Papers by Márcia Larangeira

Icone, 2018
O que as imagens nos podem dizer sobre a experiência da guerra? Uma das primeiras coisas que nos ... more O que as imagens nos podem dizer sobre a experiência da guerra? Uma das primeiras coisas que nos interrogamos diante de uma imagem é, provavelmente, sobre o que é essa imagem. Apenas posteriormente, e não em todos os casos, nos questionamos de onde e para onde uma imagem se constrói, o que ela provoca e como, ou seja, em geral, os pensamentos da imagem são raramente pensados a partir da imagem, mas consistem, antes, em uma inserção desse objeto incômodo e perturbador em uma ordem de saberes já estabelecidos DOSSIÊ Resumo Este artigo se debruça sobre o filme Terra Sonâmbula (Teresa Prata, 2007) para buscar a potencialidade da imagem de guerra, desde sua proveniência à destinação (MONDZAIN, 2017). Nesse sentido, questionamos: o que constitui uma imagem de guerra? Como se configura essa imagem no filme? De que modos tal imagem tangencia e/ou se contrapõe a uma narrativa hegemônica no contexto de conflitos de guerra, evidenciando-se como dimensão importante nos processos de (re)construção da história e da memória individual e coletiva em uma nação independente? A partir dessas indagações, importa pensar a imagem considerando que a sua construção de sentidos se dá por meio do imbricar de domínios-afetivo, político, sociocultural, estético, econômico, tecnológico-e, sobretudo, que envolve processos como o pensamento, a percepção, a memória (BERGSON, 2011), engendrando narrativas que se movem entre a permanência de tradições e mudanças nas práticas sociais para tratar da experiência da guerra. Palavras-chave: Cinema. Imagens de guerra. Memória. Experiência. Moçambique. Dar a ver é sempre inquietar o ver, em seu ato, em seu sujeito. Ver é sempre uma operação de sujeito, portanto uma operação fendida, inquieta, agitada, aberta. Didi-Huberman (2018[1953]:77)
Revista Estudos Feministas, 2000
Since the beginning of the 1980s, the feminist movement has used a variety of communication strat... more Since the beginning of the 1980s, the feminist movement has used a variety of communication strategies to broaden the reach of feminist knowledge, ideas and debates. In the 1990s, when communication has become an even more important scenario for political action, it has become imperative for feminists to diversify, and perfect those strategies. One of the most successful examples of innovative communication strategies, the Campaign for Prevention of Cervical-Uterine Cancer, developed by SOS Corpo in the state of Pernambuco, is analyzed in this essay. The author discusses the campaign's origins and development of each of its strategies and their impacts on the local policies for combating the disease.

Ícone, 2018
Este artigo se debruça sobre o filme Terra Sonâmbula (Teresa Prata, 2007) para buscar a potencial... more Este artigo se debruça sobre o filme Terra Sonâmbula (Teresa Prata, 2007) para buscar a potencialidade da imagem de guerra, desde sua proveniência à destinação (MONDZAIN, 2017). Nesse sentido, questionamos: o que constitui uma imagem de guerra? Como se configura essa imagem no filme? De que modos tal imagem tangencia e/ou se contrapõe a uma narrativa hegemônica no contexto de conflitos de guerra, evidenciando-se como dimensão importante nos processos de (re)construção da história e da memória individual e coletiva em uma nação independente? A partir dessas indagações, importa pensar a imagem considerando que a sua construção de sentidos se dá por meio do imbricar de domínios – afetivo, político, sociocultural, estético, econômico, tecnológico - e, sobretudo, que envolve processos como o pensamento, a percepção, a memória (BERGSON, 2011), engendrando narrativas que se movem entre a permanência de tradições e mudanças nas práticas sociais para tratar da experiência da guerra.

E-Compós, 2014
Este artigo traça uma abordagem inicial sobre experiência estética gerada no contato com obras ve... more Este artigo traça uma abordagem inicial sobre experiência estética gerada no contato com obras veiculadas na internet, objetivando compreender o impacto das redes digitais na experiência sensível contemporânea. Tomou-se aqui a obra de arte Freedom Graffiti, gravura digital do artista plástico Tammam Azzam, fenômeno viral de grande repercussão na mídia. As referências teóricas utilizadas foram a concepção pragmática da arte como experiência, de John Dewey (2010); as relações entre estética e política, segundo o regime estético das artes, de Jacques Rancière (2005, 2009 e 2012) e os fundamentos da comunicação densa, de Ciro Marcondes Filho (2010). Abordaremos as tecnologias mediáticas, principalmente, como espaço comum de compartilhamento da fruição estética para mostrar que os processos comunicacionais na internet potencializam afetos e experiências estéticas que, articuladas ao interesse pelo compartilhamento de experiências em redes sociais digitais, ampliam as chances de participa...
Fotografia da capa: Márcia Laranjeira JÁCOME Imagens usadas exclusivamente para estudo de acordo ... more Fotografia da capa: Márcia Laranjeira JÁCOME Imagens usadas exclusivamente para estudo de acordo com o artigo 46 da Lei nº 9610/1988, sendo garantida a propriedade das mesmas a seus criadores ou detentores de direitos autorais.
Revista Unicaphoto nº 11, 2018
Na entrevista, a fotógrafa e multiartista pernambucana Ana Lira destaca o papel dos coletivos de... more Na entrevista, a fotógrafa e multiartista pernambucana Ana Lira destaca o papel dos coletivos de fotógrafos na sua formação e na construção de projetos coletivos que propiciam a realização de um trabalho de cunho autoral e político, fazendo um confronto com as demandas do mercado e do circuito fotográfico. Explicita importância da práxis fotográfica se dar vinculada ao exercício de alteridade e empatia com o(s)/a(s) sujeito(s)/a(s) fotografados e seus resultados no trabalho final e na própria reflexão sobre sua ação profissional e política. Dentro dessa perspectiva, discorre sobre as dinâmicas interseccionais de gênero-raça-classe na trajetória de uma mulher negra que articula sua proposta artística com o seu comprometimento político como cidadã.

