Papers by Daniel Silvestre
DOCE. Desenho, Ordem, Caos e Ensino, 2023
O presente capítulo examina o modo como ilustradores
contemporâneos usam sistemas de representaçã... more O presente capítulo examina o modo como ilustradores
contemporâneos usam sistemas de representação com diferentes
finalidades. Partindo de uma descrição formal e uso histórico de
alguns dos sistemas de representação mais comuns no domínio da
ilustração – projeção ortogonal, diferentes categorias da axonometria
e perspectiva – mostra-se como a combinação destes sistemas e a
produção de ambiguidades servem frequentemente para ultrapassar
os limites destes mesmos sistemas, manipular a composição visual e
ajustar as relações espaciais às dinâmicas da narração.
CONFIA - 10th International Conference on Illustration an Animation, 2023, 2023
During the last two decades of the Portuguese Monarchy, the press was heavily scrutinized by the ... more During the last two decades of the Portuguese Monarchy, the press was heavily scrutinized by the regime and the police played an instrumental role in implementing the censorship apparatus. During this period, radical republicanism was one of the most prominent factions in the political struggle against monarchical institutions and their actors, and the republican press was also one of the most affected by political persecution, having been the target of seizures, convictions, and imprisonment of many of its supporters. In this context, while working for the caricature newspapers A Marselheza and A Corja! (1897-98), the press illustrator Tomás Leal da Câmara, as he published illustrations that represented different aspects of political life at the time, insisted, in parallel, on a set of strategies that circumvented the prohibition of representing the king, and he represented in a variety of ways the agents of the Civil Police of Lisbon in charge of monitoring the press. This article frames the representations of the police as a way of denouncing the censorship promoted by the monarchical regime; argues that Leal da Câmara's ridicule of the police was made at a time when relations between the police and the population of Lisbon were already difficult; and proposes that the illustrator's insistence on representing the king and the police constitutes an effective communication strategy to demoralize the regime in which, on the one hand, he provoked the authorities by violating the prohibition of representing the king and, on the other hand, he denounced the actions of the censorship, writing about them and ridiculing the police repeatedly in the pages of these two newspapers.
CONFIA - 8th International Conference on Illustration an Animation, 2020
The expansion of the illustrated press during the 19th century played a key role in the emergence... more The expansion of the illustrated press during the 19th century played a key role in the emergence of mass culture. Technological developments that allowed printing in long runs have made the image accessible to everyone. The variety of emerging publications, ranging from the information press to magazines dedicated to the study and popularization of science and the humanities, produced a vast visual culture that reflected both several fields of knowledge and a variety of cultural phenomena. In this context, especially in satirical magazines, several examples emerged in which the illustrators chose second-order representation, a game with recognizable styles and visual regimes, as a central strategy for the production of humor. This article frames the emergence of this graphic strategy in the context of the press for the masses, as well as in the different themes and areas of knowledge that, through this, became part of the public sphere. It also suggests that the appropriation of different styles and visual regimes by these illustrators is correlated with the growing appreciation of autography and formal style as an artistic concept that differentiates individuals, cultures and historical periods.
CONFIA - 3th International Conference on Illustration and Animation, 2015
A partir da segunda metade do século XX alguns ilustradores e autores de banda desenhada têm vind... more A partir da segunda metade do século XX alguns ilustradores e autores de banda desenhada têm vindo a manifestar um descomprometimento com a ideia de estilo individual, revelando-o verbalmente e sobretudo através da produção de obras graficamente heterogéneas. Se por um lado este fenómeno evidencia paralelos com questões associadas à pós-modernidade -nomeadamente a crítica da autoria, as práticas da citação e da intertextualidade, o uso da auto-referencialidade, entre outros -por outro, a presença da narratividade na ilustração e na banda desenhada levanta questões sobre o modo como esta heterogenia gráfica se articula com o contexto representado ou com o próprio texto. Para abordar o problema da heterogenia, começamos por desenvolver sobre a ideia de estilo e de que modo está implicado na noção de identidade individual e colectiva, de maneira a poder formular a questão da alteridade estilística. Através da discussão de obras de Art Spiegelman, Saul Steinberg e Tiago Manuel, este artigo propõe quatro campos de acção que conduzem a produção da heterogenia gráfica: a liberdade formal, a evocação da memória cultural das imagens, as paródias com a identidade e a incorporação da alteridade.
ESTÚDIO UM: #11 Erro
A acreditar nas palavras de Creighton Gilbert já passaram mais de cento e cinquenta anos desde qu... more A acreditar nas palavras de Creighton Gilbert já passaram mais de cento e cinquenta anos desde que rejeitámos a existência de regras para a produção de boa arte (Gilbert, 1952, p.217). Porém, desde a derrocada moral das academias de belas artes, continuamos a aplicar frequentemente os termos "bom" ou "mau desenho" com referência a alguns dos critérios que aí se criaram. Aludir, mesmo que grosso modo, a uma foma de desenhar errada, ou assumir a existência de erros no desenho, implica a aceitação de algum tipo de critério que configura a possibilidade de desenhar correctamente.
Books by Daniel Silvestre
by leonor hungria, Eduarda Novo, Mariana Viana, Daniel Cruz Brandão, Joana Costa, Dária Salgado, Marta López, Birgitta Hosea, Glória Maria Lourenço Bastos, Vitor Carvalho, Manuela Rocha, Marta Alexandra Cruz Madureira, Tiago Rodrigues, Rita Carvalho, Stuart Medley, Paula Tavares, Blanca Lopez, sahra kunz, Manuel Albino, Daniel Silvestre, María Carmen Lorenzo Hernández, Eduardo Faria, Jorge Teixeira Marques, Jason Kennedy, Isabel Trigueiros, Miquel Alcaraz, Adriana Navarro Álvarez, Eliane Gordeeff, Susan Hagan, Catarina Silva, and Jorge Pereira
Uploads
Papers by Daniel Silvestre
contemporâneos usam sistemas de representação com diferentes
finalidades. Partindo de uma descrição formal e uso histórico de
alguns dos sistemas de representação mais comuns no domínio da
ilustração – projeção ortogonal, diferentes categorias da axonometria
e perspectiva – mostra-se como a combinação destes sistemas e a
produção de ambiguidades servem frequentemente para ultrapassar
os limites destes mesmos sistemas, manipular a composição visual e
ajustar as relações espaciais às dinâmicas da narração.
Books by Daniel Silvestre
contemporâneos usam sistemas de representação com diferentes
finalidades. Partindo de uma descrição formal e uso histórico de
alguns dos sistemas de representação mais comuns no domínio da
ilustração – projeção ortogonal, diferentes categorias da axonometria
e perspectiva – mostra-se como a combinação destes sistemas e a
produção de ambiguidades servem frequentemente para ultrapassar
os limites destes mesmos sistemas, manipular a composição visual e
ajustar as relações espaciais às dinâmicas da narração.