Papers by Guilherme Rosa de Almeida
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RESUMO
A configuração socioespacial da cidade de Sinop e como agem os agentes produtores do esp... more 2
RESUMO
A configuração socioespacial da cidade de Sinop e como agem os agentes produtores do espaço, em especial os incorporadores e imobiliárias é foco de nosso estudo neste artigo. A cidade foi planejada nos anos 70 do século XX como parte do plano de ocupação das terras da Amazônia legal. Sendo desde o início pensada como polo regional e destinada a atender as funções do agronegócio. Aqui debateremos como esta cidade, de menos de 45 anos, se expande por um grande área e passa a contar com áreas valorizadas, fonte de especulação urbana bem como regiões com falta de infraestrutura e destinadas a população sem poder aquisitivo. Investigamos como a cidade tem se expandido em direção a novos vetores, contrariando o plano original de implantação.
PALAVRAS-CHAVE: Sinop, Segregação Socioespacial, Imobiliárias.

Resumo: Este trabalho visa expor, analisar e desmistificar os mitos que cercam e prendem os morad... more Resumo: Este trabalho visa expor, analisar e desmistificar os mitos que cercam e prendem os moradores de rua a um entendimento brutal sobre sua existência, no que concernem as diferentes maneiras como são vistos e tratados, seja pela sociedade ou pelo poder público e suas políticas. A partir de uma discussão sobre as práticas-discursivas elaboradas e lançadas sobre o morador de rua, procuraremos por em evidência o modus operandi que mobiliza a dominação da imagem e a expropriação do espaço público, o que o submete a um governamento que o priva do reconhecimento, do direito a um lugar etc. Neste sentido, debater subjetividades e ocupação urbana colabora para a investigação e contestação desses mitos. Para isso, autores como Milton Santos (homem lento), Agamben (homo sacer) entre outros são fundamentais para compreender que tais discursos precisam ser desconstruídos para afirmar uma lógica diferente desta da dominação e da invisibilização, e que proponha respeito à diversidade e garanta o direito à cidade e à cidadania.
Falar em ninhos de papelão é pensar em seus diferentes usos pelo morador de rua. Em um cenário de... more Falar em ninhos de papelão é pensar em seus diferentes usos pelo morador de rua. Em um cenário de
invisibilidade, nas metrópoles em ritmo de aceleração crescente, o papelão sugere moradia, proteção, refúgio e
um território em meio à hostilidade urbana. Diante desta perspectiva, interessa-nos pensar a situação do morador
de rua e a sua relação com o objeto papelão, que, ainda que seja improviso, efetiva um lugar no mundo. Assim,
adotaremos a poético-análise de Bachelard e a configuração carne-corpo-espaço-morador possível em Merleau-
Ponty para traçar a geografia e os afetos de morar na rua. É viável construir um lar neste espaço de trânsito e
olhares enviesados? As questões levantadas, com a contribuição dos autores mencionados, procuram revelar o
paradoxo de se criar um lugar de pertencimento na rua, quando as interpretações atuais percebem-na como
reduto de perigos e decadência.
O presente trabalho argumenta como arealização da Copa do Mundo de 2014 na cidade de Cuiabá e as ... more O presente trabalho argumenta como arealização da Copa do Mundo de 2014 na cidade de Cuiabá e as intervenções urbanas quese seguiram, serviram para consolidar um modelo de urbanização capitalista baseado no valor de troca e destituída do valor de uso do espaço. Reforçando uma visão fragmentada da cidade, pouco democrática e excludente. As propostas de reestruturações urbanas na cidade serviram como fenômenos de mercantilização do espaço e de fortalecimento do processo de desigualdade espacial, na medida em que priorizaram determinadas áreas em detrimento de outras, atendendo a determinados grupos sociais.

RESUMO. As taxas de encarceramento no Brasil são alarmantes – temos o 4º maior número de presos e... more RESUMO. As taxas de encarceramento no Brasil são alarmantes – temos o 4º maior número de presos em números absolutos do mundo. São 549.577 presos e apresentamos uma das maiores superlotações do mundo, com déficit de 240.503 vagas. Este cenário é motivo de preocupação por parte das autoridades e da sociedade civil organizada. Devemos investigar, debater e conhecer os espaços prisionais afim de superar a falta de planejamento do poder público e do engajamento da sociedade civil sobre este tema, acabar com os estereótipos. O Estudo de caso é no Centro de Ressocialização de Cuiabá, unidade prisional masculina, em Cuiabá/MT, penitenciária destinada a 470 homens, hoje com cerca de 1.200 homens detidos. Quando pensamos na análise do cotidiano do espaço prisional, escolhemos o conceito geográfico de território, principalmente quando entendido em um viés não ortodoxo, vendo no conceito de território multidimensional a possibilidade de compressão dos poderes paralelos ao Estado, que agem ora em associação, ora em conflito com este. Entendemos isso, pois dentro do rol de conceitos balizadores da geografia, o de território trata com intimidade do aspecto do poder, aspectos essenciais para a compreensão das prisões. O território envolve a compressão de acesso, limites, fronteiras, o controle do fluxo das pessoas e o exercício da autoridade. Os grupos que compõem o espaço prisional são complexos e altamente heterogêneos, possuindo tramas em suas relações que são difíceis de decifrar e entender. Podemos classificar de forma simplificada por três categorias os grupos: econômica, cultural e política. Econômica: aqui significa os presos que possuem renda e os que não possuem. Esta renda pode vir dos trabalhos formais (nas oficinas da unidade) e informais (como lavar roupa de outros presos, jogos de cartas, etc.). A fonte pode ser os familiares, e diversas outras possibilidades de renda ilegais. Cultural: a crença religiosa, o nível educacional e a existência de habilidades profissionais dos reclusos são fatores que os separam culturalmente. Aceitar uma religião ou não dentro da unidade é um fato de segregação clara: existem espaços evangélicos e os espaços não evangélicos, com privilégios nos evangélicos. O nível educacional e de habilidades profissionais fazem com que os reclusos sejam utilizados como mão de obra pelo sistema penitenciário. Os espaços que os presos " trabalhadores " ocupam são diferenciados também, com melhores condições. Político: os reclusos que são lideranças religiosas e/ou intelectuais têm facilidade de acesso à administração da unidade, aos serviços de defensoria pública, à assistência social e médica. Estes vícios são possíveis graças à parceria com alguns servidores do estado. Existindo ainda forte comércio dentro da unidade, as mercadorias que ali circulam são monopolizadas para determinados presos. ABSTRACT. Incarceration rates in Brazil are alarming – Brazil is the country with the fourth largest number of prisoners in absolute numbers in the world with 549,577 prisoners and one of the greatest carcerary overcrowding rates in the world with a 240,503 vacancies deficit. This scenario concerns the authorities and organized civil society. We should investigate, discuss and learn about the prison spaces in order to overcome the lack of planning of the Government and the civil society engagement on this issue, putting an end to stereotypes. The case study is in the Centro de Ressocialização de Cuiabá, masculine prison facility in Cuiabá/MT, a penitentiary for 470 men, today with 1,200 men detained. When we think of an analysis of the daily life in the prisonal area, we choose the geographical concept of territory, especially when understood in an unorthodox way, seeing in the concept of multidimensional territory the possibility of comprehension of parallel powers to the State, which act at times in association and at other times in conflict with it. We understand so because, within the list of geography's underpinning concepts, the territory treats with intimacy the aspect of power, essential aspects for understanding prisons. The territory involves the compression of access, boundaries, borders, control of the flow of people and the exercise of authority.The groups comprise the prison space are complex and highly heterogeneous, with plots in their relations that are difficult to AS ESCALAS DE GESTÃO DAS POLÍTICAS TERRITORIAIS EIXO V

Resumo: A educação dentro do sistema penitenciário enfrenta diversos obstáculos, os espaços prisi... more Resumo: A educação dentro do sistema penitenciário enfrenta diversos obstáculos, os espaços prisionais não foram pensados como espaços pedagógicos, mas sim como espaços de punição. Neste trabalho debatemos a necessidade de estratégias de resistências e um perfil militante para exercermos à docência nestes espaços, relatando desafios e complexidades para o exercício profisisonal. Estaremos ainda apresentando como objeto de estudo específico o Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), unidade prisional masculina, em Cuiabá/MT, destinada a 470 homens e sempre superlotada. Os discursos e as práticas dentro da prisão são analisados em suas contradições seja por parte da gestão penitenciária, dos agentes penitenciários, dos docentes, presos e suas lideranças, no que tange em especial a prática educativa formal. O trabalho tem como fundamentação metodológica no materialismo-histórico-dialético, que parte da realidade material concreta para construirmos o conhecimento. O desenvolvimento da análise e síntese desta investigação confronta os discursos, os dados e a realidade encontrada, sempre historicizando os processos para compreende-los. Lembrando ainda que o nosso posicionamento político-crítico-social frente as contradições estarão sempre presente. Utilizamos como técnicas metodológicas os dados registramos neste período de docência, entrevistas com colegas de profissão e leitura bibliográfica indicada.