Revista ÍconeRevista Ícone (ISSN 2175-215X) Recife, Vol. 16, N. 2, 239–253, © 2018 PPGCOM/UFPE., 2018
Resumo
Este artigo se debruça sobre o filme Terra Sonâmbula (Teresa Prata, 2007) para buscar a po... more Resumo
Este artigo se debruça sobre o filme Terra Sonâmbula (Teresa Prata, 2007) para buscar a potencialidade da imagem de guerra, desde sua proveniência à destinação (MONDZAIN, 2017). Nesse sentido, questionamos: o que constitui uma imagem de guerra? Como se configura essa imagem no filme? De que modos tal imagem tangencia e/ou se contrapõe a uma narrativa hegemônica no contexto de conflitos de guerra, evidenciando-se como dimensão importante nos processos de (re)construção da história e da memória individual e coletiva em uma nação independente? A partir dessas indagações, importa pensar a imagem considerando que a sua construção de sentidos se dá por meio do imbricar de domínios – afetivo, político, sociocultural, estético, econômico, tecnológico - e, sobretudo, que envolve processos como o pensamento, a percepção, a memória (BERGSON, 2011), engendrando narrativas que se movem entre a permanência de tradições e mudanças nas práticas sociais para tratar da experiência da guerra.
Palavras-chave:
Cinema. Imagens de guerra. Memória. Experiência. Moçambique.
Este trabalho traz uma exposição inicial alusiva à experiência estética como parte de experiência... more Este trabalho traz uma exposição inicial alusiva à experiência estética como parte de experiências públicas de caráter coletivo. Para este fim serão focados movimentações de contestação ao poder instituído, que nos dois últimos anos, têm promovido inovações nas formas de participação popular, com capilaridade e que propiciam a articulação de iniciativas em escala até então nunca vista. Na primeira parte, será apresentada breve contextualização de acontecimentos observados ao longo de 2011. Em seguida, explicitaremos o caráter estético como parte dessa experiência para, em seguida, esboçar uma compreensão inicial sobre como os processos de criação e veiculação de comunicação, gerados no âmbito de redes sociais digitais, são mediadores dessa experiência.

Este artigo traça uma abordagem inicial sobre experiência estética gerada no contato com obras ve... more Este artigo traça uma abordagem inicial sobre experiência estética gerada no contato com obras veiculadas na internet, objetivando compreender o seu impacto na experiência sensível contemporânea. Tomou-se aqui a obra de arte Freedom Graffiti, gravura digital do artista plástico Tammam Azzam, fenômeno viral de grande repercussão na mídia. As referências teóricas utilizadas foram: a concepção pragmática da arte como experiência, de John Dewey (2010); as relações entre estética e política, segundo o regime estético das artes, de Jacques Rancière (2005, 2009 e 2012) e os fundamentos da comunicação densa, de Ciro Marcondes Filho (2010). Abordaremos as tecnologias midiáticas, principalmente, como espaço comum de compartilhamento da fruição estética para mostrar que os processos comunicacionais na internet potencializam afetos e experiências estéticas que, articuladas ao interesse pelo compartilhamento de experiências em redes sociais digitais, ampliam as chances de participação a qualquer pessoa na construção de espaços igualitários de partilha do sensível.
Books by Márcia Larangeira

