Drafts by Marcelo Fecunde

A relação autor literário e a experiência em festa serão debatidos aqui por meio de dois aconteci... more A relação autor literário e a experiência em festa serão debatidos aqui por meio de dois acontecimentos: a trajetória da manifestação carnavalesca do Zé Pereira pelas ruas e bailes no Rio de Janeiro oitocentista e a encenação da peça o Zé Pereira Carnavalesco em 1869 de Francisco Correa Vasques (1839-1891). O encontro das duas ações mobilizou um conjunto de signos que ora diferem em suas perspectivas, ora se alinham em enlace sociocultural. Quando a cena cômica de Vasques foi aos palcos em 1869, o Rio de Janeiro e o Brasil como um todo passava por diversas transformações nos setores e camadas sociais, essas mudanças advindas da modernização estrutural introduziam novos pensamentos na elite que buscava reafirmação no cenário internacional e se gladiava por mudanças nas camadas, na tentativa de criar modos comportamentais aos moldes europeus. Portanto a época da chegada da família real no Brasil em 1808, a Independência em 1822, foram momentos marcantes para a novas políticas culturais que se infiltraram nas manifestações culturais carnavalescas e no teatro. Em ambas temos a ação do sujeito e o seu tempo-espaço em relevo e assim a forma de expressar sua experiência em meio ao contexto ideológico. O primeiro aspecto que podemos levantar refere-se ao pensamento do sujeito em sociedade e sua ação expressiva, tanto o sujeito que se torna Zé Pereira em tempos de carnaval, tanto o autor e ator Francisco Correa Vasques, são frutos de seus pensamentos e a forma

A câmara clara - fotografia, ritual e performance, 2022
Este estudo procura examinar a manifestação cultural carnavalesca
Zé Pereira, conforme apresenta... more Este estudo procura examinar a manifestação cultural carnavalesca
Zé Pereira, conforme apresentada no ano de 2014
no município de Itaberaí-GO e sua relação com o registro
fotográfico. Para tal utiliza-se de dois eixos teóricos: o entendimento
da fotografia como processo performático a partir da
concepção de reprodução de Walter Benjamin [1936,1938]
e a do signo fotográfico de Roland Barthes [1964 e 1984].
Estas teorias, elaboradas anteriormente ao processo massivo
dos smartphones dos dias de hoje, contribuem para o exame
da experiência do olhar e das performances que são geradas
no processo fotográfico. Esta relação entre fotógrafos e
referente na produção multiplicada de uma ação imagética
move o tempo-espaço, ampliando a discussão do presente e
dos signos produzidos no “aqui e agora”, podendo a imagem
produzir múltiplos sentidos, tanto “aqui” como “lá”, em seus
múltiplos registros no tempo.
Na obra contém meu artigo A câmara clara - fotografia, ritual
e performance, escrito por mim e Prof Doutor Robson Corrêa de Camargo
Páginas 240-280
Coletânia de estudos Performances da recepção [E-book] / organizadores, Lara Satler, Ricardo Pavan, Vânia de Oliveira. – Goiânia : Cegraf UFG, 2022
URBANO PALCO, 2020
Este texto é uma reflexão sobre o grupo carnavalesco Zé Pereira1
e sua capacidade de transformar ... more Este texto é uma reflexão sobre o grupo carnavalesco Zé Pereira1
e sua capacidade de transformar momentaneamente a paisagem
visual e sonora das ruas por onde passa. Sendo uma das manifestações
culturais do carnaval, acontece nos 15 dias que antecedem o
carnaval e finda um dia antes da data de início do carnaval nacional.
É caracterizado por jovens e crianças, que, em dias diferentes, saem
mascarados e com macacões coloridos (figurino predominante) pelas
ruas do munícipio de Itaberaí-Goiás2 acompanhados de um grupo
de batucada tocando instrumentos de percussão.
tecap.2015.16477
O Zé Pereira é performance cultural que acontece na cidade de Itaberaí, no interior do Estado de ... more O Zé Pereira é performance cultural que acontece na cidade de Itaberaí, no interior do Estado de Goiás, em que
um grupo de jovens mascarados sai pelas ruas ao som do
bumbo nos 15 dias que antecedem o carnaval, levando
a cidade a viver e reviver o ritual dos Zés. É comum ouvir o som do bumbo ao longe e perceber o movimento de
pessoas abrindo janelas e portas, ou saindo para as calçadas a fim de ver passar o grupo. Neste artigo abordo a
compreensão do evento como performance, suas origens
históricas com foco na figura do Zé Pereira por meio do
conceito de comportamento restaurado elaborado por Richard Schechner
Papers by Marcelo Fecunde
Revista do Instituto de Estudos Brasileiros
Este artigo é parte de projeto de doutorado que investiga a carnavalização, as performances e as ... more Este artigo é parte de projeto de doutorado que investiga a carnavalização, as performances e as teatralidades luso-brasileiras nas manifestações que se intitulam Zé Pereiras. O texto examina as crônicas de Vieira Fazenda (1847-1917) e de Luís Edmundo (1878-1961), cronistas do final do séc. XIX no Brasil. A análise busca aproximar os conceitos da teoria Bakhtiniana de análise do carnaval aos Zé Pereiras. Procura compreender a criação do personagem Zé Pereira, sua existência no carnaval brasileiro e o processo de higienização das festas de ruas.