O presente trabalho estuda a produção do espaço urbano pelas imobiliárias no norte mato-grossense... more O presente trabalho estuda a produção do espaço urbano pelas imobiliárias no norte mato-grossense, em especial analisando o caso de Sinop/MT. Cidade polo no norte do Estado que tem sua gênese ligada ao mercado imobiliário e possui forte influência deste mercado em sua dinâmica. O artigo é resultado dos estudos desenvolvidos pela disciplina “A produção do espaço urbano”, ministrada pela professora Sônia Regina Romancini no Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Mato Grosso - Mestrado. A discussão sobre o poder econômico e político exercido pelo setor imobiliário em Sinop segue todo o trabalho. Para entendermos como tal situação é possível, precisamos analisar como se apresenta a estrutura fundiária urbana de nossos país e ao processo histórico materialista de ocupação do território em estudo.
Este resumo apresentado em 2010, no Encontro da Rede Mato-grossense de Educação Ambiental buscou ... more Este resumo apresentado em 2010, no Encontro da Rede Mato-grossense de Educação Ambiental buscou apresentar os primeiros estudos sobre a relação entre a visão do céu indígena e a morfologia construtiva da aldeia. As relações culturais, sociais e territoriais na cultura indígena estão enraizadas à terra, construindo a sua territorialidade. O que demostramos neste curto trabalho é existência de uma forte relação entre o caminho dos astros e a organização territorial de sua ocas e consequentemente de toda aldeia.

A educação é direito de todo ser humano, assegurado por diversos instrumentos como a Constituição... more A educação é direito de todo ser humano, assegurado por diversos instrumentos como a Constituição Federal (1988), a Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU, 1948) e por outros tratados e leis. Conseguir com que este direito se realize para todos em nossa sociedade desigual e produtora de segregações não é uma tarefa fácil. Neste trabalho discutimos algumas das dificuldades encontradas para garantir a educação dentro do sistema penitenciário de Mato Grosso. Ressaltamos que existem avanços, políticas públicas sendo implantadas e sujeitos engajados para assegurar este direito. Porém diversas resistências e práticas sociais excludentes por parte do poder público, dos presos e funcionários do sistema penitenciário impedindo que todos os sujeitos privados de liberdade estudem. A pesquisa concentra-se no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), unidade prisional masculina, em Cuiabá/MT, destinada a 470 homens, hoje com cerca de 1.200 homens detidos. O objeto de estudo é fruto da experiência visceral do autor, que atua como professor no sistema penitenciário há 4 anos. O materialismo-histórico-dialético é a base de nossa leitura e interpretação do mundo. Exigindo como técnica metodologia partirmos da realidade concreta e realizarmos um processo de investigação através de entrevistas, descrições e historicizando os processos para compreende-los, sem esquecer de nos posicionarmos frente as contradições. Observa-se com facilidade que existem privilégios para determinados grupos de presos dentro da prisão incluindo acesso aos serviços básicos de saúde, assistência social, defensoria pública e educação. Grupos “evangélicos” decidem quem pode ou não estudar, em acordos com a administração da unidade, excluindo os “ímpios” ou sem religião alojados em Alas separadas que não possuem acesso as aulas. Notamos que a segregação social, espacial, cultural e de acesso a direitos é tão enraizada em nossa sociedade burguesa capitalista, que na prisão, os sujeitos reproduzem esta realidade.

A presente proposta visa debater, estudar e questionar os espaços de privação de liberdade, em vá... more A presente proposta visa debater, estudar e questionar os espaços de privação de liberdade, em várias perspectivas: lugar, território e arquitetura; dimensões complementares que são fundamentais para entender o que existe por trás dos muros e mascarás. As prisões são entendidos aqui como instrumentos tecnológicos e ideológicos, que se produzem e reproduzem no espaço seguindo muitas de suas contradições. A geografia através dos conceitos, de espaço, lugar, território, produção do espaço, contribui para decifrar histórica-espacialmente como as prisões se relacionam com a cidade, criando espacialidades urbanas indo até mesmo em seu interior no cotidiano da vida prisional.A experiência como professor da rede pública de ensino há três anos em uma unidade prisional nos permitiu algumas vivências e reflexões acerca destes espaços. Nosso intuito vai no sentido de buscar uma nova forma de ler o espaço prisional, ir além dos preconceitos e estereótipos.

O presente artigo estuda e questiona os espaços de privação de liberdade, em várias perspectivas:... more O presente artigo estuda e questiona os espaços de privação de liberdade, em várias perspectivas: território, temporalidades e arquitetura; todas estas dimensões são complementares e fundamentais para entendermos o que existe por trás dos muros, das máscaras e do senso comum sobre as prisões. A Geografia através dos conceitos, de espaço, lugar, território, temporalidades, produção do espaço, contribui significativamente para decifrarmos histórica e espacialmente como as prisões se constituem em espaços segmentados e marginalizados. E todas as tramas de relações que os espaços prisionais possuem, criando territorialidades e temporalidades em seu interior, através do cotidiano da vida prisional. As prisões são apresentadas aqui como instrumentos tecnológicos e ideológicos, que se produzem e reproduzem no espaço seguindo muitas das contradições do mundo que produzimos extra muros. Debateremos a localização, a arquitetura, a produção do espaço pelos sujeitos que vivem na prisão e os discursos que sustentam estes espaços. Nosso intuito é provocar o debate, conhecermos mais destes espaços, suas contradições e pensarmos em estratégias de aproximação da sociedade com as prisões. Ao invés de mascarar os problemas que envolvem as prisões e os sujeitos ali depositados, devemos entender os problemas, nos envolvermos com o sistema penitenciário em suas complexidades, encarando-o como uma instituição que não foge a uma análise material-histórica-dialética e desta forma nos posicionarmos por uma transformação.

