Papers by Carla Luciana Silva

Argumentum, Sep 12, 2017
Mídia e ascensão conservadora The media and the rise of conservatism Carla Luciana Souza da SILVA... more Mídia e ascensão conservadora The media and the rise of conservatism Carla Luciana Souza da SILVA 1 1 A direita não assumida ão é de hoje que existem estudos sobre a direita brasileira. São trabalhos essenciais para que se compreendam os mecanismos da dominação e perpetuação nas distintas formas de poder, seja no estado restrito, seja nas suas formas ampliadas. Desde o clássico livro de René Dreifuss, 1964: a conquista do Estado, os estudos sobre a direita estão presentes na historiografia brasileira (DREIFUSS, 1981). Portanto, em nenhuma medida os cientistas sociais de hoje se sentem diante de um raio em céu azul na emergência de forças conservadoras na sociedade brasileira. Por outro lado, no Brasil não havia, até muito recentemente, uma identificação pública com a direita por parte da população em geral. Ser de direita está associado a uma condição de classe, e, portanto, os donos do capital nem sempre fazem questão de mostrar sua opulência. Não era algo que se desejava alardear, e sim conservar. Muitos podem ter se sentido constrangidos com os longos anos de Ditadura no Brasil, tornando difícil a sustentação da defesa pública de políticas de direita, embora no âmbito privado essa defesa nunca tenha desaparecido. Mas, os mesmo que se calaram publicamente sobre as mazelas da ditadura brasileira, não se cansaram, a partir dos anos 1990, de atacar o comunismo ou o socialismo como sendo ditaduras. Portanto, não é que não houvesse um centro de pensamento de direita, pelo contrário, ele nunca deixou de existir e se complexificou, se capilarizou ao longo dos últimos anos. Percebemos ao longo dos anos 1990, na grande mídia, uma construção geral da ideia da vitória do capitalismo, ao mesmo passo em que cresceram centros difusores de ideologias liberais. Ao invés de arrefecerem do ponto de vista da produção de ideias, já que estavam vitoriosos, nos parece que esses intelectuais tinham clareza de que a hegemonia não é fixa, ela precisa ser alimentada cotidianamente. Ademais, um conjunto de ideias só se torna hegemônico quando ele consegue sair da esfera da classe que o produz e passa a ser a linha de ação da classe que vai ser dominada por essas ideias, constituindo uma "[...] racionalidade que se faz história" (DIAS, 1996, p. 9). Diferente de outros países em que a identificação com a direita se expressa de forma pública, no Brasil, até recentemente, isso era mais raro acontecer. É preciso pensar com cuidado se

Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, 2015
Trata-se da análise da utilização de recursos midiáticos e interativos para a potencialização de ... more Trata-se da análise da utilização de recursos midiáticos e interativos para a potencialização de sujeitos em situação de vulnerabilidade com a ampliação das possibilidades de comunicação e de participação social, partindo-se do relato da experiência de um projeto de extensão universitária que propôs a elaboração e a utilização de um blog, entre outros recursos midiáticos, em Oficinas de Atividades, Dinâmicas e Projetos que integram uma intervenção da Terapia Ocupacional Social com jovens pobres. Tal experiência permitiu a ampliação do repertório de atividades dos jovens, promovendo o conhecimento sobre conceitos, equipamentos e técnicas, antes pouco disponíveis, acessíveis e utilizados. Os registros dos conteúdos do blog puderam ser feitos de forma participativa, gerando reflexão acerca de papéis e identidades. Estar e fazer no espaço virtual permitiu que ações e produções reais dos adolescentes e jovens fossem potencializadas ao se "virtualizarem", proporcionando uma dimensão que nem sempre é possível conquistar no "real". As publicações no blog resultaram numa autovalorização da população, criando lugares de pertencimento para sujeitos sociais singulares, com direito à cultura, à comunicação e à tecnologia. Consequentemente, houve a potencialização dos sujeitos, a partir da ampliação da participação social e da conquista de novos meios de comunicação, que expandiram suas fronteiras socioculturais. Ademais, trouxe uma ampliação do escopo de recursos para a ação em Terapia Ocupacional Social, abrindo espaços, reais e virtuais, para vivências coletivas, para a sociabilidade e para a compreensão e transformação dos significados sobre a vida e sobre a realidade em que se vive.
Tempos Históricos, 2007
Resumo: Este texto é um relato de pesquisas em andamento. Buscamos divulgar parte do trabalho que... more Resumo: Este texto é um relato de pesquisas em andamento. Buscamos divulgar parte do trabalho que vem sendo feito no âmbito do Laboratório Estado e Poder e ao mesmo tempo apresentar algumas das questões de pesquisa que vêm dando norte às pesquisas centradas no estudo da imprensa brasileira. As relações entre história e imprensa precisam ser problematizadas para que se perceba a imprensa como uma fonte dinâmica que pode ser também objeto de pesquisa na medida em que as empresas jornalísticas possuem um papel organizativo e ativo na história brasileira.

