
Deana Barroqueiro
Deana Barroqueiro nasceu nos EUA, em 1945, e emigrou para Portugal aos dois anos. Licenciada pela Faculdade de Letras de Lisboa, foi professora de Língua e Literatura Portuguesa, com projectos de Teatro e Escrita Criativa, várias obras publicadas, artigos e palestras sobre temas dos séculos XV ao XVIII.
Em 2003, recebeu uma Comenda da Câmara de Newark (Estados Unidos da América), numa sessão solene de homenagem para a Comunidade Luso-americana, em reconhecimento do seu contributo para a divulgação e promoção da Língua, História e Cultura Portuguesas entre as comunidades de emigrantes da América e Canadá, e na Europa, onde as suas obras fizeram parte de cursos de Português de escolas e universidades de Paris e Bolonha. Recebeu o Prémio Femina 2021 pelo Estudo e Divulgação da Cultura e História Portuguesa no estrangeiro e na Lusofonia, e o Prémio Grito de Mujer, pela defesa dos direitos das mulheres.
Publicou, desde 2002, a colecção "Cruzeiro do Sul" de sete livros de viagens/aventuras com os navegadores e aventureiros portugueses; os "Contos Eróticos" e os "Novos Contos Eróticos do Velho Testamento", editados em Espanha, Itália e Brasil. Obras principais: "D. Sebastião e o Vidente" (Prémio Máxima de Literatura-Especial do Júri 2007); "1640", sobre a Restauração da Monarquia Portuguesa; uma tetralogia que cobre todo o período dos Descobrimentos: "O Navegador da Passagem - Bartolomeu Dias", "O Espião de D. João II - Pêro da Covilhã", "O Corsário dos Sete Mares – Fernão Mendes Pinto" (adaptado por João Botelho como guião do filme Peregrinação), e "Rascunhos Secretos" sobre as cortes de 3 reis e a viagem de Fernão de Magalhães.
A História dos Paladares, em 3 Volumes, I – Sedução, II – Perdição e III - Redenção, receberam quatro Primeiros Prémios Mundiais de Literatura Gastronómica:
- O Prix International de la Littérature Gastronomique 2021, da Académie Internationale de la Gastronomie (Paris).
- Dois Gourmand World Cookbook Awards 2022, em History of Culinary e em Series (entre 1558 obras de 227 países).
- O Gourmand Best in the World Cookbook Award – Series 2022 (o Óscar dos Melhores Livros de Literatura Gastronómica do Mundo, em 100.000 livros de 258 países), sendo o prémio entregue por Edouard Cointreau, na Suécia, em 4 de Junho 2022.
Phone: +351965602311
Address: Lisboa
Em 2003, recebeu uma Comenda da Câmara de Newark (Estados Unidos da América), numa sessão solene de homenagem para a Comunidade Luso-americana, em reconhecimento do seu contributo para a divulgação e promoção da Língua, História e Cultura Portuguesas entre as comunidades de emigrantes da América e Canadá, e na Europa, onde as suas obras fizeram parte de cursos de Português de escolas e universidades de Paris e Bolonha. Recebeu o Prémio Femina 2021 pelo Estudo e Divulgação da Cultura e História Portuguesa no estrangeiro e na Lusofonia, e o Prémio Grito de Mujer, pela defesa dos direitos das mulheres.
Publicou, desde 2002, a colecção "Cruzeiro do Sul" de sete livros de viagens/aventuras com os navegadores e aventureiros portugueses; os "Contos Eróticos" e os "Novos Contos Eróticos do Velho Testamento", editados em Espanha, Itália e Brasil. Obras principais: "D. Sebastião e o Vidente" (Prémio Máxima de Literatura-Especial do Júri 2007); "1640", sobre a Restauração da Monarquia Portuguesa; uma tetralogia que cobre todo o período dos Descobrimentos: "O Navegador da Passagem - Bartolomeu Dias", "O Espião de D. João II - Pêro da Covilhã", "O Corsário dos Sete Mares – Fernão Mendes Pinto" (adaptado por João Botelho como guião do filme Peregrinação), e "Rascunhos Secretos" sobre as cortes de 3 reis e a viagem de Fernão de Magalhães.
A História dos Paladares, em 3 Volumes, I – Sedução, II – Perdição e III - Redenção, receberam quatro Primeiros Prémios Mundiais de Literatura Gastronómica:
- O Prix International de la Littérature Gastronomique 2021, da Académie Internationale de la Gastronomie (Paris).
- Dois Gourmand World Cookbook Awards 2022, em History of Culinary e em Series (entre 1558 obras de 227 países).
- O Gourmand Best in the World Cookbook Award – Series 2022 (o Óscar dos Melhores Livros de Literatura Gastronómica do Mundo, em 100.000 livros de 258 países), sendo o prémio entregue por Edouard Cointreau, na Suécia, em 4 de Junho 2022.
Phone: +351965602311
Address: Lisboa
less
Related Authors
Naidea Nunes
Universidade da Madeira
Naidea Nunes Nunes
Universidade da Madeira
Isabel Drumond Braga
Universidade de Lisboa
InterestsView All (6)
Uploads
Papers by Deana Barroqueiro
O sabor tóxico doce encontra-se no açúcar e nos alimentos açucarados. O açúcar branco produz energia fria, sendo bastante calórico e gerador de humidade, favorece a formação de mucosidades, pigarros e inchaços. O açúcar mascavado e o melaço de cana têm energia morna, produzindo os mesmos efeitos do açúcar branco, embora em menor grau. (Laboratório Nutricional na MTC)
Antes da intervenção dos portugueses e da sua exploração da cana açucareira (Saccharum officinarum), a paleta da doçura tinha poucos matizes. É uma planta nativa das regiões tropicais do sul da Ásia e da Melanésia, sendo no Oriente que a sua cultura se desenvolveu e se explorou o açúcar bruto, a «especiaria doce», rara e prescrita como remédio fortificante por médicos e boticários.
