Papers by Luiz Antonio de Saboya

Polem Ca, Apr 10, 2012
Este trabalho tem como objetivo apresentar a discussão da relação entre a tecnologia e o design a... more Este trabalho tem como objetivo apresentar a discussão da relação entre a tecnologia e o design a partir da atuação de empresas da incubadora de design da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). A tecnologia, ao contrário do que está muito em voga atualmente, não se resume ou mesmo não está confinada ao domínio do software e da informática, ou ainda o que se convencionou chamar de tecnologia da informação, ou mesmo o que é chamado nos meios de comunicação de "alta tecnologia". A tecnologia é a incorporação do conhecimento de diferentes formas tornando possível criar novos produtos, explorar novos mercados, usar novas maneiras de organização, incorporar novas matérias primas ou utilizar novos processos para atender às necessidades dos clientes, e o design se insere nesse processo como ferramenta capaz de desenvolver produtos de sucesso comercial para o mercado. Assim, a INCUBADORA DE EMPRESAS DE DESIGN da ESDI/UERJ tem em seu substrato, dentre outras, introduzir no discurso sobre eficiência, função técnica e viabilidade econômica critérios de eficiência social e de uso dos produtos de fabricação industrial. Desse modo, o design caminha "pari passu" com a tecnologia, visando soluções que aliam alta qualidade, refinamento formal, incorporação do conhecimento, inovação e criatividade, com base racional, adequação de funções, viabilidade econômica e boa fundamentação, para atendimento às demandas de nossa sociedade. Palavras-Chave: tecnologia; design; incubadora.
Anais do(a) Anais do Simpósio de Pós-Graduação em Design da ESDI

Arcos Design
Este artigo apresenta os resultados de um projeto de design realizado em grupo para uma disciplin... more Este artigo apresenta os resultados de um projeto de design realizado em grupo para uma disciplina da graduação do 6º período do curso da ESDI/UERJ, durante a pandemia de Covid-19. A pesquisa baseou-se nas informações da dissertação de Cruz (2016), “Obesidade infantil: o contexto social em interface com a produção científica brasileira”. A principal informação deste trabalho que deu procedimento ao projeto, foi a importância da alimentação balanceada e nutritiva para as crianças. Logo, o objetivo do projeto foi divulgar a pesquisa científica com uma linguagem acessível para o público de faixa etária entre 6 a 10 anos. O trabalho baseia-se em uma exposição hipotética para o Museu da Vida, instituição pertencente à Fiocruz, no Rio de Janeiro. Elaborado com o esforço colaborativo entre os estudantes, demonstrou o potencial do design em apontar caminhos possíveis para uma divulgação científica inclusiva e compreensível às menores faixas etárias em resposta a cenários complexos.
Journal of Science Communication
This paper studies how science centers and museums around the world have used mobile apps with mu... more This paper studies how science centers and museums around the world have used mobile apps with museum guide characteristics and tries to identify the best interface design principles to improve their use as a tool for interaction with the public. For this purpose, we mapped mobile apps from science centers and museums and applied an evaluation tool for each one to identify good practices. This allowed us to produce guidelines for identifying good practices in the development of apps as a way of expanding visitors' experience in these institutions through these devices.

Polem Ca, Apr 10, 2012
Este trabalho tem como objetivo apresentar a discussão da relação entre a tecnologia e o design a... more Este trabalho tem como objetivo apresentar a discussão da relação entre a tecnologia e o design a partir da atuação de empresas da incubadora de design da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). A tecnologia, ao contrário do que está muito em voga atualmente, não se resume ou mesmo não está confinada ao domínio do software e da informática, ou ainda o que se convencionou chamar de tecnologia da informação, ou mesmo o que é chamado nos meios de comunicação de "alta tecnologia". A tecnologia é a incorporação do conhecimento de diferentes formas tornando possível criar novos produtos, explorar novos mercados, usar novas maneiras de organização, incorporar novas matérias primas ou utilizar novos processos para atender às necessidades dos clientes, e o design se insere nesse processo como ferramenta capaz de desenvolver produtos de sucesso comercial para o mercado. Assim, a INCUBADORA DE EMPRESAS DE DESIGN da ESDI/UERJ tem em seu substrato, dentre outras, introduzir no discurso sobre eficiência, função técnica e viabilidade econômica critérios de eficiência social e de uso dos produtos de fabricação industrial. Desse modo, o design caminha "pari passu" com a tecnologia, visando soluções que aliam alta qualidade, refinamento formal, incorporação do conhecimento, inovação e criatividade, com base racional, adequação de funções, viabilidade econômica e boa fundamentação, para atendimento às demandas de nossa sociedade.