A violência, o crime e a reprodução destes são temas de máxima importância para sociedade. Dados... more A violência, o crime e a reprodução destes são temas de máxima importância para sociedade. Dados da CPI do Sistema Carcerário (2009), indicam gastos astronômicos com a violência, entre outros problemas derivados: sociais, psicológicos, perda de vidas e outros difíceis de quantificar e mesmo qualificar. Para enfrentarmos a violência é fundamental estudarmos os espaços de privação de liberdade; entendermos como são desenvolvidos os processos de (res) socialização, quais as relações e tensionamentos existentes.
A complexidade do sistema prisional é imensa e cada unidade prisional apresenta uma realidade diferente. São instituições tão diferentes entre si, que podemos até não entender como as mesmas leis que as regem são vivenciadas de forma tão particular. Na prática não são as leis proferidas pelo Estado que regem a vida prisional, existe todo um conjunto de condicionantes e forças – controle e apropriação do espaço, o ritmo do “dia-a-dia” da cadeia - conferem identidade a cada uma delas.
Nosso trabalho visa analisar, com a colaboração dos conceitos de território, espaço e lugar; como se dá a vida cotidiana, seus ritmos e como o espaço é hierarquizado na prisão. Ressaltando ainda a articulação entre a dimensão física do desenho arquitetônico das unidades prisionais e sua relação com a construção do espaço geográfico do cárcere. Neste trabalho vamos focar os estudos no Centro de Ressocialização de Cuiabá, unidade prisional masculina, destinada para abrigar 392 homens – que atualmente está lotado com cerca de 1.200 homens.
Nossa pesquisa tem como metodologia a coleta de dados na instituição, a observação participante que a profissão de professor na unidade permitiu, a pesquisa bibliográfica sobre o tema e também os estudos e debates que o curso de Pós-Graduação em Geografia na UFMT permite.
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO by Guilherme Rosa de Almeida

As taxas de encarceramento no Brasil são alarmantes – temos o 4º maior número de presos
em número... more As taxas de encarceramento no Brasil são alarmantes – temos o 4º maior número de presos
em números absolutos do mundo. São 549.577 presos e apresentamos uma das maiores
superlotações do mundo. Este cenário é motivo de preocupação por parte das autoridades e da
sociedade civil organizada. Vamos aqui contribuir com a investigação e o debater sobre os
espaços prisionais, a fim de superar o afastamento da sociedade civil e o descaso do poder
público. Entendemos que só assim será possível acabarmos com os estereótipos sobre as
prisões e abrir as portas para um processo de transformação destes espaços. A nossa
investigação analisa a dinâmica da vida prisional através das práticas sociais espacializadas,
evidenciando as estratégias de sobrevivência e de organização que existem dentro da prisão,
compreendendo como se dão as disputas pelo poder no espaço: o controle, gestão e
apropriação dos espaços pelos presos, indicando como os presos são sujeitos ativos nesse
processo. O Estudo de caso é no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), unidade
prisional masculina, na cidade de Cuiabá/MT, penitenciária destinada a 470 homens, hoje
com cerca de 900 homens detidos. Este estudo da vida prisional e da análise do cotidiano no
espaço prisional, se dá através dos conceitos geográficos de território e de
territorialidades em um viés não ortodoxo. Entendemos que o conceito de território
multidimensional nos permite a compressão dos poderes paralelos ao Estado, que agem ora
em associação, ora em conflito com este e que o conceito de territorialidade nos permite
entender as dinâmicas da disputa territorial. Os autores que nortearam nossa abordagem sobre
poder, território e territorialidades são: Paul Claval, Hannah Arendt, Michel Foucault, Milton
Santos, Marcelo Lopes de Souza entre outros. Aqui não trataremos do poder apenas como
símbolo e autoridade do Estado ou de um mandatário, mas o poder contido nas relações
sociais em grupo e produtor de assimetrias. Estes conceitos envolvem a compressão de
acesso, limites, fronteiras, o controle do fluxo das pessoas, o exercício da autoridade e a
dinâmica das disputas. Os grupos que compõem o espaço prisional são complexos e
heterogêneos, possuindo tramas em suas relações que são difíceis de decifrar e entender. Entre
estes grupos notamos a produção de segregações, exclusões e privilégios no acesso a direitos.
Ressaltamos o papel da Educação neste espaço que vem alterar o ambiente e criar um novo
cotidiano, permitindo que uma certa liberdade se realize através da Escola. Destacamos o
papel que a perspectiva marxista e o método histórico-materialista possui em nossa leitura de
mundo, ensinando que a ciência deve ter na realidade material a sua base, e que o
conhecimento pode alimentar o engajamento político. Queremos colaborar com a superação
deste cenário no qual se encontram as penitenciárias brasileiras; acreditamos que para isso o
envolvimento, a militância e a pesquisa se fazem necessários. As prisões não devem ser
isoladas geográfica e socialmente se quisermos uma sociedade mais justa e solidária.
MONOGRAFIA by Guilherme Rosa de Almeida

O presente Trabalho Final de Graduação trata do tema das prisões, nossa intenção é
compreender o ... more O presente Trabalho Final de Graduação trata do tema das prisões, nossa intenção é
compreender o papel social destas instituições e propor um projeto para cidade de Cuiabá/MT. Nosso
estudo, nesta etapa de entrega final, visa apresentar o tema e o processo de projeto que seguimos,
finalizando com um estudo preliminar avançado. O projeto desenvolveu-se principalmente a partir
dos princípios e critérios estabelecidos; depois pelo estudo e análise de projetos de prisão pelo mundo e
pelo país; sem deixar de mencionar que a vivencia pessoal foi muito importante para se pensar nas
relações internas e externas que observamos e quais são aquelas que queremos que exista no edifício.
Infelizmente este tema é muito pouco explorado na academia e na sociedade como um todo.
O que existe é um estereótipo de prisão, como se fossem todas iguais. Isso nos leva a introduzir o
assunto sobre as prisões pela história e depois analisar a legislação brasileira pertinente ao tema. Para
então se conceber os conceitos sobre a restrição de liberdade e os espaços destinados a este fim. Depois
nos propomos a ver o que estes espaços deveriam ser, e o que são, a diferença entre discurso e prática
na política criminal e na justiça do pais. Através de um questionamento da estética, da forma, da
implantadas penitenciárias e prisões e das relações simbólicas que as prisões possuem.
Conhecendo e argumentando em favor de um entendimento de que existe uma falência do
sistema prisional e em como a Arquitetura é importante para pensarmos um novo paradigma para os
espaços de privação de liberdade. Vamos buscar uma nova relação do edifício da prisão com a cidade,
um novo diálogo; acabando com a ideia de espaço marginalizado da sociedade. A partir deste nova
relação com a cidade, buscar um nova forma de convivência entre as pessoas que vivem os espaço de
privação de liberdade.
PROJETO DE ARQUITETURA E URBANISMO by Guilherme Rosa de Almeida
Estas pranchas apresentam de forma sintética um projeto para uma unidade penitenciária na cidade ... more Estas pranchas apresentam de forma sintética um projeto para uma unidade penitenciária na cidade de Cuiabá/MT. O projeto é tem como um de seus princípios a aproximação entre as penitenciárias e as prisões, tanto pela escolha da localização - ao lado do Fórum Estadual - quanto pelos diversos elementos morfológicos que estão presentes e permitem que a sociedade se aproprie do espaço. Indo na contramão do que se pratica em geral, os projetos hegemônicos buscam afastar os presídios para espaço distantes. Apenas a convivências com esta realidade pode transformá-la.

