Papers by Naiara Paula Eugenio

Problemata, Jul 1, 2020
Este artigo investiga uma conexão da estética africana com sua diáspora no Brasil a partir de ati... more Este artigo investiga uma conexão da estética africana com sua diáspora no Brasil a partir de atividades artísticas feitas por mulheres ou para mulheres. A forma da Estética apresentada aqui será africana ou africana diaspórica, o que significa dizer que investigarei o belo a partir de teorias filosóficas africanas e ou africanas diaspóricas. No caso brasileiro, a investigação será sobre as obras de arte de Rosana Paulino e Maria Auxiliadora, possibilitando uma breve investigação de suas obras sob a perspectiva dos itans Yorubás de criação da pessoa humana e exemplificando os padrões estéticos que conectam África a sua diáspora. Para isso será importante buscar entender a filosofia dos itans Yorubás que, além de construir todo um pensamento sobre a existência das coisas, também ajudam a elaborar uma reflexão aprofundada sobre a personalidade humana e sobre o mundo, o que interferirá diretamente na construção de uma ética social.

Problemata, Jun 1, 2022
Este é um texto de apresentação para o Dossiê Estética e Filosofia da Arte Africana para a Proble... more Este é um texto de apresentação para o Dossiê Estética e Filosofia da Arte Africana para a Problemata Revista Internacional de Filosofia. Articula a ideia de existência Estética com a própria existência humana, uma vez que para os iorubás o ser humano é criado como obra de arte dotado de beleza e capaz de criar e recriar tal ato. Resolve que sem a apreciação e criação Estética, a vida diminui de sentido até que deixa de existir enquanto producente intelectualmente, assim como o distanciamento da ideia de beleza aumenta o distanciamento do o afeto positivo, destina um corpo extenso, isto é, com suas percepções e espiritualidades e capacidades, ao lugar do não-humano e, por isso, para um mundo que considera o não-humano como outro dispensável, à violência. Procura mostrar que o dossiê traz modos de Estética Africanas e Africanas Diaspóricas que convivem conosco culturalmente. Expressa a ideia de sankofa, no sentido de que entende a necessidade de consultar a história ancestral para formular outros modelos de filosofar, demonstrando tais modelos nas linhas elaboradas pelos autores.

Problemata, Jun 1, 2022
Atravessando o entendimento da presença fundamental da arte e beleza enquanto categorias que repa... more Atravessando o entendimento da presença fundamental da arte e beleza enquanto categorias que repassam valores, tradições, estabelecem contato com o sagrado e demarcam a cultura do povo Iorubá. O presente artigo pretende analisar um recorte da presença das escarificações no período pré e pós colonial por meio de análise comparativa de casos selecionados. Sendo estes identificados por obras de arte e pela presença no corpo físico iorubá. Considerando as escarificações enquanto produções artísticas que adornam não somente obras escultóricas mas também fazem do corpo sua própria tela, reforçando assim a itanlogia que remete ao ser humano enquanto primeira criação artística, presente nas pesquisas do historiador da arte iorubá Babatunde Lawal e Naiara Paula Eugenio. Através dessa pesquisa será observada a importância das marcações em sua materialidade e espiritualidade, o pertencimento à comunidade e os desafios de diante do mundo colonial da sobrevivência da prática que expõe na face identidade ancestral.

Problemata, Jun 1, 2022
Neste artigo pretende-se estudar a performatividade como modo de vida partindo da perspectiva ior... more Neste artigo pretende-se estudar a performatividade como modo de vida partindo da perspectiva iorubá para trazer elementos de complementaridade que se constitui na recriação e ressignificação dos sentidos de mundo africano e diaspórico como referência teórica para o teatro brasileiro, refletidos na cultura e nos modos de libertação e reencontro com princípios ontológicos dos povos negros, pensando as performatividades de Exu e sua atuação na ordem do mundo. Como mote suleador, proponho pensar a mística rebelde e brincante deste orixá, partindo do paradigma da travessia enquanto princípio fundante das criações estéticas e das teatralidades negras desde África e diáspora. Propõe-se elencar personagens e manifestações que refletem a comicidade nas manifestações populares nestes territórios-Mamulengo, Folia de Reis e Boi do Maranhão e a brincadeira do Cavalo Marinho-que, por vínculos históricos e culturais, estabelecem nas festividades seu ethos e projetos de vida oriundos das concepções entre o sagrado e a realidade na sua ritualização.