Resumo
Objeto de estudo
Não é preciso enfatizar que hoje vivemos em plena “civilização da imagem”... more Resumo
Objeto de estudo
Não é preciso enfatizar que hoje vivemos em plena “civilização da imagem”, com a explosão da cultura visual (sob a chancela da tecnologia), a partir de uma trajetória dominante no século XX. O estudo dessa temática vem a ser um compromisso interdisciplinar, com contribuições e aportes da sociologia, antropologia, semiótica, Gestalt, os estudos em cinema, fotografia, e até mesmo alguns subsídios de cunho filosófico.
Nossa abordagem procurou enfatizar que mesmo a um nível básico - fisiológico perceptivo - alguns aspectos já podem ser destacados sugerindo que “construímos o que vemos”. A contribuição da psicologia da Gestalt é defendida, revelando o modo como esta oferece aportes bastante significativos para o tema da percepção, chegando a uma “pedagogia do olhar”.
Metodologia aplicada
O trabalho se vale de Jacques Aumont, um teórico de cinema, escritor e professor na Universidade de Paris III e diretor do Instituto de Pesquisas sobre Cinema e Audiovisual dessa mesma universidade. O seu livro “A Imagem” serviu de referência básica no trabalho. Algumas contribuições a partir de Rudolf Arnheim são exploradas: concordando com as posições por ele defendidas, o trabalho aponta para o menosprezo que certas correntes dominantes no campo da teoria do conhecimento devotam ao tema da percepção, em especial a visual. Diversos outros autores são instrumentais, dentre aqueles que ganharam destaque na formulação e consolidação de uma teoria da percepção visual.
O olho e o sistema visual podem ser abordados segundo diversos pontos de vista, mas sabe-se que mesmo as mais simples situações cotidianas são bem mais complexas do que a mera reação a estímulos isolados (como certas correntes que estudam o comportamento humano defendem – em contraste evidente com o que é proposto pelas teorias da Gestalt). A descoberta em 1912 do “fenômeno phi” por Max Wertheimer foi muito importante, pois desencadeou a chamada “Revolução da Gestalt”, que mudou a maneira como a percepção era estudada. Temos então uma visão “panorâmica” quanto à gênese da Gestalt e seus desdobramentos e influências posteriores. Questões como a da percepção das imagens, a da atenção e da busca visual, a da sua “dupla realidade”, as ilusões, e a Gestalt em si merecem atenção.
Resultados preliminares
Na conclusão, constatamos que algumas questões permanecem mal resolvidas, pois envolvem uma experimentação complexa, sendo que as respostas são tímidas e incompletas. A ideia é que podemos caminhar na direção do conceito de “inteligência visual”: os estudos mais recentes nesse campo demonstram que os desafios são significativos, mas ao mesmo tempo existem perspectivas animadoras. De algum modo, a senda aberta pelos teóricos da Gestalt vai sendo retomada, com outras questões em pauta, assim como com novas informações acumuladas e novas tecnologias e pesquisas. Cada vez mais nos afastamos de uma visão da percepção visual como algo estritamente fisiológico - óptico - mecânico para um entendimento de que mesmo nesse nível básico que foi abordado anteriormente o processo é dinâmico e, com certeza, de certo modo “construímos o que vemos”.
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Papers by Luiz Antonio de Saboya
Objeto de estudo
Não é preciso enfatizar que hoje vivemos em plena “civilização da imagem”, com a explosão da cultura visual (sob a chancela da tecnologia), a partir de uma trajetória dominante no século XX. O estudo dessa temática vem a ser um compromisso interdisciplinar, com contribuições e aportes da sociologia, antropologia, semiótica, Gestalt, os estudos em cinema, fotografia, e até mesmo alguns subsídios de cunho filosófico.
Nossa abordagem procurou enfatizar que mesmo a um nível básico - fisiológico perceptivo - alguns aspectos já podem ser destacados sugerindo que “construímos o que vemos”. A contribuição da psicologia da Gestalt é defendida, revelando o modo como esta oferece aportes bastante significativos para o tema da percepção, chegando a uma “pedagogia do olhar”.
Metodologia aplicada
O trabalho se vale de Jacques Aumont, um teórico de cinema, escritor e professor na Universidade de Paris III e diretor do Instituto de Pesquisas sobre Cinema e Audiovisual dessa mesma universidade. O seu livro “A Imagem” serviu de referência básica no trabalho. Algumas contribuições a partir de Rudolf Arnheim são exploradas: concordando com as posições por ele defendidas, o trabalho aponta para o menosprezo que certas correntes dominantes no campo da teoria do conhecimento devotam ao tema da percepção, em especial a visual. Diversos outros autores são instrumentais, dentre aqueles que ganharam destaque na formulação e consolidação de uma teoria da percepção visual.