A Proposta que apresentamos tem como perspectiva que a Arquitetura e o Urbanismo devem estar asso... more A Proposta que apresentamos tem como perspectiva que a Arquitetura e o Urbanismo devem estar associados a outras áreas. Um bom projeto para cidade só é possível com um projeto de gestão do espaço. E pensamos ainda que a gestão do espaço deve se dar com a participação popular. Isso poso, a próstata trata da cidade de Cuiabá/MT. Capital do estado e formada pela colonização bandeirantes em 1719, na busca de ouro e escravos indígenas.
A cidade apresenta hoje um perfil absolutamente diferente daquela de sua formação. Diferente de Salvador, Cidade de Goiás (Goiás Velho) ou Pirenópolis, não manteve quase em nada sua forma e tradição do espaço. O pouco que existe preservado tem dificuldade de se manter conservado.
Um dos bairros mais importantes para cidade é o Porto. Como o nome já diz nele existiu um porto que ligava a cidade à o resto do país. Por via fluvial descia os barcos até a Argentina e depois o Rio de Janeiro. Durante 200 anos este ponto e a Igreja do Rosário no centro velho da cidade foram os pontos de concentração da cidade que vivia do ouro.
Hoje este bairro esta abandonado e marginalizado. Como em várias cidades pelo mundo onde o espaço perde seu poder econômico, perde também como espaço de vivencia da cidade. As características do bairro hoje são de contraste. Existe uma vida comercial intensa no setor de atacado e existe pobreza, prostituição, venda de drogas e abandono a céu aberto. Um perfil de muitas cidades no Brasil, mas naquelas onde o elitismo e a formação escravocata permitiram, são mais profundas as suas marcas.
Nossa proposta vai abordar uma região do bairro que convive com os estabelecimentos comerciais – prostíbulos, marginais, moradores de rua, entre outros. È um ponto nodal da cidade, por onde boa parte do fluxo escoa. Próximo a ponte que liga a cidade vizinha tem ali, no seu seio de formação um dos maiores problemas sociais da cidade.
O objetivo é apresentar uma posposta que contemple a política, a estética e a cultura. Política, pois só com gestão do espaço se muda alguma coisa. Um obra por si só nasce morta. E a intervenção aqui vem no sentido de
ser um primeiro passo para que a população local se empodere. Com isso venha a transformar seu espaço e sua vida. Sendo assim a proposta é um primeiro passo, os outros devem ser dados em conjunto com os moradores.
A cultura é a maneira pela qual se pretende conseguir esta aproximação. Assim um centro cultura em uma edificação abandonada e estrategicamente localizada é o foco do trabalho. Esta edificação fica ao lado dos protíbulos e de frente para a praça.
A estética entra na forma intervir gradualmente no ambiente. Mostrando que existe a vontade de mudança e ao mesmo tempo convidado ao trabalho conjunto. Não atropelar as pessoas dali, a história do lugar e sim ir construindo a cara- a estética- que os atores desta jornada pretendem.
O bairro foi motivo de uma pesquisa e intervenção artística que nós participamos. Neste momento foi possível caminhar pelo local, comer, beber, comprar, conversar e fazer parte do ambiente por alguns meses. Observar com cuidado o que vai além da cidade cartográfica, mas os sentimentos, saudosismos e desejos. Contudo existe uma grande complexidade quando se trata de intervenção urbana em uma cidade que cresce muito, que não sabe bem o que quer conservar.
Convicto de que o único caminho é este. Uma vontade política que consiga através da cultura e da estética sensibilizar as pessoas para se tornarem arquitetos do próprio destino. Apresentamos algumas transformações que julgamos necessárias para começo de conversa.
Arborizar o espaço, construir um novo mobiliário que permita a conversa, o diálogo, os projetos em coletivo. Promover uma percepção do rio que está do lado e não se faz presente na vida das pessoas, isso através de um mirante. Criar um centro Cultural e de Formação bem na esquina mais marginalizada da cidade, reutilizando uma edificação abandonada. Pavimentar as ruas com blocos intertravados e criar um calçadão e dando espaço às pessoas. Estimular a vista do passado escondido, das ruas e santuários.
Mudar o bairro do Porto para sempre.
Conference Presentations by Guilherme Rosa de Almeida
O presente trabalho é fruto dos estudos para TDAUP - Trabalho de Diplomação em Arquitetura, Urban... more O presente trabalho é fruto dos estudos para TDAUP - Trabalho de Diplomação em Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo do Curso de Arquitetura e Urbanismo do UNIVAG em 2017. Tem como objetivo realizar uma proposta de projeto arquitetônico destinado ao público idoso no centro da cidade de Cuiabá, através de pesquisas que exploram as taxas de crescimento desta população e principalmente expor a carência da cidade no que diz respeito aos espaços que solucionem e contribuam para melhoria da qualidade de vida da comunidade de idosos, em diversas dimensões da vida, entre elas: ambientais, interação social e acessibilidade.

O presente trabalho é fruto dos estudos para TDAUP - Trabalho de Diplomação em Arquitetura, Urban... more O presente trabalho é fruto dos estudos para TDAUP - Trabalho de Diplomação em Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo do Curso de Arquitetura e Urbanismo do UNIVAG em 2017. Tem como objetivo realizar estudo no bairro Mapim, fruto de loteamento irregular, periférico e com deficiências na infraestrura e propor projetos que contribuam para melhoria de qualidade de vida da comunidade com relação as dimensões ambientais e sociais.
A ocupação territorial de Várzea Grande nos remete ao século XVIII, dentro do período colonial, onde existiam pequenos aglomerados por volta dos anos de 1770, na margem direita do rio Cuiabá, delineando-se o caminho dos bandeirantes, rumo ao norte do Estado de Mato Grosso, seguida pela estrada de boiadeiros em meados do século XIX, “marcando como ponto de pouso e de pastoreio durante mais de século” (MONTEIRO, 1987).
Até o fim dos anos 40 do século XX a cidade era distrito de Cuiabá (até 1948), neste momento que uma das mais importantes infraestruturas do Estado e para Várzea Grande é planejada o Aeroporto Marechal Rondon. A cidade passa a ter uma expansão significativa, contudo devemos destacar que o bairro Cristo Rei, o maior da cidade, que é fruto de antigos quilombos e populações ribeirinhas, mal alcançava mil habitantes em 1970 aumentou a sua população em 1985 para cerca de 45 mil habitantes. (MONTEIRO, 1987, p. 116).
A figura 1 identifica o local de estudo - o bairro Mapim no contexto nacional e local. Nossa investigação vai no sentido de compreender a dinâmica de ocupação do espaço social do bairro, a morfologia das construções, a malha viária, a dimensão ambiental, a infraestrutura existente e deficitárias, bem como das territorialidades existentes dentro do bairro. Interpretando estes dados e realizar uma proposta de intervenção

Collaborative work. Windows Live space of Coworking in Cuiabá.MT
O presente trabalho é fruto dos ... more Collaborative work. Windows Live space of Coworking in Cuiabá.MT
O presente trabalho é fruto dos estudos para TDAUP - Trabalho de Diplomação em Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo do Curso de Arquitetura e Urbanismo do UNIVAG em 2017. Tem como objetivo realizar estudos sobre a implantação de um projeto de espaço de coworking em Cuiabá/MT. O espaço, em questão será destinado preferencialmente para profissionais liberais da área de construção civil: arquitetos, engenheiros, designers, etc.
