Papers by Mateus Araujo Silva
O artigo discute a obra do cineasta ítalo-brasileiro Andrea Tonacci
(1944-2016) a partir de "Já V... more O artigo discute a obra do cineasta ítalo-brasileiro Andrea Tonacci
(1944-2016) a partir de "Já Visto Jamais Visto" (2013), filme composto de materiais diversos, compilados durante quatro décadas pelo autor, que ganha em março de 2017 uma retrospectiva no festival Cinéma du Réel, em Paris
O artigo discute a abordagem do cinema por Theodor W. Adorno nalguns de seus textos dos anos 1940... more O artigo discute a abordagem do cinema por Theodor W. Adorno nalguns de seus textos dos anos 1940 aos 1960, procurando avaliar o grau e o sentido da sua contribuição para os estudos sobre o cinema. Tal avaliação assume o ponto de vista não do filósofo ou do especialista em Adorno, mas de alguém afinado com a tradição do cinema mais crítico e emancipatóriomais tensionado, portanto, com a indústria do entretenimento. Palavras-chave: Theodor W. Adorno; cinema; indústria cultural.
Glauber Rocha; William Shakespeare; Cabeças Cortadas (1970); Macbeth;
Palavras-chave: Haroldo de Campos; Gilles Deleuze; história da literatura; história da filosofia... more Palavras-chave: Haroldo de Campos; Gilles Deleuze; história da literatura; história da filosofia; poética sincrônica; geografia do pensamento
Palavras-chave: Cinema; Sergei Paradjanov; Cinema soviético; Achik Kerib (1988)
Palavras-chave: Górgias; verdade; persuasão; linguagem
Palavras-chave: Cinema; Sergei Paradjanov; Cinema Soviético; parataxe;
Books by Mateus Araujo Silva

suMÁrio ParTe i ensaios Aprendizagem do descontínuo Ruy GaRDinieR Jean-Luc Godard e Glauber Rocha... more suMÁrio ParTe i ensaios Aprendizagem do descontínuo Ruy GaRDinieR Jean-Luc Godard e Glauber Rocha: um diálogo a meio caminho Mateus aRaújo Rossellini Godard: qual herança? alain BeRGala Um construtivismo psíquico: dinâmicas do Esboço segundo Jean-Luc Godard nicole BRenez Em busca de Sauve la vie (qui peut), de Godard Michael Witt Potências do meio RayMonD BellouR 19 29 45 55 65 79 13 87 88 89 90 91 92 a narração em diversos momentos de Deux ou trois choses que je sais d'elle (1966) para ganhar dali em diante o primado em vários dos seus filmes, numa tendência ensaística que culmina nos mais recentes JLG/JLG. Autoportrait de décembre (1994), Histoire(s) du cinéma (1988/98), The Old Place (1998), De l'origine du XXI e siècle (2000), Dans le noir du temps (2002) etc. iii Godard nunca foi indiferente ao Brasil. Na juventude, visitou o Rio de Janeiro, cujas belezas evoca numa crítica de julho de 1959 a Orfeu negro de Camus (Cahiers du cinéma, nº 97, pp. 59-60), que as teria traído. Como boa parte de seus colegas franceses de geração, ele tomou contato com os filmes dos cinemanovistas em meados dos anos 1960 (num momento em que os brasileiros já conheciam os dele) e chegou a incluir Vidas secas (Nelson Pereira dos Santos, 1963) em sua lista dos dez melhores filmes estreados em Paris em 1965 (Cahiers du cinéma, nº 174, jan/1966, p. 10). Segundo um depoimento de Glauber Rocha, Godard teria intuído a ideia de La chinoise (1967) ao ver O desafio (Paulo Cesar Saraceni, 1965) no Festival de Berlim de 1966. Vários de seus filmes, em todo caso, trazem referências ao Brasil, do Petit soldat (1960) a Bande à part (1964), do Gai savoir (1968) a Pravda (1969) ou Vladimir et Rosa (1971), e assim por diante. E os brasileiros se interessaram desde cedo pelos seus filmes, objeto de atenção e admiração por aqui desde os anos 1960. Recompor a recepção de Godard no Brasil de lá para cá exigiria uma pesquisa complexa, que ainda está para ser feita entre nós. Apurar com precisão a circulação dos seus filmes junto ao público cinéfilo, o debate crítico que eles suscitaram e o diálogo que alguns de nossos melhores cineastas travaram com eles são tarefas que ultrapassam o escopo deste livro, e ainda esperam um historiador. Sabemos que seus filmes impactaram os meios cinematográficos brasileiros desde os anos 1960, marcaram uma série de cineastas brasileiros e informaram alguns de seus trabalhos. 