Papers by Maria Aparecida Bergamaschi

Polyphonía/Solta a voz, 2012
Resumo Este trabalho, que tem como enfoque a ludicidade, relata atividades e aprofunda reflexões ... more Resumo Este trabalho, que tem como enfoque a ludicidade, relata atividades e aprofunda reflexões acerca de jogos e brincadeiras, destacando a importância do lúdico na sala de aula. A partir das observações realizadas numa escola de ensino fundamental, constatamos a ausência de recursos lúdicos no contexto da sala de aula dos anos inicias. Contudo, é notória a importância da ludicidade como ferramenta pedagógica no processo de ensino-aprendizagem. A experiência aqui relatada ocorreu numa escola pública estadual que atende a comunidade do Morro Conceição, na cidade de Porto Alegre-RS, onde atuamos semanalmente com oito turmas, de educação infantil à quarta série, incluindo alunos com idades entre cinco a quatorze anos. Constatamos que a ludicidade e sua mediação não perpassa as práticas pedagógicas nessa escola. No entanto, os alunos apresentaram-se receptivos, disponibilizando-se para o momento lúdico e apropriando-se dos jogos e brincadeiras. A experiência e as reflexões realizadas possibilitaram um crescimento importante na formação de cada participante do projeto, "contaminando" os alunos com o desejo de brincar. Todavia, para a continuidade do trabalho, fica o desafio de promover uma formação docente voltada para o lúdico, que instigue as educadoras a inserirem jogos e brincadeiras em suas vidas, para que, assim, possam praticá-las na sala de aula, com os seus alunos. Palavras-chave: ludicidade, docência, experiência.

Perspectiva, 2016
Este artigo decorre da pesquisa em uma escola indígena e em uma escola não indígena, realizada ba... more Este artigo decorre da pesquisa em uma escola indígena e em uma escola não indígena, realizada basicamente na perspectiva metodológica etnográica, durante os anos de 2011 e 2012. Na escola não indígena foi observada a convivência com estudantes Kaingang que concluem o ensino fundamental, iniciado na escola da aldeia. A partir disso, foram descritas situações que mostram a educação e a escola no cotidiano Kaingang, bem como o cotidiano da escola não indígena, como ocorre a convivência e as possibilidades para a interculturalidade, as conlitualidades e as relações de reciprocidade. O olhar dedicado para conhecer e descrever essa relação abre um campo de possibilidades decorrentes de trocas-às vezes desconianças e isolamentos-, que oferecem contribuições importantes, tanto para a educação e a escola indígena quanto para a educação e a escola não indígena. Palavras-chave: Interculturalidade. Educação indígena. Escola kaingang.

Foro de Educación
O presente trabalho aborda especialmente a formação de professores kaingang no sul do Brasil. Sus... more O presente trabalho aborda especialmente a formação de professores kaingang no sul do Brasil. Sustentado metodologicamente em uma perspectiva cartográfica, o estudo visa mostrar um movimento histórico que, aos poucos, rompe com as práticas de dominação e tutela impostas aos povos originários. Inauguradas pela colonização portuguesa, práticas de dominação se estenderam e aprofundaram ao longo do período colonial e, principalmente no século XX, em que o Estado brasileiro criou mecanismos mais eficazes para a integração do indígena à sociedade nacional, entre eles a educação escolar. Embora o processo de dominação/subordinação tenha causado danos à existência autônoma de cada povo indígena, mostramos também que houve um forte, por vezes silencioso, processo de re-existência, que se torna mais evidente e retumbante nas últimas duas décadas do século XX e nos anos 2000. Registros documentais e estudos historiográficos analisados evidenciam os movimentos tímidos e pontuais do Estado, muit...

Periferia, 2015
Federal do Rio Grande do Sul RESUMO O artigo analisa os movimentos de aplicação da Lei 11.645/08 ... more Federal do Rio Grande do Sul RESUMO O artigo analisa os movimentos de aplicação da Lei 11.645/08 na educação básica do Rio Grande do Sul, a partir da descrição de ações de implementação: o Grupo de Trabalho Afro-indígena e o Grupo de Trabalho 26-A. Propõe pensar na lei como uma possibilidade para o diálogo intercultural, e para o repensar da apropriação da temática indígena nas escolas. Discute o conceito de interculturalidade e o princípio da educação das relações étnico-raciais. Evidencia a necessidade de construção de referenciais capazes de embasar currículos interculturais que visibilizem o indígena contemporâneo, e evidenciem as especificidades da formação sociocultural do Rio Grane do Sul. Palavras-chave: interculturalidade; educação; lei 11.645/08; relações étnico-raciais. INTERCULTURALITY AND EDUCATION OF ETHNIC-RACIAL RELATIONS: REFLECTIONS ON ENFORCEMENT LAW 11.645/08 IN RIO GRANDE DO SUL ABSTRACT This paper analyzes the application of Law 11.645 /08 in basic education of Rio Grande do Sul, from the description of implementation actions: the Afro-indigenous Working Group and the Working Group 26-A. proposes to think of the law as an opportunity for intercultural dialogue and to rethink the appropriation of indigenous subject in schools. Discusses the concept of interculturality and education of ethnic
Uploads
Papers by Maria Aparecida Bergamaschi