O ambiente de trabalho é um local fundamental para que exista qualidade de vida das pessoas, é onde os trabalhadores passam a maior parte de seu dia a dia. São nestes locais que devemos buscar proporcionar um bom nível de contato social e conforto. Um bom espaço de trabalho permite maior produtividade, criatividade, saúde física e mental. Todas estas características são cada vez mais importante em um mundo do conhecimento.
O espaço de coworking é um local utilizado por vários profissionais, que podem ser de diferentes profissões ou podem do mesmo ramo de trabalho. É um local onde as pessoas alugam uma sala ou uma mesa e exercem seu trabalho de forma autônoma, mas podem debater, conhecer o trabalho um do outro, estimular a pontos de vistas, colaborar- sendo este o maior objetivo do coworking, sem deixar de lado o fato de realizarem uma divisão dos custos.
Aqui estaremos nos aprofundando sobre como projetar espaços com este conceito em Cuiabá. A cidade já possui alguns espaços de coworking, mas com as mudanças na economia e no mercado de trabalho, induzindo as pessoas a criarem seus próprios negócios. Estes espaços estão se tornando cada vez amis cobiçados e necessários na cidade.
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RESUMO
A configuração socioespacial da cidade de Sinop e como agem os agentes produtores do espaço, em especial os incorporadores e imobiliárias é foco de nosso estudo neste artigo. A cidade foi planejada nos anos 70 do século XX como parte do plano de ocupação das terras da Amazônia legal. Sendo desde o início pensada como polo regional e destinada a atender as funções do agronegócio. Aqui debateremos como esta cidade, de menos de 45 anos, se expande por um grande área e passa a contar com áreas valorizadas, fonte de especulação urbana bem como regiões com falta de infraestrutura e destinadas a população sem poder aquisitivo. Investigamos como a cidade tem se expandido em direção a novos vetores, contrariando o plano original de implantação.
PALAVRAS-CHAVE: Sinop, Segregação Socioespacial, Imobiliárias.
invisibilidade, nas metrópoles em ritmo de aceleração crescente, o papelão sugere moradia, proteção, refúgio e
um território em meio à hostilidade urbana. Diante desta perspectiva, interessa-nos pensar a situação do morador
de rua e a sua relação com o objeto papelão, que, ainda que seja improviso, efetiva um lugar no mundo. Assim,
adotaremos a poético-análise de Bachelard e a configuração carne-corpo-espaço-morador possível em Merleau-
Ponty para traçar a geografia e os afetos de morar na rua. É viável construir um lar neste espaço de trânsito e
olhares enviesados? As questões levantadas, com a contribuição dos autores mencionados, procuram revelar o
paradoxo de se criar um lugar de pertencimento na rua, quando as interpretações atuais percebem-na como
reduto de perigos e decadência.
A complexidade do sistema prisional é imensa e cada unidade prisional apresenta uma realidade diferente. São instituições tão diferentes entre si, que podemos até não entender como as mesmas leis que as regem são vivenciadas de forma tão particular. Na prática não são as leis proferidas pelo Estado que regem a vida prisional, existe todo um conjunto de condicionantes e forças – controle e apropriação do espaço, o ritmo do “dia-a-dia” da cadeia - conferem identidade a cada uma delas.
Nosso trabalho visa analisar, com a colaboração dos conceitos de território, espaço e lugar; como se dá a vida cotidiana, seus ritmos e como o espaço é hierarquizado na prisão. Ressaltando ainda a articulação entre a dimensão física do desenho arquitetônico das unidades prisionais e sua relação com a construção do espaço geográfico do cárcere. Neste trabalho vamos focar os estudos no Centro de Ressocialização de Cuiabá, unidade prisional masculina, destinada para abrigar 392 homens – que atualmente está lotado com cerca de 1.200 homens.
Nossa pesquisa tem como metodologia a coleta de dados na instituição, a observação participante que a profissão de professor na unidade permitiu, a pesquisa bibliográfica sobre o tema e também os estudos e debates que o curso de Pós-Graduação em Geografia na UFMT permite.
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO by Guilherme Rosa de Almeida
em números absolutos do mundo. São 549.577 presos e apresentamos uma das maiores
superlotações do mundo. Este cenário é motivo de preocupação por parte das autoridades e da
sociedade civil organizada. Vamos aqui contribuir com a investigação e o debater sobre os
espaços prisionais, a fim de superar o afastamento da sociedade civil e o descaso do poder
público. Entendemos que só assim será possível acabarmos com os estereótipos sobre as
prisões e abrir as portas para um processo de transformação destes espaços. A nossa
investigação analisa a dinâmica da vida prisional através das práticas sociais espacializadas,
evidenciando as estratégias de sobrevivência e de organização que existem dentro da prisão,
compreendendo como se dão as disputas pelo poder no espaço: o controle, gestão e
apropriação dos espaços pelos presos, indicando como os presos são sujeitos ativos nesse
processo. O Estudo de caso é no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), unidade
prisional masculina, na cidade de Cuiabá/MT, penitenciária destinada a 470 homens, hoje
com cerca de 900 homens detidos. Este estudo da vida prisional e da análise do cotidiano no
espaço prisional, se dá através dos conceitos geográficos de território e de
territorialidades em um viés não ortodoxo. Entendemos que o conceito de território
multidimensional nos permite a compressão dos poderes paralelos ao Estado, que agem ora
em associação, ora em conflito com este e que o conceito de territorialidade nos permite
entender as dinâmicas da disputa territorial. Os autores que nortearam nossa abordagem sobre
poder, território e territorialidades são: Paul Claval, Hannah Arendt, Michel Foucault, Milton
Santos, Marcelo Lopes de Souza entre outros. Aqui não trataremos do poder apenas como
símbolo e autoridade do Estado ou de um mandatário, mas o poder contido nas relações
sociais em grupo e produtor de assimetrias. Estes conceitos envolvem a compressão de
acesso, limites, fronteiras, o controle do fluxo das pessoas, o exercício da autoridade e a
dinâmica das disputas. Os grupos que compõem o espaço prisional são complexos e
heterogêneos, possuindo tramas em suas relações que são difíceis de decifrar e entender. Entre
estes grupos notamos a produção de segregações, exclusões e privilégios no acesso a direitos.
Ressaltamos o papel da Educação neste espaço que vem alterar o ambiente e criar um novo
cotidiano, permitindo que uma certa liberdade se realize através da Escola. Destacamos o
papel que a perspectiva marxista e o método histórico-materialista possui em nossa leitura de
mundo, ensinando que a ciência deve ter na realidade material a sua base, e que o
conhecimento pode alimentar o engajamento político. Queremos colaborar com a superação
deste cenário no qual se encontram as penitenciárias brasileiras; acreditamos que para isso o
envolvimento, a militância e a pesquisa se fazem necessários. As prisões não devem ser
isoladas geográfica e socialmente se quisermos uma sociedade mais justa e solidária.