4 Sabemos também que sua recepção mobilizou, nos jornais, nas revistas impressas e mais recentemente nas eletrônicas, críticos brasileiros de diferentes gerações, como , entre outros. Em livro, depois de duas coletâneas pioneiras de artigos e entrevistas franceses de e sobre Godard organizadas por Haroldo Marinho Barbosa (Jean-Luc Godard, Rio, Record, 1968) e Luiz Rosemberg Filho (Godard, Jean-Luc, Rio, Taurus, 1985), os estudos godardianos no Brasil se diversificaram e comportam hoje uma dezena de volumes (incluída aí a tradução de Introdução a uma verdadeira História do Cinema, do próprio Godard, outras de Philippe Dubois e Michel Marie, além de um ciclo recente de trabalhos de Mário Alves Coutinho e outros), aos quais devemos acrescentar dissertações e teses universitárias mais específicas, que remontam aos anos 2000. Em todo caso, se a presente retrospectiva é a primeira integral já organizada no Brasil, o livro que o leitor tem em mãos é o primeiro esforço coletivo de enfrentamento crítico do conjunto dos filmes de Godard já empreendido entre nós. Ao concebê-lo, procuramos incrementar o debate pela ampliação dos seus participantes brasileiros e também dos filmes visados. Ainda não havia entre nós um livro que tentasse federar um esforço de reflexão de um grupo mais vasto e variado de estudiosos brasileiros, capaz de enfrentar a totalidade dos filmes de Godard. O presente volume tenta preencher essa dupla lacuna arregimentando um amplo elenco de colaboradores, o mais abrangente possível na procedência geográfica (reunimos aqui autores de mais de nove estados brasileiros, além de co-4 Pensemos em Rogério Sganzerla, Luiz Rosemberg Filho, Júlio Bressane, Carlos Reichenbach, para não falar no Andrea Tonacci de Bang bang (1970), em Glauber Rocha, na poética tropicalista de Caetano Veloso (que sempre reconheceu em Godard uma das suas fontes diretas de inspiração) e em cineastas mais jovens, como Tiago Mata Machado. AprendizAgem do descontínuo ruy gardnier A nuca de Jean Seberg. Ou de Patricia Franchini, pois é ela a personagem, filmada de trás, flagrada no assento do carona de um conversível passeando pelas ruas de Paris. Enquanto ela conversa com o namorado-motorista, que permanece fora de quadro, a imagem salta diversas vezes, cortando de um plano para outro plano filmado no mesmo eixo, no mesmo enquadramento, mas em equilíbrios luminosos diferentes. Ao invés da lógica do plano-contraplano tão comum e funcional quando se filma e monta diálogos, o Godard de Acossado opta por deixar apenas os planos da nuca de Jean Seberg, que samba ocasionalmente por cortes abruptos até culminar numa orgia de continuidades falhadas (ou faux raccords) de sete cortes em quinze segundos. Por que fazer isso? Porque a sequência ganha uma riqueza abstrata, rítmica? Porque o diretor faz questão de quebrar pela montagem a naturalidade da situação dramática, a consistência do tecido narrativo e expor o caráter construído da linguagem do cinema? Por pura molecagem? Para desarmar o espectador? Ou para armá-lo?
Palavras-chave: Jean Rouch; cinema etnográfico; cinema comparado; Glauber Rocha
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(1944-2016) a partir de "Já Visto Jamais Visto" (2013), filme composto de materiais diversos, compilados durante quatro décadas pelo autor, que ganha em março de 2017 uma retrospectiva no festival Cinéma du Réel, em Paris
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