Problemata, Jun 1, 2022
Esta pesquisa foi desenvolvida para pensar as conexões estéticas entre a Iorubalândia e o Brasil ... more Esta pesquisa foi desenvolvida para pensar as conexões estéticas entre a Iorubalândia e o Brasil a partir dos espetáculos Gèlèdé, o Festival Olojó na África e as manifestações culturais afro ameríndias, dando enfoque às questões que envolvem as materialidades, relações com eventos naturais, históricos e sociais, associados a um pensamento peculiar sobre as concepções do sagrado, elencados como fundantes dos processos constitutivos de tais eventos, os quais refletem experiências e cosmo percepções que formulam as subjetividades de um povo descendente de África, verificadas nas atividade das comunidades de onde são originários, bem como seus aprendizes. Associados à mística rebelde e brincante de Exu, as manifestações diaspóricas remetem a novas possibilidades de ordenação de uma realidade ora marcada pelos processos coloniais. Estes, figurados pela via do riso, promovem na suas comicidades, a possibilidade de modos de viver, através de uma percepção crítica da realidade, tornando-se elemento primevo de uma estética devocional e propositiva de novos e reformulados olhares sobre a vida.

Problemata, Jun 1, 2022
Este trabalho pretende fazer uma breve reflexão sobre os penteados iorubás presentes nas produçõe... more Este trabalho pretende fazer uma breve reflexão sobre os penteados iorubás presentes nas produções artísticas escultóricas e tradicionais. Considerando que há uma quantidade significativa de penteados iorubanos não só os ainda utilizados hoje na contemporaneidade, mas também os que ficaram no passado de seus ancestrais, é necessário um recorte, assim o objetivo é discorrer brevemente sobre dois deles: o penteado agògo e o òjòmpetí. Esta análise tem em vista que a cabeça (orí) é um elemento importante e marcante em peças escultóricas tradicionais, tendo muitas vezes uma representação fiel e realística onde o penteado é elemento notável, sendo praticamente refeito no entalhar do corpo escultórico. Por isso este trabalho se empenha em analisar as intenções que preenchem os penteados iorubás, através da análise de imagens e pesquisa bibliográfica. Com o critério de utilizar autores pioneiros no campo da arte e estética iorubá como Naiara Paula Eugenio,

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Este artigo tem como objetivo analisar e entender alguns Itans e Orikis de Èṣù 3 , sendo Ele a di... more Este artigo tem como objetivo analisar e entender alguns Itans e Orikis de Èṣù 3 , sendo Ele a divindade presente e de grande importância na cosmogonia iorubá, o responsável pelo movimento de tudo o que habita na Terra. Como dá-se a relação de Èṣù nas interações dos seres humanos com o divino e como Èṣù estabelece essa dinâmica. A base teórica que irá compor e ajudar no estudo deste artigo contará com sacerdotes, filósofos, historiadores e pesquisadores das estéticas e vivências iorubás como: Ayodele Ogundipe, Babatunde Lawal, José Beniste, Naiara Eugenio, Síkírù Sàlámì, entre outros. A metodologia adotada versa entre as literaturas, bibliografias apresentadas e as oralidades relatadas nas vivências de Candomblé, dos quais serão mencionados. O objetivo deste estudo é compreender como os Itans e Orikis apresentados direcionam o ser humano à melhores condutas sociais, relações mais amistosas, a um entendimento de coexistência com o divino e a outra leitura sobre caráter.

Problemata
Atravessando o entendimento da presença fundamental da arte e beleza enquanto categorias que repa... more Atravessando o entendimento da presença fundamental da arte e beleza enquanto categorias que repassam valores, tradições, estabelecem contato com o sagrado e demarcam a cultura do povo Iorubá. O presente artigo pretende analisar um recorte da presença das escarificações no período pré e pós colonial por meio de análise comparativa de casos selecionados. Sendo estes identificados por obras de arte e pela presença no corpo físico iorubá. Considerando as escarificações enquanto produções artísticas que adornam não somente obras escultóricas mas também fazem do corpo sua própria tela, reforçando assim a itanlogia que remete ao ser humano enquanto primeira criação artística, presente nas pesquisas do historiador da arte iorubá Babatunde Lawal e Naiara Paula Eugenio. Através dessa pesquisa será observada a importância das marcações em sua materialidade e espiritualidade, o pertencimento à comunidade e os desafios de diante do mundo colonial da sobrevivência da prática que expõe na face identidade ancestral.

Problemata
Neste artigo pretende-se estudar a performatividade como modo de vida partindo da perspectiva ior... more Neste artigo pretende-se estudar a performatividade como modo de vida partindo da perspectiva iorubá para trazer elementos de complementaridade que se constitui na recriação e ressignificação dos sentidos de mundo africano e diaspórico como referência teórica para o teatro brasileiro, refletidos na cultura e nos modos de libertação e reencontro com princípios ontológicos dos povos negros, pensando as performatividades de Exu e sua atuação na ordem do mundo. Como mote suleador, proponho pensar a mística rebelde e brincante deste orixá, partindo do paradigma da travessia enquanto princípio fundante das criações estéticas e das teatralidades negras desde África e diáspora. Propõe-se elencar personagens e manifestações que refletem a comicidade nas manifestações populares nestes territórios-Mamulengo, Folia de Reis e Boi do Maranhão e a brincadeira do Cavalo Marinho-que, por vínculos históricos e culturais, estabelecem nas festividades seu ethos e projetos de vida oriundos das concepções entre o sagrado e a realidade na sua ritualização.