MONOGRAFIA by Guilherme Rosa de Almeida
compreender o papel social destas instituições e propor um projeto para cidade de Cuiabá/MT. Nosso
estudo, nesta etapa de entrega final, visa apresentar o tema e o processo de projeto que seguimos,
finalizando com um estudo preliminar avançado. O projeto desenvolveu-se principalmente a partir
dos princípios e critérios estabelecidos; depois pelo estudo e análise de projetos de prisão pelo mundo e
pelo país; sem deixar de mencionar que a vivencia pessoal foi muito importante para se pensar nas
relações internas e externas que observamos e quais são aquelas que queremos que exista no edifício.
Infelizmente este tema é muito pouco explorado na academia e na sociedade como um todo.
O que existe é um estereótipo de prisão, como se fossem todas iguais. Isso nos leva a introduzir o
assunto sobre as prisões pela história e depois analisar a legislação brasileira pertinente ao tema. Para
então se conceber os conceitos sobre a restrição de liberdade e os espaços destinados a este fim. Depois
nos propomos a ver o que estes espaços deveriam ser, e o que são, a diferença entre discurso e prática
na política criminal e na justiça do pais. Através de um questionamento da estética, da forma, da
implantadas penitenciárias e prisões e das relações simbólicas que as prisões possuem.
Conhecendo e argumentando em favor de um entendimento de que existe uma falência do
sistema prisional e em como a Arquitetura é importante para pensarmos um novo paradigma para os
espaços de privação de liberdade. Vamos buscar uma nova relação do edifício da prisão com a cidade,
um novo diálogo; acabando com a ideia de espaço marginalizado da sociedade. A partir deste nova
relação com a cidade, buscar um nova forma de convivência entre as pessoas que vivem os espaço de
privação de liberdade.
PROJETO DE ARQUITETURA E URBANISMO by Guilherme Rosa de Almeida
A cidade apresenta hoje um perfil absolutamente diferente daquela de sua formação. Diferente de Salvador, Cidade de Goiás (Goiás Velho) ou Pirenópolis, não manteve quase em nada sua forma e tradição do espaço. O pouco que existe preservado tem dificuldade de se manter conservado.
Um dos bairros mais importantes para cidade é o Porto. Como o nome já diz nele existiu um porto que ligava a cidade à o resto do país. Por via fluvial descia os barcos até a Argentina e depois o Rio de Janeiro. Durante 200 anos este ponto e a Igreja do Rosário no centro velho da cidade foram os pontos de concentração da cidade que vivia do ouro.
Hoje este bairro esta abandonado e marginalizado. Como em várias cidades pelo mundo onde o espaço perde seu poder econômico, perde também como espaço de vivencia da cidade. As características do bairro hoje são de contraste. Existe uma vida comercial intensa no setor de atacado e existe pobreza, prostituição, venda de drogas e abandono a céu aberto. Um perfil de muitas cidades no Brasil, mas naquelas onde o elitismo e a formação escravocata permitiram, são mais profundas as suas marcas.
Nossa proposta vai abordar uma região do bairro que convive com os estabelecimentos comerciais – prostíbulos, marginais, moradores de rua, entre outros. È um ponto nodal da cidade, por onde boa parte do fluxo escoa. Próximo a ponte que liga a cidade vizinha tem ali, no seu seio de formação um dos maiores problemas sociais da cidade.
O objetivo é apresentar uma posposta que contemple a política, a estética e a cultura. Política, pois só com gestão do espaço se muda alguma coisa. Um obra por si só nasce morta. E a intervenção aqui vem no sentido de
ser um primeiro passo para que a população local se empodere. Com isso venha a transformar seu espaço e sua vida. Sendo assim a proposta é um primeiro passo, os outros devem ser dados em conjunto com os moradores.
A cultura é a maneira pela qual se pretende conseguir esta aproximação. Assim um centro cultura em uma edificação abandonada e estrategicamente localizada é o foco do trabalho. Esta edificação fica ao lado dos protíbulos e de frente para a praça.
A estética entra na forma intervir gradualmente no ambiente. Mostrando que existe a vontade de mudança e ao mesmo tempo convidado ao trabalho conjunto. Não atropelar as pessoas dali, a história do lugar e sim ir construindo a cara- a estética- que os atores desta jornada pretendem.
O bairro foi motivo de uma pesquisa e intervenção artística que nós participamos. Neste momento foi possível caminhar pelo local, comer, beber, comprar, conversar e fazer parte do ambiente por alguns meses. Observar com cuidado o que vai além da cidade cartográfica, mas os sentimentos, saudosismos e desejos. Contudo existe uma grande complexidade quando se trata de intervenção urbana em uma cidade que cresce muito, que não sabe bem o que quer conservar.
Convicto de que o único caminho é este. Uma vontade política que consiga através da cultura e da estética sensibilizar as pessoas para se tornarem arquitetos do próprio destino. Apresentamos algumas transformações que julgamos necessárias para começo de conversa.
Arborizar o espaço, construir um novo mobiliário que permita a conversa, o diálogo, os projetos em coletivo. Promover uma percepção do rio que está do lado e não se faz presente na vida das pessoas, isso através de um mirante. Criar um centro Cultural e de Formação bem na esquina mais marginalizada da cidade, reutilizando uma edificação abandonada. Pavimentar as ruas com blocos intertravados e criar um calçadão e dando espaço às pessoas. Estimular a vista do passado escondido, das ruas e santuários.
Mudar o bairro do Porto para sempre.
Conference Presentations by Guilherme Rosa de Almeida
A ocupação territorial de Várzea Grande nos remete ao século XVIII, dentro do período colonial, onde existiam pequenos aglomerados por volta dos anos de 1770, na margem direita do rio Cuiabá, delineando-se o caminho dos bandeirantes, rumo ao norte do Estado de Mato Grosso, seguida pela estrada de boiadeiros em meados do século XIX, “marcando como ponto de pouso e de pastoreio durante mais de século” (MONTEIRO, 1987).
Até o fim dos anos 40 do século XX a cidade era distrito de Cuiabá (até 1948), neste momento que uma das mais importantes infraestruturas do Estado e para Várzea Grande é planejada o Aeroporto Marechal Rondon. A cidade passa a ter uma expansão significativa, contudo devemos destacar que o bairro Cristo Rei, o maior da cidade, que é fruto de antigos quilombos e populações ribeirinhas, mal alcançava mil habitantes em 1970 aumentou a sua população em 1985 para cerca de 45 mil habitantes. (MONTEIRO, 1987, p. 116).
A figura 1 identifica o local de estudo - o bairro Mapim no contexto nacional e local. Nossa investigação vai no sentido de compreender a dinâmica de ocupação do espaço social do bairro, a morfologia das construções, a malha viária, a dimensão ambiental, a infraestrutura existente e deficitárias, bem como das territorialidades existentes dentro do bairro. Interpretando estes dados e realizar uma proposta de intervenção
O presente trabalho é fruto dos estudos para TDAUP - Trabalho de Diplomação em Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo do Curso de Arquitetura e Urbanismo do UNIVAG em 2017. Tem como objetivo realizar estudos sobre a implantação de um projeto de espaço de coworking em Cuiabá/MT. O espaço, em questão será destinado preferencialmente para profissionais liberais da área de construção civil: arquitetos, engenheiros, designers, etc.
O ambiente de trabalho é um local fundamental para que exista qualidade de vida das pessoas, é onde os trabalhadores passam a maior parte de seu dia a dia. São nestes locais que devemos buscar proporcionar um bom nível de contato social e conforto. Um bom espaço de trabalho permite maior produtividade, criatividade, saúde física e mental. Todas estas características são cada vez mais importante em um mundo do conhecimento.
