Análise da função do sentido da visão na lírica camoniana à luz do conceito de heroico furor, de ... more Análise da função do sentido da visão na lírica camoniana à luz do conceito de heroico furor, de Giordano Bruno, com ênfase na estrita relação entre amor, imagem e visão. O amor heroico como impulsionador de uma busca interminável por um conhecimento superior em que os contrários se harmonizem numa síntese e a multiplicidade das coisas do mundo possa ser integrada numa unidade, o que permitiria alcançar um saber total de ordem divina. O amor sensível como um meio para o conhecimento, e o olhar como condição necessária para esse amor.
Este artigo apresenta uma breve análise do romance O quinze, de Rachel de Queiroz, contextualizan... more Este artigo apresenta uma breve análise do romance O quinze, de Rachel de Queiroz, contextualizando-o no confronto ideológico do início do século XX. Analisam-se os contrastes e tensões sociais que, de algum modo, perpassam o romance, além das inovações ideológicase estéticas que ele trouxe para a época.
seria possível analisar sua personalidade: Portanto, pintando, o pintor fatalmente pinta a sua pr... more seria possível analisar sua personalidade: Portanto, pintando, o pintor fatalmente pinta a sua própria visão. E a sua visão depende não só dos seus olhos-mas dêle todo: Também dos seus ouvidos, do seu olfacto, do seu tacto, do seu paladar; e também das suas crenças, das suas doenças, das suas manias, dos seus vícios, das suas virtudes... Daqui nasce a atitude, consciente ou subconsciente, voluntária ou involuntáriamente voluntária, de todos os grandes pintores e desenhistas modernos: A sua pintura é um meio de tornar visível o seu mundo psíquico. 2 A personalidade do artista torna-se a medida da qualidade de sua obra: esta será mais complexa e rica quanto mais rica e complexa for aquela. Quanto mais manifestamente o artista expressar sua personalidade em sua arte, mais viva e original esta será. Desse modo, a obra e a personalidade se equivalem, formando-se uma relação necessária entre ambas: "Aproxime-se agora a obra de Proust da obra, isto é, da personalidade dum André Gide." 3 Régio considera a baixa qualidade estética e literária como resultado de uma personalidade pobre, carente de originalidade e complexidade, à qual ele chega por meio da análise da obra. Assim, não é esta que é condenada, mas o artista e sua personalidade. Em uma de suas críticas desfavoráveis a Aquilino Ribeiro, o alvo de Régio não é a obra, mas as limitações do homem e seu modo de ser: Eu só quero que mestre Aquilino siga o mais possível a sua própria personalidade, as suas próprias possibilidades; constatando embora, como crítico, os limites dessa personalidade, e talvez lamentando-os como homem que não pode deixar de ter gôsto pessoal, opinião própria. 4 Mais adiante, no mesmo tom: "Mas aceitando Aquilino tal como é-'um genial rapsodo popular' no feliz dizer de Vitorino Nemésio-não me julgo por isso obrigado a deixar de reconhecer as vantagens e desvantagens, os dons e deficiências da sua maneira de ser." 5 De fato, a crítica que Régio faz à literatura portuguesa de seu tempo está geralmente relacionada à personalidade dos escritores, que, segundo Régio, não a possuiriam complexa e original o suficiente. Não basta, portanto, que a
Análise do nomadismo urbano na poesia de Jorge Gomes Miranda, poeta português contemporâneo. Exti... more Análise do nomadismo urbano na poesia de Jorge Gomes Miranda, poeta português contemporâneo. Extinção dos lugares de afeto e de pertencimento na cidade descrita nessa poesia. Deslocamentos de sujeitos ou personagens em busca de abrigo, de afeto ou do restabelecimento de uma identidade fragmentada. Nomadismo como resistência a uma sociedade de controle. Degradação dos ambientes naturais como perda do último refúgio possível de uma cidade hostil. PALAVRAS-CHAVE: Jorge Gomes Miranda; poesia portuguesa contemporânea; poética urbana; nomadismo urbano.