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Esta pesquisa foi desenvolvida para pensar as conexões estéticas entre a Iorubalândia e o Brasil ... more Esta pesquisa foi desenvolvida para pensar as conexões estéticas entre a Iorubalândia e o Brasil a partir dos espetáculos Gèlèdé, o Festival Olojó na África e as manifestações culturais afro ameríndias, dando enfoque às questões que envolvem as materialidades, relações com eventos naturais, históricos e sociais, associados a um pensamento peculiar sobre as concepções do sagrado, elencados como fundantes dos processos constitutivos de tais eventos, os quais refletem experiências e cosmo percepções que formulam as subjetividades de um povo descendente de África, verificadas nas atividade das comunidades de onde são originários, bem como seus aprendizes. Associados à mística rebelde e brincante de Exu, as manifestações diaspóricas remetem a novas possibilidades de ordenação de uma realidade ora marcada pelos processos coloniais. Estes, figurados pela via do riso, promovem na suas comicidades, a possibilidade de modos de viver, através de uma percepção crítica da realidade, tornando-se elemento primevo de uma estética devocional e propositiva de novos e reformulados olhares sobre a vida.

Problemata
Este é um texto de apresentação para o Dossiê Estética e Filosofia da Arte Africana para a Proble... more Este é um texto de apresentação para o Dossiê Estética e Filosofia da Arte Africana para a Problemata Revista Internacional de Filosofia. Articula a ideia de existência Estética com a própria existência humana, uma vez que para os iorubás o ser humano é criado como obra de arte dotado de beleza e capaz de criar e recriar tal ato. Resolve que sem a apreciação e criação Estética, a vida diminui de sentido até que deixa de existir enquanto producente intelectualmente, assim como o distanciamento da ideia de beleza aumenta o distanciamento do o afeto positivo, destina um corpo extenso, isto é, com suas percepções e espiritualidades e capacidades, ao lugar do não-humano e, por isso, para um mundo que considera o não-humano como outro dispensável, à violência. Procura mostrar que o dossiê traz modos de Estética Africanas e Africanas Diaspóricas que convivem conosco culturalmente. Expressa a ideia de sankofa, no sentido de que entende a necessidade de consultar a história ancestral para formular outros modelos de filosofar, demonstrando tais modelos nas linhas elaboradas pelos autores.

Problemata, 2020
Este artigo investiga uma conexão da estética africana com sua diáspora no Brasil a partir de ati... more Este artigo investiga uma conexão da estética africana com sua diáspora no Brasil a partir de atividades artísticas feitas por mulheres ou para mulheres. A forma da Estética apresentada aqui será africana ou africana diaspórica, o que significa dizer que investigarei o belo a partir de teorias filosóficas africanas e ou africanas diaspóricas. No caso brasileiro, a investigação será sobre as obras de arte de Rosana Paulino e Maria Auxiliadora, possibilitando uma breve investigação de suas obras sob a perspectiva dos itans Yorubás de criação da pessoa humana e exemplificando os padrões estéticos que conectam África a sua diáspora. Para isso será importante buscar entender a filosofia dos itans Yorubás que, além de construir todo um pensamento sobre a existência das coisas, também ajudam a elaborar uma reflexão aprofundada sobre a personalidade humana e sobre o mundo, o que interferirá diretamente na construção de uma ética social.

Problemata
Este trabalho pretende fazer uma breve reflexão sobre os penteados iorubás presentes nas produçõe... more Este trabalho pretende fazer uma breve reflexão sobre os penteados iorubás presentes nas produções artísticas escultóricas e tradicionais. Considerando que há uma quantidade significativa de penteados iorubanos não só os ainda utilizados hoje na contemporaneidade, mas também os que ficaram no passado de seus ancestrais, é necessário um recorte, assim o objetivo é discorrer brevemente sobre dois deles: o penteado agògo e o òjòmpetí. Esta análise tem em vista que a cabeça (orí) é um elemento importante e marcante em peças escultóricas tradicionais, tendo muitas vezes uma representação fiel e realística onde o penteado é elemento notável, sendo praticamente refeito no entalhar do corpo escultórico. Por isso este trabalho se empenha em analisar as intenções que preenchem os penteados iorubás, através da análise de imagens e pesquisa bibliográfica. Com o critério de utilizar autores pioneiros no campo da arte e estética iorubá como Naiara Paula Eugenio,
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