Catolica Do Rio Grande Do Sul, 2006
Revista Aulas, Mar 20, 2015
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