Conference Presentations by Jose Decampos Pereira
Quem entrar numa das salas da delegação da AO em Viseu, deparar-se-á com os nomes e os retratos d... more Quem entrar numa das salas da delegação da AO em Viseu, deparar-se-á com os nomes e os retratos de antigos presidentes da delegação, numa espécie de Panteão dos Insignes" da advocacia local, para utilizar a expressão do Dr. Sebastião Ribeiro, bem polémico advogado deste país e doutros tempos.

jJ. M. CAMPOS PEREIRA, 2014
Quem entrar numa das salas da delegação da AO em Viseu, deparar-se-á com os nomes e os retratos d... more Quem entrar numa das salas da delegação da AO em Viseu, deparar-se-á com os nomes e os retratos de antigos presidentes da delegação, numa espécie de Panteão dos Insignes" da advocacia local, para utilizar a expressão do Dr. Sebastião Ribeiro, bem polémico advogado deste país e doutros tempos. Lá encontrará com grande destaque, encostado a uma sua fotografia, colocada no primeiro lugar de uma já longa galeria, o nome do Dr. Marques Loureiro, ilustre advogado, que sempre tem sido apresentado de modo reiterado, por vários responsáveis de diferentes delegações eleitas nesta comarca, como tendo sido o primeiro presidente da delegação da OA na comarca de Viseu-cidade que haveria de se encarregar de perpetuar a memória do Dr. Aragão, dando o seu nome a uma das suas artérias, como ali mesmo se poderá verificar através de um alusivo e artístico conjunto de azulejos produzidos pela Fábrica Constância de Lisboa. Porque nada, nesta narrativa, se vislumbra de acordo com os factos, necessário se torna desde já, repor aqui a verdade histórica. Sendo, inquestionavelmente, todos muito ilustres e importantes, nenhum daqueles antigos presidentes da delegação terá atingido o brilho e o valor do Dr. Maximiano Aragão e muito menos o reconhecimento académico que este granjeou a nível nacional pela sua vasta obra concernente à historiografia local, como se poderá facilmente concluir por uma simples consulta à Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Não se quedou, contudo, o Dr. Maximiano por este género literário onde obteve elevado brilhantismo, reservando igualmente relevante espaço para escritos jurídicos, nomeadamente minutas de reclamação e apelação, alguns levados ao prelo como por exemplo a Minuta de Recurso "O lugar de bibliotecário municipal de Viseu" (1903) ou a "Minuta de Agravo" (1911) do jornalista Cruz e do ferrador Jaime, presos aquele por conspirador e este por batoteiro. Dele disse, entre outros elogios, Aquilino Ribeiro no prefácio de "Viseu, Letras e Letrados Viseenses" publicada em 1934 após a morte do seu autor Dr. Aragão, ser este um "erudito Investigador", logo classificando a sua obra de "legado do historiógrafo". Longe de ser esquecido-já basta para o efeito o seu desprendimento por "condecorações oficiais que apesar de lhe terem sido oferecidas nunca aceitou" como consta da obra acabada de
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