Thesis Chapters by Francisco Inacio Silva Silva

RESUMO
A apropriação do espaço urbano pode ser pensada, em termos teóricos, como o conflito entre... more RESUMO
A apropriação do espaço urbano pode ser pensada, em termos teóricos, como o conflito entre duas formas diversas. A forma da mercadoria, quando o espaço urbano é apropriado como meio de reprodução do capital, e a forma da sociedade urbana quando a apropriação é um meio para o desenvolvimento do processo de humanização tornada latente a partir da sociedade industrial, para lembrar os termos de Henri Lefebvre (Carvalho, 2000:75).
O mundo globalizado fez com que as cidades tivessem que se tornar competitivas para ingressar na rede global de cidades. Cidades se tornam, então, máquinas de produzir riqueza e, nesse contexto, o papel do urbanismo passa a ser o de trazer soluções estratégicas para garantir essa produção (Arantes,2000:20).
A cultura se alia aos urbanistas e empreendedores para legitimar intervenções urbanas que configurem a cidade global. O que antes era expressão de resistência aos valores de mercado é hoje peça-chave de um processo que visa maximizar ganhos, diminuir perdas e trazer competitividade à cidade.
A região da Luz, no centro histórico da cidade de São Paulo, passa atualmente por uma intervenção urbana promovida pelo poder público. Cabe a esse trabalho investigar a natureza desta intervenção e o papel que a cultura desempenhará nessa remodelação do espaço urbano. Investigação baseada na hipótese de que, neste processo, estarão em disputa duas formas diversas da cultura - análogas às duas formas de apropriação do espaço: a cultura como mercadoria versus a cultura como processo de humanização.
Por meio de um estudo etnográfico, o objetivo é conhecer a visão dos moradores e comerciantes daquela região e qual sua posição acerca daquela intervenção. Ao mesmo tempo, analisar a contradição desta cultura que se anuncia como parte desse novo tipo de intervenção e aquelas expressões culturais que já estão ali colocadas, tendo como fundamentação teórica principal a reflexão dos autores como Otília Arantes, Fredric Jameson e Heitor Frúgoli mas também o pensamento crítico e mais amplo de Jane Jacobs acerca da prática do urbanismo em si.
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Thesis Chapters by Francisco Inacio Silva Silva
A apropriação do espaço urbano pode ser pensada, em termos teóricos, como o conflito entre duas formas diversas. A forma da mercadoria, quando o espaço urbano é apropriado como meio de reprodução do capital, e a forma da sociedade urbana quando a apropriação é um meio para o desenvolvimento do processo de humanização tornada latente a partir da sociedade industrial, para lembrar os termos de Henri Lefebvre (Carvalho, 2000:75).
O mundo globalizado fez com que as cidades tivessem que se tornar competitivas para ingressar na rede global de cidades. Cidades se tornam, então, máquinas de produzir riqueza e, nesse contexto, o papel do urbanismo passa a ser o de trazer soluções estratégicas para garantir essa produção (Arantes,2000:20).
A cultura se alia aos urbanistas e empreendedores para legitimar intervenções urbanas que configurem a cidade global. O que antes era expressão de resistência aos valores de mercado é hoje peça-chave de um processo que visa maximizar ganhos, diminuir perdas e trazer competitividade à cidade.
A região da Luz, no centro histórico da cidade de São Paulo, passa atualmente por uma intervenção urbana promovida pelo poder público. Cabe a esse trabalho investigar a natureza desta intervenção e o papel que a cultura desempenhará nessa remodelação do espaço urbano. Investigação baseada na hipótese de que, neste processo, estarão em disputa duas formas diversas da cultura - análogas às duas formas de apropriação do espaço: a cultura como mercadoria versus a cultura como processo de humanização.
Por meio de um estudo etnográfico, o objetivo é conhecer a visão dos moradores e comerciantes daquela região e qual sua posição acerca daquela intervenção. Ao mesmo tempo, analisar a contradição desta cultura que se anuncia como parte desse novo tipo de intervenção e aquelas expressões culturais que já estão ali colocadas, tendo como fundamentação teórica principal a reflexão dos autores como Otília Arantes, Fredric Jameson e Heitor Frúgoli mas também o pensamento crítico e mais amplo de Jane Jacobs acerca da prática do urbanismo em si.
A apropriação do espaço urbano pode ser pensada, em termos teóricos, como o conflito entre duas formas diversas. A forma da mercadoria, quando o espaço urbano é apropriado como meio de reprodução do capital, e a forma da sociedade urbana quando a apropriação é um meio para o desenvolvimento do processo de humanização tornada latente a partir da sociedade industrial, para lembrar os termos de Henri Lefebvre (Carvalho, 2000:75).
O mundo globalizado fez com que as cidades tivessem que se tornar competitivas para ingressar na rede global de cidades. Cidades se tornam, então, máquinas de produzir riqueza e, nesse contexto, o papel do urbanismo passa a ser o de trazer soluções estratégicas para garantir essa produção (Arantes,2000:20).
A cultura se alia aos urbanistas e empreendedores para legitimar intervenções urbanas que configurem a cidade global. O que antes era expressão de resistência aos valores de mercado é hoje peça-chave de um processo que visa maximizar ganhos, diminuir perdas e trazer competitividade à cidade.
A região da Luz, no centro histórico da cidade de São Paulo, passa atualmente por uma intervenção urbana promovida pelo poder público. Cabe a esse trabalho investigar a natureza desta intervenção e o papel que a cultura desempenhará nessa remodelação do espaço urbano. Investigação baseada na hipótese de que, neste processo, estarão em disputa duas formas diversas da cultura - análogas às duas formas de apropriação do espaço: a cultura como mercadoria versus a cultura como processo de humanização.
Por meio de um estudo etnográfico, o objetivo é conhecer a visão dos moradores e comerciantes daquela região e qual sua posição acerca daquela intervenção. Ao mesmo tempo, analisar a contradição desta cultura que se anuncia como parte desse novo tipo de intervenção e aquelas expressões culturais que já estão ali colocadas, tendo como fundamentação teórica principal a reflexão dos autores como Otília Arantes, Fredric Jameson e Heitor Frúgoli mas também o pensamento crítico e mais amplo de Jane Jacobs acerca da prática do urbanismo em si.