Books by Diogo Augusto Mainardes

O ÚLTIMO ADÃO E A NOVA CRIAÇÃO: O PARALELO ENTRE ADÃO E CRISTO EM 1CORÍNTIOS 15, 2021
Na antiguidade, a ressurreição dos mortos no fim dos tempos era uma crença distintamente judaica;... more Na antiguidade, a ressurreição dos mortos no fim dos tempos era uma crença distintamente judaica; esta seria, portanto, uma característica marcante da cosmovisão do fariseu Saulo de Tarso. Porém, quando este judeu zeloso teve um encontro com o Cristo ressurreto na estrada
para Damasco, compreendeu que Jesus era o Messias e o Senhor do mundo, e que o tempo do fim já havia sido inaugurado em sua ressurreição. Saulo, agora apóstolo Paulo, é, então, convertido à nova fé no Messias crucificado, embora continue dentro de sua matriz judaica de
pensamento. Posteriormente, Paulo, ao se deparar com uma crença escatológica equivocada na igreja de Corinto, que negava a ressurreição, corrige-a a partir de sua visão de mundo judaica cumprida (ou seja, reordenada ao redor do Messias). Em sua resposta ao erro desta igreja, o
apóstolo, a partir de sua perspectiva narrativa, estabelece um paralelo tipológico e antitético entre dois homens: Adão e Cristo. Num primeiro uso deste paralelo (1Cor 15.20-28), Paulo argumenta partindo do pressuposto de que Adão era o representante da humanidade, o qual, em sua transgressão, trouxe maldição e a morte para todos os homens; Cristo, por outro lado, também agindo como representante, através de sua vida obediente, morte e ressurreição, reverteu o estado de maldição em que a humanidade se encontrava, e passou, assim, a cumprir o propósito original de Adão, o domínio sobre toda a criação. Em outro paralelo (1Cor 15.45-
49), Paulo estabelece uma comparação entre diferentes tipos de corpo, o corpo natural (em que Adão foi criado) e o corpo espiritual (que é o corpo escatológico transformado pelo Espírito Santo), cujo protótipo é o Jesus ressurreto. Implicitamente, Paulo demonstra pensar que Deus, desde o princípio de sua criação, já tinha a intenção de dotar a humanidade com esse tipo de corpo superior, o que estaria condicionado à obediência de Adão; porém, depois da falha do primeiro homem, tornou-se necessária a obra de um segundo Adão, que, em sua morte e ressurreição, cumpriu o propósito original de Deus. Assim, Cristo, como último Adão, tornou-se Espírito Vivificante em sua ressurreição, o que implica numa significância representativa de sua ressurreição; ele mesmo é, agora, a fonte de vida ressurreta para todos os crentes. No presente, todos os que pertencem a Cristo (e são unidos a ele pela fé), já estão num processo de serem conformados à sua imagem (o que é efetuado pelo poder do Espírito e o sofrimento cristão); entretanto, isto só se completará na ressurreição dos mortos, quando Cristo, atuando como Espírito Vivificante, transformar os que nele creem à sua imagem de maneira definitiva.
Palavras-Chave: Ressurreição. Cristo. Adão. Cristologia Adâmica. Tipologia. Imagem. Conformação.
Papers by Diogo Augusto Mainardes
A “Sentença” de Habacuque, 2021
This article aims to discuss the literary genres of the book of the prophet Habakkuk, particularl... more This article aims to discuss the literary genres of the book of the prophet Habakkuk, particularly the relationship of the term maśśā’ (sentence) in the title with the other genres of the book. It argues that although the term is used by other prophets, Habakkuk has a particular usage. This is evident in the grammatical-syntactical construction of Habakkuk 1.1 and in the semantics of the word. Thus, the fact that the “sentence” does not have a recipient causes attention to be directed to the subject. It was Habakkuk who saw the “sentence”; at first this is more important than who it is intended for. In a way, this leads to a better understanding of the prophet's initial struggle with his vision; it was he who, first, felt the "weight" of his proclamation, and only then dramatically announced it.