Análise da função do sentido da visão na lírica camoniana à luz do conceito de heroico furor, de ... more Análise da função do sentido da visão na lírica camoniana à luz do conceito de heroico furor, de Giordano Bruno, com ênfase na estrita relação entre amor, imagem e visão. O amor heroico como impulsionador de uma busca interminável por um conhecimento superior em que os contrários se harmonizem numa síntese e a multiplicidade das coisas do mundo possa ser integrada numa unidade, o que permitiria alcançar um saber total de ordem divina. O amor sensível como um meio para o conhecimento, e o olhar como condição necessária para esse amor.
Este artigo apresenta uma breve análise do romance O quinze, de Rachel de Queiroz, contextualizan... more Este artigo apresenta uma breve análise do romance O quinze, de Rachel de Queiroz, contextualizando-o no confronto ideológico do início do século XX. Analisam-se os contrastes e tensões sociais que, de algum modo, perpassam o romance, além das inovações ideológicase estéticas que ele trouxe para a época.
seria possível analisar sua personalidade: Portanto, pintando, o pintor fatalmente pinta a sua pr... more seria possível analisar sua personalidade: Portanto, pintando, o pintor fatalmente pinta a sua própria visão. E a sua visão depende não só dos seus olhos-mas dêle todo: Também dos seus ouvidos, do seu olfacto, do seu tacto, do seu paladar; e também das suas crenças, das suas doenças, das suas manias, dos seus vícios, das suas virtudes... Daqui nasce a atitude, consciente ou subconsciente, voluntária ou involuntáriamente voluntária, de todos os grandes pintores e desenhistas modernos: A sua pintura é um meio de tornar visível o seu mundo psíquico. 2 A personalidade do artista torna-se a medida da qualidade de sua obra: esta será mais complexa e rica quanto mais rica e complexa for aquela. Quanto mais manifestamente o artista expressar sua personalidade em sua arte, mais viva e original esta será. Desse modo, a obra e a personalidade se equivalem, formando-se uma relação necessária entre ambas: "Aproxime-se agora a obra de Proust da obra, isto é, da personalidade dum André Gide." 3 Régio considera a baixa qualidade estética e literária como resultado de uma personalidade pobre, carente de originalidade e complexidade, à qual ele chega por meio da análise da obra. Assim, não é esta que é condenada, mas o artista e sua personalidade. Em uma de suas críticas desfavoráveis a Aquilino Ribeiro, o alvo de Régio não é a obra, mas as limitações do homem e seu modo de ser: Eu só quero que mestre Aquilino siga o mais possível a sua própria personalidade, as suas próprias possibilidades; constatando embora, como crítico, os limites dessa personalidade, e talvez lamentando-os como homem que não pode deixar de ter gôsto pessoal, opinião própria. 4 Mais adiante, no mesmo tom: "Mas aceitando Aquilino tal como é-'um genial rapsodo popular' no feliz dizer de Vitorino Nemésio-não me julgo por isso obrigado a deixar de reconhecer as vantagens e desvantagens, os dons e deficiências da sua maneira de ser." 5 De fato, a crítica que Régio faz à literatura portuguesa de seu tempo está geralmente relacionada à personalidade dos escritores, que, segundo Régio, não a possuiriam complexa e original o suficiente. Não basta, portanto, que a
Análise do nomadismo urbano na poesia de Jorge Gomes Miranda, poeta português contemporâneo. Exti... more Análise do nomadismo urbano na poesia de Jorge Gomes Miranda, poeta português contemporâneo. Extinção dos lugares de afeto e de pertencimento na cidade descrita nessa poesia. Deslocamentos de sujeitos ou personagens em busca de abrigo, de afeto ou do restabelecimento de uma identidade fragmentada. Nomadismo como resistência a uma sociedade de controle. Degradação dos ambientes naturais como perda do último refúgio possível de uma cidade hostil. PALAVRAS-CHAVE: Jorge Gomes Miranda; poesia portuguesa contemporânea; poética urbana; nomadismo urbano.
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