Papers by Lilian Starobinas
Revista 18, 2006
O artigo apresenta uma síntese da história da escola Scholem Aleichem São Paulo, desde sua funda... more O artigo apresenta uma síntese da história da escola Scholem Aleichem São Paulo, desde sua fundação no bairro do Bom Retiro por setores de esquerda entre os imigrantes judeus, em 1949, até seu fechamento em 1981.

O uso de fóruns eletrônicos como atividade complementar aos programas de formação continuada de p... more O uso de fóruns eletrônicos como atividade complementar aos programas de formação continuada de professores tem se tornado cada vez mais freqüente com a disseminação das Tecnologias da Informação e Comunicação. Este estudo analisa as estratégias de domínio e apropriação do fórum eletrônico por professores, a partir da análise de interações discursivas na comunidade virtual do programa Educar na Sociedade da Informação, da Universidade de São Paulo. Investigamos também a forma como essa interlocução contribui para a identificação dos sentidos do uso dessas mesmas tecnologias na educação escolar. Observamos nas mensagens as marcas das transformações geradas no processo de comunicação, a partir de peculiaridades dessa tecnologia, como assincronia, comunicação multipolar, suspensão do contexto espacial, utilização da escrita, suporte hipertextual, dependência da infra-estrutura de suporte e equipamentos para acesso. Os referenciais dos estudos socioculturais e da teoria da ação mediada ...

Completam-se em 2015 as duas primeiras décadas de vida da internet comercial no Brasil. Vinte ano... more Completam-se em 2015 as duas primeiras décadas de vida da internet comercial no Brasil. Vinte anos nos quais a internet deixou de estar restrita às redes universitárias e a poucos órgãos de governo, passando a permear cada vez mais intensamente a vida social, seja por uso consciente e explícito de computadores, programas e conexão, seja pela teia menos óbvia de redes digitais que se entretecem em nosso dia a dia, nas câmeras que estão nos ambientes, no GPS do celular, no chip do cartão de transporte. Nesse período, cultura digital deixou de ser conversa de nerd e passou a ser uma prática social cada vez mais naturalizada. Mescla-se com as mais diferentes áreas das artes, da comunicação, da economia, da ciência, da gestão da vida pessoal e da administração pública, para citar apenas alguns exemplos. Grandes expectativas foram geradas sobre as contribuições que transformações sociotécnicas podem aportar para a educação. Outros momentos da História marcados pelo desenvolvimento de novos suportes materiais para registro, expressão e divulgação do conhecimento trouxeram também temores e promessas, como no caso da difusão da escrita, da imprensa, do rádio, do cinema e da televisão. Cada um a sua forma encontrou formas de absorção nos processos educacionais, sejam eles em ambientes formais ou em vivências culturais do cotidiano. Passados vinte anos, ficou claro que o mesmo ocorrerá com as tecnologias digitais: não é sua presença pura e simples, e sim a forma de sua utilização, que definirá os ganhos de aprendizagem por elas proporcionados. No Brasil, a pesquisa do CETIC aponta que em 2013, 95% dos jovens entre 10 e 17 anos já fizeram uso da internet, e 40% deles utilizaram a internet na escola. É preciso reconhecer que temos um quadro bastante desigual no país, dadas as limitações da infra-estrutura tecnológica, a lenta implementação do acesso à banda-larga e as idas e vindas das políticas públicas relativas à formação de professores e aos projetos de garantia de acesso à internet nas escolas. Se podemos, assim, reconhecer uma sociedade em que o acesso à Rede já se popularizou entre os jovens, precisamos também compreender que há desafios variados no que diz respeito à compreensão da natureza destes recursos, das aprendizagens que eles demandam para tornar efetivo seu potencial, dos parâmetros éticos que precisam ser delineados e do sentido social que essas tecnologias podem exercer. As reflexões que se seguem se propõem, desta forma, a promover um olhar mais pausado para essas dimensões, por considerá-las fundantes de qualquer projeto consistente do uso de tecnologias digitais na educação. Trata-se de poder ir além dos interesses de mercado e da mimetização dos recursos já conhecidos – o livro didático, o cadernos digital – para vislumbrar oportunidades de uso genuíno do potencial dessas ferramentas para oportunidades de protagonismo, criação de redes, aprofundamento e pensamento crítico nas práticas educacionais que promovemos em nossas escolas.

