Papers by Maria Luiza Correa
Capítulo 2: Reflexão sobre os temas das entrevistas 2.1. Temas polêmicos 2.2. Reinterpretação de ... more Capítulo 2: Reflexão sobre os temas das entrevistas 2.1. Temas polêmicos 2.2. Reinterpretação de temas modernos e novos temas Capítulo 3: Correspondência entre o discurso e a obra dos arquitetos Capitulo 4: Projetos e obras: minha produção de 1970 a 1990 4.1. Introdução 4.2. Memória dos projetos Capítulo 5. Reflexão sobre meus projetos Capítulo 6: Análise comparada de projetos, idéias e temas Capítulo 7: Conclusão 7.1. Resumo 7.2. Resultados 7.3. Continuidade e conseqüências do trabalho
Seguindo a sugestão do seu texto este se dirige diretamente a você. Descobri uma coisa muito baca... more Seguindo a sugestão do seu texto este se dirige diretamente a você. Descobri uma coisa muito bacana nele, suponho. Dizer que se trata de um poético-coloquial seria muito óbvio, além de pouco preciso: é um colóquio com um interlocutor ausente ou inexistente. Não seria errado então dizer não se tratar de um verdadeiro colóquio. Pois você poderia, se quisesse, falar da pessoa ausente. Por que escolheu falar com ? Acho que porque falar com significa a enorme contradição entre sentir como presente algo que se sabe inexistente ou ausente. Ou sentir os objetos como se fosse a pessoa ausente. A ausência com a mesma força da presença. Parece natural, mas na verdade é algo que não se explica racionalmente. Pois bem, o que descobri é que a linguagem do poema (ou dos poemas) concretiza a ideia desta contradição. Os poemas estão quase sempre em primeira pessoa, mas se dirigem, como dito acima, a uma terceira. Só alguns são confessionais ou monólogos, como TEMPO AMIGO, TESTAMENTO ou A SAUDADE ASSALTA. Na introdução, você fala de si em terceira pessoa, como se buscasse um distanciamento que não existe nos poemas, já que estão na maior parte das vezes em primeira. A VOZ QUE ESCOLHI também fala de si em terceira pessoa e PARTIDA FINALMENTE está em terceira mas fala de fato de outra pessoa.
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