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Zé Pereira, conforme apresentada no ano de 2014
no município de Itaberaí-GO e sua relação com o registro
fotográfico. Para tal utiliza-se de dois eixos teóricos: o entendimento
da fotografia como processo performático a partir da
concepção de reprodução de Walter Benjamin [1936,1938]
e a do signo fotográfico de Roland Barthes [1964 e 1984].
Estas teorias, elaboradas anteriormente ao processo massivo
dos smartphones dos dias de hoje, contribuem para o exame
da experiência do olhar e das performances que são geradas
no processo fotográfico. Esta relação entre fotógrafos e
referente na produção multiplicada de uma ação imagética
move o tempo-espaço, ampliando a discussão do presente e
dos signos produzidos no “aqui e agora”, podendo a imagem
produzir múltiplos sentidos, tanto “aqui” como “lá”, em seus
múltiplos registros no tempo.
Na obra contém meu artigo A câmara clara - fotografia, ritual
e performance, escrito por mim e Prof Doutor Robson Corrêa de Camargo
Páginas 240-280
Coletânia de estudos Performances da recepção [E-book] / organizadores, Lara Satler, Ricardo Pavan, Vânia de Oliveira. – Goiânia : Cegraf UFG, 2022
e sua capacidade de transformar momentaneamente a paisagem
visual e sonora das ruas por onde passa. Sendo uma das manifestações
culturais do carnaval, acontece nos 15 dias que antecedem o
carnaval e finda um dia antes da data de início do carnaval nacional.
É caracterizado por jovens e crianças, que, em dias diferentes, saem
mascarados e com macacões coloridos (figurino predominante) pelas
ruas do munícipio de Itaberaí-Goiás2 acompanhados de um grupo
de batucada tocando instrumentos de percussão.
um grupo de jovens mascarados sai pelas ruas ao som do
bumbo nos 15 dias que antecedem o carnaval, levando
a cidade a viver e reviver o ritual dos Zés. É comum ouvir o som do bumbo ao longe e perceber o movimento de
pessoas abrindo janelas e portas, ou saindo para as calçadas a fim de ver passar o grupo. Neste artigo abordo a
compreensão do evento como performance, suas origens
históricas com foco na figura do Zé Pereira por meio do
conceito de comportamento restaurado elaborado por Richard Schechner
Papers by Marcelo Fecunde
Zé Pereira, conforme apresentada no ano de 2014
no município de Itaberaí-GO e sua relação com o registro
fotográfico. Para tal utiliza-se de dois eixos teóricos: o entendimento
da fotografia como processo performático a partir da
concepção de reprodução de Walter Benjamin [1936,1938]
e a do signo fotográfico de Roland Barthes [1964 e 1984].
Estas teorias, elaboradas anteriormente ao processo massivo
dos smartphones dos dias de hoje, contribuem para o exame
da experiência do olhar e das performances que são geradas
no processo fotográfico. Esta relação entre fotógrafos e
referente na produção multiplicada de uma ação imagética
move o tempo-espaço, ampliando a discussão do presente e
dos signos produzidos no “aqui e agora”, podendo a imagem
produzir múltiplos sentidos, tanto “aqui” como “lá”, em seus
múltiplos registros no tempo.
Na obra contém meu artigo A câmara clara - fotografia, ritual
e performance, escrito por mim e Prof Doutor Robson Corrêa de Camargo
Páginas 240-280
Coletânia de estudos Performances da recepção [E-book] / organizadores, Lara Satler, Ricardo Pavan, Vânia de Oliveira. – Goiânia : Cegraf UFG, 2022
e sua capacidade de transformar momentaneamente a paisagem
visual e sonora das ruas por onde passa. Sendo uma das manifestações
culturais do carnaval, acontece nos 15 dias que antecedem o
carnaval e finda um dia antes da data de início do carnaval nacional.
É caracterizado por jovens e crianças, que, em dias diferentes, saem
mascarados e com macacões coloridos (figurino predominante) pelas
ruas do munícipio de Itaberaí-Goiás2 acompanhados de um grupo
de batucada tocando instrumentos de percussão.
um grupo de jovens mascarados sai pelas ruas ao som do
bumbo nos 15 dias que antecedem o carnaval, levando
a cidade a viver e reviver o ritual dos Zés. É comum ouvir o som do bumbo ao longe e perceber o movimento de
pessoas abrindo janelas e portas, ou saindo para as calçadas a fim de ver passar o grupo. Neste artigo abordo a
compreensão do evento como performance, suas origens
históricas com foco na figura do Zé Pereira por meio do
conceito de comportamento restaurado elaborado por Richard Schechner