Eça de Queirós equiparou a culinária à arquitectura, com recurso à cultura clássica, no artigo que escreveu para a Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro, em Maio de 1893, intitulado "Cozinha Arqueológica":
«Há aqui uma lacuna crassa. E tanto maior quanto o de um pitéu nos dá uma ideia mais completa do povo que o prefere, do que a forma de uma lança ou de um jarro. O homem põe tanto do seu carácter e da sua individualidade nas invenções da cozinha, como nas da arte. O Pártenon, a Vénus de Milo e as Anacreônticas dão menos ideia da doçura, da graça, da delicadeza, da ligeireza dos Atenienses, do que aquela sua sobremesa tão predilecta e que consistia em maçãs cozidas desfeitas em mel, depois cozinhadas em folhas de rosa. E não basta afirmar doutoralmente que o imperador Maximino preferia pato, que Alexandre Severo só se alimentava de lebre, que Augusto era um amador constante de pescadinhas, que Albino comia quatrocentas ostras, que Adriano tinha por prato favorito a empada de pavão, que Tibério se deleitava no pepino, que na mesa de Górdio II havia todo o ano maravilhosos melões, e que Tácito amava ainda mais a salada do que a verdade. O interessante seria conhecer o preparo e o sabor destes pratos diversos, e reconstituir, com todos os seus condimentos, as pescadinhas de Augusto e o pepino de Tibério.»
Palavras-chave: China. Século XVI. Utopia. Descobrimentos. Peregrinação. Fernão Mendes Pinto. Romance histórico.
Drafts by Deana Barroqueiro
Quatro guias singulares conduzem o leitor nesta viagem ao passado, através dos seus dramas pessoais e colectivos: o poeta proscrito Brás Garcia de Mascarenhas, autor da epopeia Viriato Trágico; a professa Violante do Céu, a Décima Musa da poesia barroca, enclausurada no convento; D. Francisco Manuel de Melo, o maior prosador ibérico do Século XVII, prisioneiro na Torre; e o Padre António Vieira, o mais brilhante pregador do seu tempo, a contas com a Inquisição.
O sabor tóxico doce encontra-se no açúcar e nos alimentos açucarados. O açúcar branco produz energia fria, sendo bastante calórico e gerador de humidade, favorece a formação de mucosidades, pigarros e inchaços. O açúcar mascavado e o melaço de cana têm energia morna, produzindo os mesmos efeitos do açúcar branco, embora em menor grau. (Laboratório Nutricional na MTC)
Antes da intervenção dos portugueses e da sua exploração da cana açucareira (Saccharum officinarum), a paleta da doçura tinha poucos matizes. É uma planta nativa das regiões tropicais do sul da Ásia e da Melanésia, sendo no Oriente que a sua cultura se desenvolveu e se explorou o açúcar bruto, a «especiaria doce», rara e prescrita como remédio fortificante por médicos e boticários.
Eça de Queirós equiparou a culinária à arquitectura, com recurso à cultura clássica, no artigo que escreveu para a Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro, em Maio de 1893, intitulado "Cozinha Arqueológica":
«Há aqui uma lacuna crassa. E tanto maior quanto o de um pitéu nos dá uma ideia mais completa do povo que o prefere, do que a forma de uma lança ou de um jarro. O homem põe tanto do seu carácter e da sua individualidade nas invenções da cozinha, como nas da arte. O Pártenon, a Vénus de Milo e as Anacreônticas dão menos ideia da doçura, da graça, da delicadeza, da ligeireza dos Atenienses, do que aquela sua sobremesa tão predilecta e que consistia em maçãs cozidas desfeitas em mel, depois cozinhadas em folhas de rosa. E não basta afirmar doutoralmente que o imperador Maximino preferia pato, que Alexandre Severo só se alimentava de lebre, que Augusto era um amador constante de pescadinhas, que Albino comia quatrocentas ostras, que Adriano tinha por prato favorito a empada de pavão, que Tibério se deleitava no pepino, que na mesa de Górdio II havia todo o ano maravilhosos melões, e que Tácito amava ainda mais a salada do que a verdade. O interessante seria conhecer o preparo e o sabor destes pratos diversos, e reconstituir, com todos os seus condimentos, as pescadinhas de Augusto e o pepino de Tibério.»
Palavras-chave: China. Século XVI. Utopia. Descobrimentos. Peregrinação. Fernão Mendes Pinto. Romance histórico.
Quatro guias singulares conduzem o leitor nesta viagem ao passado, através dos seus dramas pessoais e colectivos: o poeta proscrito Brás Garcia de Mascarenhas, autor da epopeia Viriato Trágico; a professa Violante do Céu, a Décima Musa da poesia barroca, enclausurada no convento; D. Francisco Manuel de Melo, o maior prosador ibérico do Século XVII, prisioneiro na Torre; e o Padre António Vieira, o mais brilhante pregador do seu tempo, a contas com a Inquisição.