O espaço de coworking é um local utilizado por vários profissionais, que podem ser de diferentes profissões ou podem do mesmo ramo de trabalho. É um local onde as pessoas alugam uma sala ou uma mesa e exercem seu trabalho de forma autônoma, mas podem debater, conhecer o trabalho um do outro, estimular a pontos de vistas, colaborar- sendo este o maior objetivo do coworking, sem deixar de lado o fato de realizarem uma divisão dos custos.
Aqui estaremos nos aprofundando sobre como projetar espaços com este conceito em Cuiabá. A cidade já possui alguns espaços de coworking, mas com as mudanças na economia e no mercado de trabalho, induzindo as pessoas a criarem seus próprios negócios. Estes espaços estão se tornando cada vez amis cobiçados e necessários na cidade.
RESUMO
A configuração socioespacial da cidade de Sinop e como agem os agentes produtores do espaço, em especial os incorporadores e imobiliárias é foco de nosso estudo neste artigo. A cidade foi planejada nos anos 70 do século XX como parte do plano de ocupação das terras da Amazônia legal. Sendo desde o início pensada como polo regional e destinada a atender as funções do agronegócio. Aqui debateremos como esta cidade, de menos de 45 anos, se expande por um grande área e passa a contar com áreas valorizadas, fonte de especulação urbana bem como regiões com falta de infraestrutura e destinadas a população sem poder aquisitivo. Investigamos como a cidade tem se expandido em direção a novos vetores, contrariando o plano original de implantação.
PALAVRAS-CHAVE: Sinop, Segregação Socioespacial, Imobiliárias.
invisibilidade, nas metrópoles em ritmo de aceleração crescente, o papelão sugere moradia, proteção, refúgio e
um território em meio à hostilidade urbana. Diante desta perspectiva, interessa-nos pensar a situação do morador
de rua e a sua relação com o objeto papelão, que, ainda que seja improviso, efetiva um lugar no mundo. Assim,
adotaremos a poético-análise de Bachelard e a configuração carne-corpo-espaço-morador possível em Merleau-
Ponty para traçar a geografia e os afetos de morar na rua. É viável construir um lar neste espaço de trânsito e
olhares enviesados? As questões levantadas, com a contribuição dos autores mencionados, procuram revelar o
paradoxo de se criar um lugar de pertencimento na rua, quando as interpretações atuais percebem-na como
reduto de perigos e decadência.
A complexidade do sistema prisional é imensa e cada unidade prisional apresenta uma realidade diferente. São instituições tão diferentes entre si, que podemos até não entender como as mesmas leis que as regem são vivenciadas de forma tão particular. Na prática não são as leis proferidas pelo Estado que regem a vida prisional, existe todo um conjunto de condicionantes e forças – controle e apropriação do espaço, o ritmo do “dia-a-dia” da cadeia - conferem identidade a cada uma delas.
Nosso trabalho visa analisar, com a colaboração dos conceitos de território, espaço e lugar; como se dá a vida cotidiana, seus ritmos e como o espaço é hierarquizado na prisão. Ressaltando ainda a articulação entre a dimensão física do desenho arquitetônico das unidades prisionais e sua relação com a construção do espaço geográfico do cárcere. Neste trabalho vamos focar os estudos no Centro de Ressocialização de Cuiabá, unidade prisional masculina, destinada para abrigar 392 homens – que atualmente está lotado com cerca de 1.200 homens.
Nossa pesquisa tem como metodologia a coleta de dados na instituição, a observação participante que a profissão de professor na unidade permitiu, a pesquisa bibliográfica sobre o tema e também os estudos e debates que o curso de Pós-Graduação em Geografia na UFMT permite.
em números absolutos do mundo. São 549.577 presos e apresentamos uma das maiores
superlotações do mundo. Este cenário é motivo de preocupação por parte das autoridades e da
sociedade civil organizada. Vamos aqui contribuir com a investigação e o debater sobre os
espaços prisionais, a fim de superar o afastamento da sociedade civil e o descaso do poder
público. Entendemos que só assim será possível acabarmos com os estereótipos sobre as
prisões e abrir as portas para um processo de transformação destes espaços. A nossa
investigação analisa a dinâmica da vida prisional através das práticas sociais espacializadas,
evidenciando as estratégias de sobrevivência e de organização que existem dentro da prisão,
compreendendo como se dão as disputas pelo poder no espaço: o controle, gestão e
apropriação dos espaços pelos presos, indicando como os presos são sujeitos ativos nesse
processo. O Estudo de caso é no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), unidade
prisional masculina, na cidade de Cuiabá/MT, penitenciária destinada a 470 homens, hoje
com cerca de 900 homens detidos. Este estudo da vida prisional e da análise do cotidiano no
espaço prisional, se dá através dos conceitos geográficos de território e de
territorialidades em um viés não ortodoxo. Entendemos que o conceito de território
multidimensional nos permite a compressão dos poderes paralelos ao Estado, que agem ora
em associação, ora em conflito com este e que o conceito de territorialidade nos permite
entender as dinâmicas da disputa territorial. Os autores que nortearam nossa abordagem sobre
poder, território e territorialidades são: Paul Claval, Hannah Arendt, Michel Foucault, Milton
Santos, Marcelo Lopes de Souza entre outros. Aqui não trataremos do poder apenas como
símbolo e autoridade do Estado ou de um mandatário, mas o poder contido nas relações
sociais em grupo e produtor de assimetrias. Estes conceitos envolvem a compressão de
acesso, limites, fronteiras, o controle do fluxo das pessoas, o exercício da autoridade e a
dinâmica das disputas. Os grupos que compõem o espaço prisional são complexos e
heterogêneos, possuindo tramas em suas relações que são difíceis de decifrar e entender. Entre
estes grupos notamos a produção de segregações, exclusões e privilégios no acesso a direitos.
Ressaltamos o papel da Educação neste espaço que vem alterar o ambiente e criar um novo
cotidiano, permitindo que uma certa liberdade se realize através da Escola. Destacamos o
papel que a perspectiva marxista e o método histórico-materialista possui em nossa leitura de
mundo, ensinando que a ciência deve ter na realidade material a sua base, e que o
conhecimento pode alimentar o engajamento político. Queremos colaborar com a superação
deste cenário no qual se encontram as penitenciárias brasileiras; acreditamos que para isso o
envolvimento, a militância e a pesquisa se fazem necessários. As prisões não devem ser
isoladas geográfica e socialmente se quisermos uma sociedade mais justa e solidária.
compreender o papel social destas instituições e propor um projeto para cidade de Cuiabá/MT. Nosso
estudo, nesta etapa de entrega final, visa apresentar o tema e o processo de projeto que seguimos,
finalizando com um estudo preliminar avançado. O projeto desenvolveu-se principalmente a partir
dos princípios e critérios estabelecidos; depois pelo estudo e análise de projetos de prisão pelo mundo e
pelo país; sem deixar de mencionar que a vivencia pessoal foi muito importante para se pensar nas
relações internas e externas que observamos e quais são aquelas que queremos que exista no edifício.
Infelizmente este tema é muito pouco explorado na academia e na sociedade como um todo.
