Papers by Matheus S Furtado

Medievalis, Sep 23, 2015
Resumo: A heráldica desenvolvida para o primeiro rei de Portugal, Afonso Henriques, é uma represe... more Resumo: A heráldica desenvolvida para o primeiro rei de Portugal, Afonso Henriques, é uma representação imagética para a narrativa de uma das mais famosas batalhas da história portuguesa: o combate que ocorreu no campo Ourique. Tal luta foi essencial tanto para a consolidação da monarquia aí iniciada, quanto para as posteriores dinastias e governos contemporâneos (ditatoriais ou não). O escudo de Afonso Henriques foi constantemente reapropriado e reutilizado, sem perder, porém, seus significados iniciais, passando por uma transformação em seu status original. Assim, ele salta de uma simples marca dinástica, para marca do reino, Estado e nação que surgiram mais tarde. Houve, no imaginário dos portugueses, uma identificação coletiva para com os símbolos e significados inerentes aos escudetes azuis em forma de cruz, que simbolizam a heráldica do monarca. Além de sua utilização em selos, brasões, tabuletas e pinturas, o escudo de Don Afonso Henriques também ilustra acessórios, joias, vestuário, peças de mobília, bandeiras, moedas, armas e os mais variados objetos.
Estado da Arte, Dec 21, 2020
O objetivo deste artigo é apresentar, a partir da análise de três figuras, de que maneira o conte... more O objetivo deste artigo é apresentar, a partir da análise de três figuras, de que maneira o contexto e a singularidade, na produção de "Bestiário" de Gabriel Soares de Sousa, da coleção dos Cem Bibliófilos do Brasil, intercalam camadas de temporalidade e significados, que flertam com conceitos entre livro de artista, narrativa visual, ilustração de enciclopédias e relato de viagem, o que faz desse livro uma experiência limite.
Revista Estado da Arte, 2021
Os limites entre o imaginário da arte e o imaginário da ciência na poética de Walmor Corrêa são p... more Os limites entre o imaginário da arte e o imaginário da ciência na poética de Walmor Corrêa são praticamente inexistentes. Mais do que uma preferência de ordem temática, essas confluências de seus trabalhos são uma preocupação essencial. Quando o artista se apropria de linguagens e técnicas associadas aos âmbitos da biologia e ilustração científica e reconfigura as formas e características a partir de uma criatura fantástica e exótica, ele proporciona um deslumbramento encantador para o observador, ele cria não apenas um ser, mas também um cenário, uma narrativa, uma forma de catalogá-lo, entendê-lo e apresentá-lo aos curiosos. Por meio de seu trabalho sobrevivem aspectos culturais e teóricos que cercam ambas as disciplinas, e moldam a compreensão sobre o papel da influência que o imaginário do passado consolida no presente.
(Re)existências: anais do 30º encontro nacional da ANPAP, 2021
A Biblioteca Central dos Estudantes da Universidade de Brasília possui um raro exemplar de um man... more A Biblioteca Central dos Estudantes da Universidade de Brasília possui um raro exemplar de um manuscrito iluminado, datado do século XIV, em seu acervo de obras raras, chamado de Livro das Aves. O presente artigo tem como objetivo analisar esse códice a partir de seu diálogo com o conceito de Arte. A abordagem é feita a partir do estudo dos aspectos materiais e técnicos, e sobre o processo de criação do livro como um todo, a partir de uma abertura no campo da História da Arte. Suas figuras materializam o invisível, tornam visíveis as imagens mentais, indicando a sobrevivência das imagens em uma longa tradição.

A heraldica desenvolvida para o primeiro rei de Portugal, Afonso Henriques, e uma representacao i... more A heraldica desenvolvida para o primeiro rei de Portugal, Afonso Henriques, e uma representacao imagetica para a narrativa de uma das mais famosas batalhas da historia portuguesa: o combate que ocorreu no campo Ourique. Tal luta foi essencial tanto para a consolidacao da monarquia ai iniciada, quanto para as posteriores dinastias e governos contemporâneos (ditatoriais ou nao). O escudo de Afonso Henriques foi constantemente reapropriado e reutilizado, sem perder, porem, seus significados iniciais, passando por uma transformacao em seu status original. Assim, ele salta de uma simples marca dinastica, para marca do reino, Estado e nacao que surgiram mais tarde. Houve, no imaginario dos portugueses, uma identificacao coletiva para com os simbolos e significados inerentes aos escudetes azuis em forma de cruz, que simbolizam a heraldica do monarca. Alem de sua utilizacao em selos, brasoes, tabuletas e pinturas, o escudo de Don Afonso Henriques tambem ilustra acessorios, joias, vestuario,...
(Re)existências: anais do 30º encontro nacional da ANPAP, 2021
A Biblioteca Central dos Estudantes da Universidade de Brasília possui um raro exemplar de um man... more A Biblioteca Central dos Estudantes da Universidade de Brasília possui um raro exemplar de um manuscrito iluminado, datado do século XIV, em seu acervo de obras raras, chamado de Livro das Aves. O presente artigo tem como objetivo analisar esse códice a partir de seu diálogo com o conceito de Arte. A abordagem é feita a partir do estudo dos aspectos materiais e técnicos, e sobre o processo de criação do livro como um todo, a partir de uma abertura no campo da História da Arte. Suas figuras materializam o invisível, tornam visíveis as imagens mentais, indicando a sobrevivência das imagens em uma longa tradição.
Revista Estado da Arte, 2020
O objetivo deste artigo é apresentar, a partir da análise de três figuras, de que maneira o conte... more O objetivo deste artigo é apresentar, a partir da análise de três figuras, de que maneira o contexto e a singularidade, na produção de "Bestiário" de Gabriel Soares de Sousa, da coleção dos Cem Bibliófilos do Brasil, intercalam camadas de temporalidade e significados, que flertam com conceitos entre livro de artista, narrativa visual, ilustração de enciclopédias e relato de viagem, o que faz desse livro uma experiência limite.

Revista Estado da Arte, 2021
RESUMO Os limites entre o imaginário da arte e o imaginário da ciência na poética de Walmor Corrê... more RESUMO Os limites entre o imaginário da arte e o imaginário da ciência na poética de Walmor Corrêa são praticamente inexistentes. Mais do que uma preferência de ordem temática, essas confluências de seus trabalhos são uma preocupação essencial. Quando o artista se apropria de linguagens e técnicas associadas aos âmbitos da biologia e ilustração científica e reconfigura as formas e características a partir de uma criatura fantástica e exótica, ele proporciona um deslumbramento encantador para o observador, ele cria não apenas um ser, mas também um cenário, uma narrativa, uma forma de catalogá-lo, entendê-lo e apresentá-lo aos curiosos. Por meio de seu trabalho sobrevivem aspectos culturais e teóricos que cercam ambas as disciplinas e moldam a compreensão sobre a influência do imaginário do passado consolidado no presente. Assim, este artigo tem por objetivos apresentar e explorar três obras do artista que possuem características permeáveis e sobreviventes, analisando como elas se apropriam dos discursos científicos e museológicos. Para tanto, utiliza-se uma perspectiva metodológica comparativa.
Uploads
Papers by Matheus S Furtado