Papers by Analice Martins
Cadernos de Pesquisa Interdisciplinar em Ciências Humanas, 2011
Coisas belas e sujas, de Stephen Frears, encena as tensões, a invisibilidade e a não-tradução de ... more Coisas belas e sujas, de Stephen Frears, encena as tensões, a invisibilidade e a não-tradução de nacionalidades periféricas para quem a diáspora parece corresponder a uma travessia compulsória: imposição do capital transnacional na metrópole pós-moderna. Londres é palco não apenas de uma "guerra de relatos" (para usar a expressão de Michel de Certeau), mas de falas intransitivas. O trânsito livre, a ser conferido pelo passaporte, paga o tributo do próprio corpo.

Resumo – O presente artigo tem por objetivo analisar o livro-jogo A masmorra da morte como uma re... more Resumo – O presente artigo tem por objetivo analisar o livro-jogo A masmorra da morte como uma rede hipertextual, bem como a disposição dos seus itens de informação como argumento. Problematiza-se o hipertexto como noção que surge como o advento e a popularização das Novas Tecnologias, isto é concepção como uma modalidade de expressão possível somente graças às Novas Tecnologias, e que nada tem a ver com o texto impresso. Entende-se que o hipertexto não se restringe apenas ao texto eletrônico, mas a qualquer texto que possibilite esse procedimento, independentemente do suporte em que se encontre. Apresenta-se dessa forma o gênero " livro-jogo " como um texto impresso que constitui uma rede hipertextual na qual o leitor-jogador " exercita a liberdade condicionada " por este, enquanto produto de uma língua e de uma cultura cujos itens de informação se encontram dispostos segundo uma ideologia subjacente. Em se tratando do livro-jogo, ao mesmo tempo em que o leitor-jogador vive uma aventura diferente a cada leitura-partida, essa experiência se dá dentro dos limites da rede hipertextual que é o próprio livro-jogo. Quanto à questão do argumento, a dispositio da retórica clássica, como o arranjo das grandes partes do discurso, ascende de simples etapa de elaboração do discurso ao estatuto de argumento propriamente dito, tendo em vista que quaisquer que sejam os argumentos que organize, a disposição é em si mesma um argumento. No caso do gênero livro-jogo, a disposição dos itens de informação confunde-se com sua própria natureza hipertextual. Nesse sentido, analisa-se a disposição dos itens de informação em seis casos entre os cem primeiros itens (o número correspondente a um quarto do
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