O que existe é um estereótipo de prisão, como se fossem todas iguais. Isso nos leva a introduzir o
assunto sobre as prisões pela história e depois analisar a legislação brasileira pertinente ao tema. Para
então se conceber os conceitos sobre a restrição de liberdade e os espaços destinados a este fim. Depois
nos propomos a ver o que estes espaços deveriam ser, e o que são, a diferença entre discurso e prática
na política criminal e na justiça do pais. Através de um questionamento da estética, da forma, da
implantadas penitenciárias e prisões e das relações simbólicas que as prisões possuem.
Conhecendo e argumentando em favor de um entendimento de que existe uma falência do
sistema prisional e em como a Arquitetura é importante para pensarmos um novo paradigma para os
espaços de privação de liberdade. Vamos buscar uma nova relação do edifício da prisão com a cidade,
um novo diálogo; acabando com a ideia de espaço marginalizado da sociedade. A partir deste nova
relação com a cidade, buscar um nova forma de convivência entre as pessoas que vivem os espaço de
privação de liberdade.
A cidade apresenta hoje um perfil absolutamente diferente daquela de sua formação. Diferente de Salvador, Cidade de Goiás (Goiás Velho) ou Pirenópolis, não manteve quase em nada sua forma e tradição do espaço. O pouco que existe preservado tem dificuldade de se manter conservado.
Um dos bairros mais importantes para cidade é o Porto. Como o nome já diz nele existiu um porto que ligava a cidade à o resto do país. Por via fluvial descia os barcos até a Argentina e depois o Rio de Janeiro. Durante 200 anos este ponto e a Igreja do Rosário no centro velho da cidade foram os pontos de concentração da cidade que vivia do ouro.
Hoje este bairro esta abandonado e marginalizado. Como em várias cidades pelo mundo onde o espaço perde seu poder econômico, perde também como espaço de vivencia da cidade. As características do bairro hoje são de contraste. Existe uma vida comercial intensa no setor de atacado e existe pobreza, prostituição, venda de drogas e abandono a céu aberto. Um perfil de muitas cidades no Brasil, mas naquelas onde o elitismo e a formação escravocata permitiram, são mais profundas as suas marcas.
Nossa proposta vai abordar uma região do bairro que convive com os estabelecimentos comerciais – prostíbulos, marginais, moradores de rua, entre outros. È um ponto nodal da cidade, por onde boa parte do fluxo escoa. Próximo a ponte que liga a cidade vizinha tem ali, no seu seio de formação um dos maiores problemas sociais da cidade.
O objetivo é apresentar uma posposta que contemple a política, a estética e a cultura. Política, pois só com gestão do espaço se muda alguma coisa. Um obra por si só nasce morta. E a intervenção aqui vem no sentido de
ser um primeiro passo para que a população local se empodere. Com isso venha a transformar seu espaço e sua vida. Sendo assim a proposta é um primeiro passo, os outros devem ser dados em conjunto com os moradores.
A cultura é a maneira pela qual se pretende conseguir esta aproximação. Assim um centro cultura em uma edificação abandonada e estrategicamente localizada é o foco do trabalho. Esta edificação fica ao lado dos protíbulos e de frente para a praça.
A estética entra na forma intervir gradualmente no ambiente. Mostrando que existe a vontade de mudança e ao mesmo tempo convidado ao trabalho conjunto. Não atropelar as pessoas dali, a história do lugar e sim ir construindo a cara- a estética- que os atores desta jornada pretendem.
O bairro foi motivo de uma pesquisa e intervenção artística que nós participamos. Neste momento foi possível caminhar pelo local, comer, beber, comprar, conversar e fazer parte do ambiente por alguns meses. Observar com cuidado o que vai além da cidade cartográfica, mas os sentimentos, saudosismos e desejos. Contudo existe uma grande complexidade quando se trata de intervenção urbana em uma cidade que cresce muito, que não sabe bem o que quer conservar.
Convicto de que o único caminho é este. Uma vontade política que consiga através da cultura e da estética sensibilizar as pessoas para se tornarem arquitetos do próprio destino. Apresentamos algumas transformações que julgamos necessárias para começo de conversa.
Arborizar o espaço, construir um novo mobiliário que permita a conversa, o diálogo, os projetos em coletivo. Promover uma percepção do rio que está do lado e não se faz presente na vida das pessoas, isso através de um mirante. Criar um centro Cultural e de Formação bem na esquina mais marginalizada da cidade, reutilizando uma edificação abandonada. Pavimentar as ruas com blocos intertravados e criar um calçadão e dando espaço às pessoas. Estimular a vista do passado escondido, das ruas e santuários.
Mudar o bairro do Porto para sempre.
A ocupação territorial de Várzea Grande nos remete ao século XVIII, dentro do período colonial, onde existiam pequenos aglomerados por volta dos anos de 1770, na margem direita do rio Cuiabá, delineando-se o caminho dos bandeirantes, rumo ao norte do Estado de Mato Grosso, seguida pela estrada de boiadeiros em meados do século XIX, “marcando como ponto de pouso e de pastoreio durante mais de século” (MONTEIRO, 1987).
Até o fim dos anos 40 do século XX a cidade era distrito de Cuiabá (até 1948), neste momento que uma das mais importantes infraestruturas do Estado e para Várzea Grande é planejada o Aeroporto Marechal Rondon. A cidade passa a ter uma expansão significativa, contudo devemos destacar que o bairro Cristo Rei, o maior da cidade, que é fruto de antigos quilombos e populações ribeirinhas, mal alcançava mil habitantes em 1970 aumentou a sua população em 1985 para cerca de 45 mil habitantes. (MONTEIRO, 1987, p. 116).
A figura 1 identifica o local de estudo - o bairro Mapim no contexto nacional e local. Nossa investigação vai no sentido de compreender a dinâmica de ocupação do espaço social do bairro, a morfologia das construções, a malha viária, a dimensão ambiental, a infraestrutura existente e deficitárias, bem como das territorialidades existentes dentro do bairro. Interpretando estes dados e realizar uma proposta de intervenção
O presente trabalho é fruto dos estudos para TDAUP - Trabalho de Diplomação em Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo do Curso de Arquitetura e Urbanismo do UNIVAG em 2017. Tem como objetivo realizar estudos sobre a implantação de um projeto de espaço de coworking em Cuiabá/MT. O espaço, em questão será destinado preferencialmente para profissionais liberais da área de construção civil: arquitetos, engenheiros, designers, etc.
O ambiente de trabalho é um local fundamental para que exista qualidade de vida das pessoas, é onde os trabalhadores passam a maior parte de seu dia a dia. São nestes locais que devemos buscar proporcionar um bom nível de contato social e conforto. Um bom espaço de trabalho permite maior produtividade, criatividade, saúde física e mental. Todas estas características são cada vez mais importante em um mundo do conhecimento.
O espaço de coworking é um local utilizado por vários profissionais, que podem ser de diferentes profissões ou podem do mesmo ramo de trabalho. É um local onde as pessoas alugam uma sala ou uma mesa e exercem seu trabalho de forma autônoma, mas podem debater, conhecer o trabalho um do outro, estimular a pontos de vistas, colaborar- sendo este o maior objetivo do coworking, sem deixar de lado o fato de realizarem uma divisão dos custos.
Aqui estaremos nos aprofundando sobre como projetar espaços com este conceito em Cuiabá. A cidade já possui alguns espaços de coworking, mas com as mudanças na economia e no mercado de trabalho, induzindo as pessoas a criarem seus próprios negócios. Estes espaços estão se tornando cada vez amis cobiçados e necessários na cidade.