O olho e o sistema visual podem ser abordados segundo diversos pontos de vista, mas sabe-se que mesmo as mais simples situações cotidianas são bem mais complexas do que a mera reação a estímulos isolados (como certas correntes que estudam o comportamento humano defendem – em contraste evidente com o que é proposto pelas teorias da Gestalt). A descoberta em 1912 do “fenômeno phi” por Max Wertheimer foi muito importante, pois desencadeou a chamada “Revolução da Gestalt”, que mudou a maneira como a percepção era estudada. Temos então uma visão “panorâmica” quanto à gênese da Gestalt e seus desdobramentos e influências posteriores. Questões como a da percepção das imagens, a da atenção e da busca visual, a da sua “dupla realidade”, as ilusões, e a Gestalt em si merecem atenção.
Resultados preliminares
Na conclusão, constatamos que algumas questões permanecem mal resolvidas, pois envolvem uma experimentação complexa, sendo que as respostas são tímidas e incompletas. A ideia é que podemos caminhar na direção do conceito de “inteligência visual”: os estudos mais recentes nesse campo demonstram que os desafios são significativos, mas ao mesmo tempo existem perspectivas animadoras. De algum modo, a senda aberta pelos teóricos da Gestalt vai sendo retomada, com outras questões em pauta, assim como com novas informações acumuladas e novas tecnologias e pesquisas. Cada vez mais nos afastamos de uma visão da percepção visual como algo estritamente fisiológico - óptico - mecânico para um entendimento de que mesmo nesse nível básico que foi abordado anteriormente o processo é dinâmico e, com certeza, de certo modo “construímos o que vemos”.
Objeto de estudo
Não é preciso enfatizar que hoje vivemos em plena “civilização da imagem”, com a explosão da cultura visual (sob a chancela da tecnologia), a partir de uma trajetória dominante no século XX. O estudo dessa temática vem a ser um compromisso interdisciplinar, com contribuições e aportes da sociologia, antropologia, semiótica, Gestalt, os estudos em cinema, fotografia, e até mesmo alguns subsídios de cunho filosófico.
Nossa abordagem procurou enfatizar que mesmo a um nível básico - fisiológico perceptivo - alguns aspectos já podem ser destacados sugerindo que “construímos o que vemos”. A contribuição da psicologia da Gestalt é defendida, revelando o modo como esta oferece aportes bastante significativos para o tema da percepção, chegando a uma “pedagogia do olhar”.
Metodologia aplicada
O trabalho se vale de Jacques Aumont, um teórico de cinema, escritor e professor na Universidade de Paris III e diretor do Instituto de Pesquisas sobre Cinema e Audiovisual dessa mesma universidade. O seu livro “A Imagem” serviu de referência básica no trabalho. Algumas contribuições a partir de Rudolf Arnheim são exploradas: concordando com as posições por ele defendidas, o trabalho aponta para o menosprezo que certas correntes dominantes no campo da teoria do conhecimento devotam ao tema da percepção, em especial a visual. Diversos outros autores são instrumentais, dentre aqueles que ganharam destaque na formulação e consolidação de uma teoria da percepção visual.
O olho e o sistema visual podem ser abordados segundo diversos pontos de vista, mas sabe-se que mesmo as mais simples situações cotidianas são bem mais complexas do que a mera reação a estímulos isolados (como certas correntes que estudam o comportamento humano defendem – em contraste evidente com o que é proposto pelas teorias da Gestalt). A descoberta em 1912 do “fenômeno phi” por Max Wertheimer foi muito importante, pois desencadeou a chamada “Revolução da Gestalt”, que mudou a maneira como a percepção era estudada. Temos então uma visão “panorâmica” quanto à gênese da Gestalt e seus desdobramentos e influências posteriores. Questões como a da percepção das imagens, a da atenção e da busca visual, a da sua “dupla realidade”, as ilusões, e a Gestalt em si merecem atenção.
Resultados preliminares
Na conclusão, constatamos que algumas questões permanecem mal resolvidas, pois envolvem uma experimentação complexa, sendo que as respostas são tímidas e incompletas. A ideia é que podemos caminhar na direção do conceito de “inteligência visual”: os estudos mais recentes nesse campo demonstram que os desafios são significativos, mas ao mesmo tempo existem perspectivas animadoras. De algum modo, a senda aberta pelos teóricos da Gestalt vai sendo retomada, com outras questões em pauta, assim como com novas informações acumuladas e novas tecnologias e pesquisas. Cada vez mais nos afastamos de uma visão da percepção visual como algo estritamente fisiológico - óptico - mecânico para um entendimento de que mesmo nesse nível básico que foi abordado anteriormente o processo é dinâmico e, com certeza, de certo modo “construímos o que vemos”.