O crescimento da disponibilidade, em meio digital, de acervos documentais variados, coloca a nós,... more O crescimento da disponibilidade, em meio digital, de acervos documentais variados, coloca a nós, educadores, diante de questões importantes no que diz respeito à metodologia de trabalho com o uso dessas fontes. Desde o surgimento da internet, era grande a expectativa de facilitar o acesso a documentos, jornais, imagens e áudios pertencentes aos acervos de instituições públicas, garantindo a oportunidade de contato com esses recursos a um público muito mais amplo que aquele que poderia dirigir-se pessoalmente às instalações de cada instituição. À medida que amplia-se a quantidade de documentos disponíveis para acesso via internet, o foco de atenção dos professores deve voltar-se para a reflexão sobre as estratégias de inserção desses materiais em atividades que promovam o estudo de diferentes situações históricas. O exercício de pesquisa, seleção, leitura e reinserção desses materiais em novos produtos culturais, frutos do processo de aprendizagem vivenciado por professores e alunos, entretanto, demanda um fazer profissional apurado. A proposta desse artigo é discutir questões conceituais que devem estar na base da orientação dessas práticas educacionais, visando favorecer um contato reflexivo e aprofundado com o conhecimento da História. Pretende-se igualmente discutir as perspectivas de estratégias dialógicas de participação do leitor, buscando consolidar, nos marcos educacionais, uma cultura da participação, dando sentido ao potencial tecnológico oferecido pelos recursos digitais. Autores como Carlos Ginzburg, Yochai Benkler, Martin Weller, Rachel Goulart Barreto, e Roger Chartier são alguns dos nomes de referência para essas reflexões.

O crescimento da disponibilidade, em meio digital, de acervos documentais variados, coloca a nós,... more O crescimento da disponibilidade, em meio digital, de acervos documentais variados, coloca a nós, educadores, diante de questões importantes no que diz respeito à metodologia de trabalho com o uso dessas fontes. Desde o surgimento da internet, era grande a expectativa de facilitar o acesso a documentos, jornais, imagens e áudios pertencentes aos acervos de instituições públicas, garantindo a oportunidade de contato com esses recursos a um público muito mais amplo que aquele que poderia dirigir-se pessoalmente às instalações de cada instituição. À medida que amplia-se a quantidade de documentos disponíveis para acesso via internet, o foco de atenção dos professores deve voltar-se para a reflexão sobre as estratégias de inserção desses materiais em atividades que promovam o estudo de diferentes situações históricas. O exercício de pesquisa, seleção, leitura e reinserção desses materiais em novos produtos culturais, frutos do processo de aprendizagem vivenciado por professores e alunos, entretanto, demanda um fazer profissional apurado. A proposta desse artigo é discutir questões conceituais que devem estar na base da orientação dessas práticas educacionais, visando favorecer um contato reflexivo e aprofundado com o conhecimento da História.
A preocupação com a leitura do mundo precede a preocupação com a leitura das palavras. A criança ... more A preocupação com a leitura do mundo precede a preocupação com a leitura das palavras. A criança e o adulto que não dominam o código escrito lêem o mundo a sua maneira. A escolarização traz a chave da decodificação da palavra, que como define Paulo Freire, nem sempre é "palavramundo". Nesses tempos em que investe-se tanto em minorar os índices de analfabetismo, ganha campo a expressão "analfabetismo digital". Irmanada com o termo que lhe dá origem, a "alfabetização digital" torna-se uma urgência e uma demanda das competências contemporâneas, aparecendo, nos mais distintos contextos, como fundamental para a resolução da pobreza e da desigualdade social.
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