ANDRADE, Catarina et al. Fotografia e audiovisual: imagem e pensamento. Recife: Unicap. , 2020
Resumo
Em cidades movidas por disputas de territórios, as desiguais partilhas do sensível (RANCI... more Resumo
Em cidades movidas por disputas de territórios, as desiguais partilhas do sensível (RANCIÈRE, 2005) se fazem sentir no empobrecimento da experiência (BENJAMIN, 1987a), ensejando disputas também no terreno das narrativas sobre o espaço urbano. Em meio a esta tensão, aqui enfoca-se o uso da fotografia na construção de narrativas visuais, fruto da errância e seus percursos nas cidades. O corpus é formado por um conjunto de fotografias realizadas entre 2014 e 2018 em Recife e Maputo, editadas em foto-livro autoral, cujo resultado, definido no processo de edição, estimula o/a leitor/a a criar seu(s) próprio(s) percurso(s) e narrativas. A unidade da coleção é construída com marcas do efêmero, da transitoriedade do tempo, da memória, e da criação de laços afetivos com as cidades, presentes no registro do banal e da cotidianidade. As principais referências teóricas são: Gibson (2016); Lyons (1974, apud Bonduki, 2016); Guimarães (1997); Careri (2013); Benjamin (1987a, 1987b, 1989); Cullen (1971).
Palavras-chave: 1. Fotografia; 2. Narrativas; 3. Experiência; 4. Espaço urbano; 5. Alteridade.
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Papers by Márcia Larangeira
Este artigo se debruça sobre o filme Terra Sonâmbula (Teresa Prata, 2007) para buscar a potencialidade da imagem de guerra, desde sua proveniência à destinação (MONDZAIN, 2017). Nesse sentido, questionamos: o que constitui uma imagem de guerra? Como se configura essa imagem no filme? De que modos tal imagem tangencia e/ou se contrapõe a uma narrativa hegemônica no contexto de conflitos de guerra, evidenciando-se como dimensão importante nos processos de (re)construção da história e da memória individual e coletiva em uma nação independente? A partir dessas indagações, importa pensar a imagem considerando que a sua construção de sentidos se dá por meio do imbricar de domínios – afetivo, político, sociocultural, estético, econômico, tecnológico - e, sobretudo, que envolve processos como o pensamento, a percepção, a memória (BERGSON, 2011), engendrando narrativas que se movem entre a permanência de tradições e mudanças nas práticas sociais para tratar da experiência da guerra.
Palavras-chave:
Cinema. Imagens de guerra. Memória. Experiência. Moçambique.
Books by Márcia Larangeira
Em cidades movidas por disputas de territórios, as desiguais partilhas do sensível (RANCIÈRE, 2005) se fazem sentir no empobrecimento da experiência (BENJAMIN, 1987a), ensejando disputas também no terreno das narrativas sobre o espaço urbano. Em meio a esta tensão, aqui enfoca-se o uso da fotografia na construção de narrativas visuais, fruto da errância e seus percursos nas cidades. O corpus é formado por um conjunto de fotografias realizadas entre 2014 e 2018 em Recife e Maputo, editadas em foto-livro autoral, cujo resultado, definido no processo de edição, estimula o/a leitor/a a criar seu(s) próprio(s) percurso(s) e narrativas. A unidade da coleção é construída com marcas do efêmero, da transitoriedade do tempo, da memória, e da criação de laços afetivos com as cidades, presentes no registro do banal e da cotidianidade. As principais referências teóricas são: Gibson (2016); Lyons (1974, apud Bonduki, 2016); Guimarães (1997); Careri (2013); Benjamin (1987a, 1987b, 1989); Cullen (1971).
Palavras-chave: 1. Fotografia; 2. Narrativas; 3. Experiência; 4. Espaço urbano; 5. Alteridade.
Este artigo se debruça sobre o filme Terra Sonâmbula (Teresa Prata, 2007) para buscar a potencialidade da imagem de guerra, desde sua proveniência à destinação (MONDZAIN, 2017). Nesse sentido, questionamos: o que constitui uma imagem de guerra? Como se configura essa imagem no filme? De que modos tal imagem tangencia e/ou se contrapõe a uma narrativa hegemônica no contexto de conflitos de guerra, evidenciando-se como dimensão importante nos processos de (re)construção da história e da memória individual e coletiva em uma nação independente? A partir dessas indagações, importa pensar a imagem considerando que a sua construção de sentidos se dá por meio do imbricar de domínios – afetivo, político, sociocultural, estético, econômico, tecnológico - e, sobretudo, que envolve processos como o pensamento, a percepção, a memória (BERGSON, 2011), engendrando narrativas que se movem entre a permanência de tradições e mudanças nas práticas sociais para tratar da experiência da guerra.
Palavras-chave:
Cinema. Imagens de guerra. Memória. Experiência. Moçambique.
Em cidades movidas por disputas de territórios, as desiguais partilhas do sensível (RANCIÈRE, 2005) se fazem sentir no empobrecimento da experiência (BENJAMIN, 1987a), ensejando disputas também no terreno das narrativas sobre o espaço urbano. Em meio a esta tensão, aqui enfoca-se o uso da fotografia na construção de narrativas visuais, fruto da errância e seus percursos nas cidades. O corpus é formado por um conjunto de fotografias realizadas entre 2014 e 2018 em Recife e Maputo, editadas em foto-livro autoral, cujo resultado, definido no processo de edição, estimula o/a leitor/a a criar seu(s) próprio(s) percurso(s) e narrativas. A unidade da coleção é construída com marcas do efêmero, da transitoriedade do tempo, da memória, e da criação de laços afetivos com as cidades, presentes no registro do banal e da cotidianidade. As principais referências teóricas são: Gibson (2016); Lyons (1974, apud Bonduki, 2016); Guimarães (1997); Careri (2013); Benjamin (1987a, 1987b, 1989); Cullen (1971).
Palavras-chave: 1. Fotografia; 2. Narrativas; 3. Experiência; 4. Espaço urbano; 5. Alteridade.