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para Damasco, compreendeu que Jesus era o Messias e o Senhor do mundo, e que o tempo do fim já havia sido inaugurado em sua ressurreição. Saulo, agora apóstolo Paulo, é, então, convertido à nova fé no Messias crucificado, embora continue dentro de sua matriz judaica de
pensamento. Posteriormente, Paulo, ao se deparar com uma crença escatológica equivocada na igreja de Corinto, que negava a ressurreição, corrige-a a partir de sua visão de mundo judaica cumprida (ou seja, reordenada ao redor do Messias). Em sua resposta ao erro desta igreja, o
apóstolo, a partir de sua perspectiva narrativa, estabelece um paralelo tipológico e antitético entre dois homens: Adão e Cristo. Num primeiro uso deste paralelo (1Cor 15.20-28), Paulo argumenta partindo do pressuposto de que Adão era o representante da humanidade, o qual, em sua transgressão, trouxe maldição e a morte para todos os homens; Cristo, por outro lado, também agindo como representante, através de sua vida obediente, morte e ressurreição, reverteu o estado de maldição em que a humanidade se encontrava, e passou, assim, a cumprir o propósito original de Adão, o domínio sobre toda a criação. Em outro paralelo (1Cor 15.45-
49), Paulo estabelece uma comparação entre diferentes tipos de corpo, o corpo natural (em que Adão foi criado) e o corpo espiritual (que é o corpo escatológico transformado pelo Espírito Santo), cujo protótipo é o Jesus ressurreto. Implicitamente, Paulo demonstra pensar que Deus, desde o princípio de sua criação, já tinha a intenção de dotar a humanidade com esse tipo de corpo superior, o que estaria condicionado à obediência de Adão; porém, depois da falha do primeiro homem, tornou-se necessária a obra de um segundo Adão, que, em sua morte e ressurreição, cumpriu o propósito original de Deus. Assim, Cristo, como último Adão, tornou-se Espírito Vivificante em sua ressurreição, o que implica numa significância representativa de sua ressurreição; ele mesmo é, agora, a fonte de vida ressurreta para todos os crentes. No presente, todos os que pertencem a Cristo (e são unidos a ele pela fé), já estão num processo de serem conformados à sua imagem (o que é efetuado pelo poder do Espírito e o sofrimento cristão); entretanto, isto só se completará na ressurreição dos mortos, quando Cristo, atuando como Espírito Vivificante, transformar os que nele creem à sua imagem de maneira definitiva.
Palavras-Chave: Ressurreição. Cristo. Adão. Cristologia Adâmica. Tipologia. Imagem. Conformação.
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para Damasco, compreendeu que Jesus era o Messias e o Senhor do mundo, e que o tempo do fim já havia sido inaugurado em sua ressurreição. Saulo, agora apóstolo Paulo, é, então, convertido à nova fé no Messias crucificado, embora continue dentro de sua matriz judaica de
pensamento. Posteriormente, Paulo, ao se deparar com uma crença escatológica equivocada na igreja de Corinto, que negava a ressurreição, corrige-a a partir de sua visão de mundo judaica cumprida (ou seja, reordenada ao redor do Messias). Em sua resposta ao erro desta igreja, o
apóstolo, a partir de sua perspectiva narrativa, estabelece um paralelo tipológico e antitético entre dois homens: Adão e Cristo. Num primeiro uso deste paralelo (1Cor 15.20-28), Paulo argumenta partindo do pressuposto de que Adão era o representante da humanidade, o qual, em sua transgressão, trouxe maldição e a morte para todos os homens; Cristo, por outro lado, também agindo como representante, através de sua vida obediente, morte e ressurreição, reverteu o estado de maldição em que a humanidade se encontrava, e passou, assim, a cumprir o propósito original de Adão, o domínio sobre toda a criação. Em outro paralelo (1Cor 15.45-
49), Paulo estabelece uma comparação entre diferentes tipos de corpo, o corpo natural (em que Adão foi criado) e o corpo espiritual (que é o corpo escatológico transformado pelo Espírito Santo), cujo protótipo é o Jesus ressurreto. Implicitamente, Paulo demonstra pensar que Deus, desde o princípio de sua criação, já tinha a intenção de dotar a humanidade com esse tipo de corpo superior, o que estaria condicionado à obediência de Adão; porém, depois da falha do primeiro homem, tornou-se necessária a obra de um segundo Adão, que, em sua morte e ressurreição, cumpriu o propósito original de Deus. Assim, Cristo, como último Adão, tornou-se Espírito Vivificante em sua ressurreição, o que implica numa significância representativa de sua ressurreição; ele mesmo é, agora, a fonte de vida ressurreta para todos os crentes. No presente, todos os que pertencem a Cristo (e são unidos a ele pela fé), já estão num processo de serem conformados à sua imagem (o que é efetuado pelo poder do Espírito e o sofrimento cristão); entretanto, isto só se completará na ressurreição dos mortos, quando Cristo, atuando como Espírito Vivificante, transformar os que nele creem à sua imagem de maneira definitiva.
Palavras-Chave: Ressurreição. Cristo. Adão. Cristologia Adâmica. Tipologia. Imagem. Conformação.