Papers by Cristina Carneiro de Menezes

Sempre ouvi falar que escrever um trabalho académico, tal como uma dissertação de mestrado, era u... more Sempre ouvi falar que escrever um trabalho académico, tal como uma dissertação de mestrado, era um trabalho solitário. Escrever uma dissertação de mestrado distante um oceano da orientadora e boa parte durante a quarentena da pandemia do Coronavírus no Brasil, com um governo desumano, perverso, inapto e genocida, foi ainda mais solitário do que seria, mas também foi providencial. Apesar das dificuldades e angústias do momento e da própria escrita, dedicar-me à produção de conhecimento, a partir da literatura, da filosofia e do feminismo foi, para mim, um jeito de resistir, aprender e sair melhor, em todos os sentidos, desse momento. Embora tendo sido uma produção solitária, há sempre muitas pessoas a quem agradecer, posto que ninguém é sozinha no mundo. Primeiro, agradeço à minha mãe, Maria do Carmo Carneiro de Menezes, e ao meu pai, Vicente Cristino de Menezes Neto, pelas primeiras liberdades, com as quais, de maneira responsável, traço o meu caminho. Agradeço à professora Maria Isabel de Chagas Henriques de Jesus, minha orientadora, por ter aceitado me orientar, mesmo à distância, com atenção e cuidado. À Patrícia e à Gabriela (Pati e Gabi) pela companhia, pela amizade e apoio durante a estadia em Portugal e depois. Que continuemos juntas. Inseparáveis. À Joana Angélica, que me proporcionou um ambiente acolhedor de amizade durante a minha estadia em Portugal, ouviu minhas narrativas e se tornou uma amiga-irmã que quero por perto por onde eu for. Ao amigo Daniel Sampaio e à amiga Carolina do Vale, que, em momentos cruciais, ouviram minhas angústias dissertativas e acalmaram-me. À Isla Menezes, por ser minha jovem amiga com quem eu sei que posso contar e que me socorreu em meio a uma busca desesperada por um livro. Por fim, agradeço à Universidade Federal do Cariri (UFCA), que, ao aprovar meu afastamento para capacitação, proporcionou-me uma experiência que transformou a minha vida. Escrita feminina e narrativa na construção da subjetividade e da identidade da personagem Lenù na tetralogia napolitana de Elena Ferrante Feminine writing and narrative in the subjectivity and identity construction of the character Lenù in Elena Ferrante's Neapolitan Tetralogy Scrittura femminile e narrazione nella costruzione della soggettività e dell'identità del personaggio Lenù nel ciclo de L'Amica Geniale di Elena Ferrante CRISTINA CARNEIRO DE MENEZES RESUMO A tetralogia napolitana de Elena Ferrante foi publicada entre 2011 e 2014, na Itália, e rapidamente espalhou-se pelo mundo de uma maneira muito abrangente, popularizando e pautando debates entre leitores, especialmente o público feminino, a partir da história de amizade de Lila e Lenù. Com este trabalho, busco compreender o potencial feminista da obra e como a construção da subjetividade e da identidade da protagonista e narradora, Lenù, através da narrativa, é um caminho viável para ressignificar a existência, criando novas formas de estar no mundo. Para isso, analisei a formação feminista da personagem Lenù, as diferentes estratégias de resistência de Lila e de Lenù e a construção da subjetividade e da identidade de Lenù à luz do pensamento de Paul Ricoeur e Seyla Benhabib sobre o tema.

A tetralogia napolitana de Elena Ferrante foi publicada entre 2011 e 2014, na Itália, e rapidamen... more A tetralogia napolitana de Elena Ferrante foi publicada entre 2011 e 2014, na Itália, e rapidamente espalhou-se pelo mundo de uma maneira muito abrangente, popularizando e pautando debates entre leitores, especialmente o público feminino, a partir da história de amizade de Lila e Lenù. Com este trabalho, busco compreender o potencial feminista da obra e como a construção da subjetividade e da identidade da protagonista e narradora, Lenù, através da narrativa, é um caminho viável para ressignificar a existência, criando novas formas de estar no mundo. Para isso, analisei a formação feminista da personagem Lenù, as diferentes estratégias de resistência de Lila e de Lenù e a construção da subjetividade e da identidade de Lenù à luz do pensamento de Paul Ricoeur e Seyla Benhabib sobre o tema.Elena Ferrante's Neapolitan Tetralogy was published between 2011 and 2014, in Italy, and quickly spread across the world in a very extensive way, popularizing and guiding descussions among reade...
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