Papers by Etelvina Pires Lopes Nunes
Humano e Inumano: A dignidade do homem e os novos desafios ( actas do Segundo Congreso Internacional da Associação de Filosofia Fenomenológica), 2006, ISBN 9789728531386, págs. 299-312, 2006
Revista portuguesa de filosofia, 1995
Revista Portuguesa de Filosofia
Revista Portuguesa de Filosofia
Tópicos, Revista de Filosofía
Este artigo apresenta o processo que Stein elabora para estabelecer a relação do ser finito e tem... more Este artigo apresenta o processo que Stein elabora para estabelecer a relação do ser finito e temporal com o ser infinito e eterno. Contextualizando a sua investigação no âmbito da fenomenologia e da ontologia, Stein ultrapassa estes domínios. Na esteira de Tomás de Aquino, será recorrendo à analogia que Stein traça a ascensão para o sentido do Ser. No entanto, este processo tornar-se-á mais próximo da posição de S. Agostinho. Pois, a autora elabora primeiro uma analogia temporal e depois uma analogia pessoal. Parte de duas evidências: a certeza do “eu sou” de Agostinho, Descartes e Husserl e o “eu sou” divino, segundo o nome que Deus revelou de si próprio: “Eu sou aquele que sou” (Ex 3,14). Através da analogia pessoal a autora ultrapassa a fenomenologia e a ontologia, enquanto a categoria “pessoa” compreende tanto o ser como uma plenitude atribuída.
Ecologia(s) das Dependências: Entre a Utopia e a Limitação, 2021

Franciscanum, 2021
Este artigo apresenta a conceção de Stein sobre o desenvolvimento pessoal, que acontece a partir ... more Este artigo apresenta a conceção de Stein sobre o desenvolvimento pessoal, que acontece a partir de um núcleo, um centro pessoal. Stein individua tal núcleo, já nos escritos fenomenológicos, como uma estrutura pessoal, sinónimo da individualidade própria, constituída por um eu anímico. A ideia do núcleo será desenvolvida numa fase posterior do seu pensamento, em que elabora uma ontologia em chave antropológica. O núcleo informa a alma e o corpo no decurso do processo. A individualidade não se dá pelo corpo (matéria), como defende Tomás de Aquino, mas pela «forma», isto é, a partir do interior. O desenvolvimento compreende o todo da pessoa, tanto a interioridade como a exterioridade. No entanto, será na relação pessoal e única do ser humano com o ser divino, que o núcleo, entendido como a «essência da alma», se abrirá plenamente e conhecerá aquela imagem ou «marca qualitativa» específica que é a sua. O pleno desdobramento do núcleo estaria, portanto, na capacidade de amar a Deus e de amar o próximo. Palavras-chave Desenvolvimento pessoal, núcleo, individualidade, pessoa, alma.

Revista Portuguesa de Filosofia
Edith Stein finds in the analogia entis the structure of the being. In this study, we aim to pres... more Edith Stein finds in the analogia entis the structure of the being. In this study, we aim to present the course traced by the author, to go back from the finite being to the eternal being. Temporality, as Heidegger conceived it in Sein und Zeit, led Stein to consider that this is the mark of the finiteness of the human being, but it is also an indication of the ontological need to receive the being. The temporal finiteness is already ‘movement’ into infinity. Inspired by Przywara, the author starts from the Thomist conception of analogy, but approaching Augustine, and interprets the analogy in the wake of phenomenology, between two people: the human ‘I am’ and the divine ‘I am’. Through the notion of ‘openness’ Stein traces a way to access the eternal being. In the conclusion, we approach the finite-infinite dialectics elaborated by Stein, to that developed by Levinas, since both authors point to a ‘rupture of immanence’. Stein proceeds through the way of interiority with the aid of analogy; Levinas proceeds through the way of exteriority, by the nakedness of the face of the neighbour.

Este artigo apresenta a conceção de Stein sobre o desenvolvimento pessoal, que acontece a partir ... more Este artigo apresenta a conceção de Stein sobre o desenvolvimento pessoal, que acontece a partir de um núcleo, um centro pessoal. Stein individua tal núcleo, já nos escritos fenomenológicos, como uma estrutura pessoal, sinónimo da individualidade própria, constituída por um eu anímico. A ideia do núcleo será desenvolvida numa fase posterior do seu pensamento, em que elabora uma ontologia em chave antropológica. O núcleo informa a alma e o corpo no decurso do processo. A individualidade não se dá pelo corpo (matéria), como defende Tomás de Aquino, mas pela ‘forma’, isto é, a partir do interior. O desenvolvimento compreende o todo da pessoa, tanto a interioridade como a exterioridade. No entanto, será na relação pessoal e única do ser humano com o ser divino, que o núcleo, entendido como a ‘essência da alma’, se abrirá plenamente e conhecerá aquela imagem ou ‘marca qualitativa’ específica que é a sua. O pleno desdobramento do núcleo estaria, portanto, na capacidade de amar a Deus e de...

Resumo: O tema consciência e temporalidade é comum à filosofia fenomenológica e hermenêutica. Pre... more Resumo: O tema consciência e temporalidade é comum à filosofia fenomenológica e hermenêutica. Pretende-se, neste artigo, apresentar a teoria de Edith Stein sobre o tempo, com base na sua obra fundamental: Ser finito e ser eterno. Esta se constrói na esteira da fenomenologia de Husserl e como reação a Sein und Zeit, de Heidegger, ademais, apoiando-se na teoria do ato e da potência de Tomás de Aquino. Stein constrói uma teoria do tempo centrada no presente. Aplicando a fenomenologia às “unidades de vivência” e aos conceitos de “ato” e “potência”, de origem tomista, cria o conceito de “atualidade”, que compreende as três dimensões temporais. Criticando Heidegger, a autora sublinha que o “ser do ser finito” é “um ser recebido”, o qual se constitui na relação de “abertura” ao “ser eterno”. Na conclusão, propõe-se a possibilidade do reencontro com o passado (Heidegger) como análise preparatória para a “abertura” ao ser eterno.
Revista Portuguesa De Filosofia, 1991
Revista Portuguesa De Filosofia, 1996
Ideas y Valores
A empatia, em Edith Stein, é uma vivência que permite o conhecimento do outro, mastambém do “suje... more A empatia, em Edith Stein, é uma vivência que permite o conhecimento do outro, mastambém do “sujeito empatizante”. Pela teoria “do vivenciar completo”, alcança-se nãoapenas um conhecimento da vivência do outro, mas também dos valores subjacentesà sua ação. Através desta teoria, pretende-se responder à proposta levinasiana deuma responsabilidade total, por um lado, e, por outro, de P. Ricoeur, que apresenta anecessidade de uma relação que pense ao mesmo tempo a reflexividade do si mesmo.A empatia permite um modo de constituição personalizadora para os dois sujeitosque mantém, de modo simultâneo, a unicidade e a alteridade de cada um.
Uploads
Papers by Etelvina Pires Lopes Nunes