Projeto História, 2014
O objeto deste artigo é o tratamento dado à Ditadura brasileira e à permanência de algumas de sua... more O objeto deste artigo é o tratamento dado à Ditadura brasileira e à permanência de algumas de suas práticas pela imprensa, especialmente a repressão contra os trabalhadores e manifestantes sociais. O foco principal da análise é a revista “Veja”. Dois campos são próprios para o estudo: a relação que a imprensa produz com a memória histórica e as práticas discursivas. Analisarei dois momentos históricos: 1969/70 e 2014. O que se percebe é que a revista “Veja” sempre aplica o mesmo modelo discursivo, que muito se assemelha ao da própria ditadura. Privilegia sempre fonte oficiais da repressão, exigindo sempre a repressão aos manifestantes e militantes, seja na Ditadura, seja na “democracia”. Demonstra-se que a postura jornalística é idêntica nos dois momentos históricos. https://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/view/24127
Revista História: Debates e Tendências
O objetivo deste texto é compreender a luta armada como uma opção mediante conflitos teóricos e h... more O objetivo deste texto é compreender a luta armada como uma opção mediante conflitos teóricos e históricos que estavam colocados aos grupos que propunham uma resistência à Ditadura. Analisamos o investimento realizado pela Vanguarda Popular Revolucionária no sentido de organizar ações de massas junto ao movimento operário, em 1968. Buscamos mostrar que os grupos de luta armada empreenderam tempo e disposição em realizar o debate teórico e político sobre as formas da luta enquanto puderam realiza-lo. Na medida em que a repressão se especializava e tornava mais ampla sua ação, esses debates se perderam e a ação dos grupos passou a ser eminentemente defensiva.
Antíteses
O objetivo deste texto é problematizar algumas questões sobre as dificuldades encontradas pelos h... more O objetivo deste texto é problematizar algumas questões sobre as dificuldades encontradas pelos historiadores no uso da imprensa como fonte. Mais especificamente, as concepções de verdade e mentira na mídia. Essas noções criam imensas dificuldades para a leitura do texto midiático, já que as mentiras possuem um lugar social e político. Há uma busca sistemática de consenso, de convencimento, mas as mesmas também são acompanhadas de manipulação. Por isso fica mais difícil separar os dois campos. Realidade e fantasia se misturam, e com isso elementos pessoais acabam se sobrepondo a posições políticas.
Tempos Historicos, 2007
Resumo: Este texto é um relato de pesquisas em andamento. Buscamos divulgar parte do trabalho que... more Resumo: Este texto é um relato de pesquisas em andamento. Buscamos divulgar parte do trabalho que vem sendo feito no âmbito do Laboratório Estado e Poder e ao mesmo tempo apresentar algumas das questões de pesquisa que vêm dando norte às pesquisas centradas no estudo da imprensa brasileira. As relações entre história e imprensa precisam ser problematizadas para que se perceba a imprensa como uma fonte dinâmica que pode ser também objeto de pesquisa na medida em que as empresas jornalísticas possuem um papel organizativo e ativo na história brasileira.
Le Monde Diplomatique En Espanol, 2012
Tempos Historicos, 2006
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Historia Actual Online, Jun 25, 2013
Resumen: O objetivo desse texto é investigar como a revista Veja tem tratado a temática da Ditadu... more Resumen: O objetivo desse texto é investigar como a revista Veja tem tratado a temática da Ditadura no período de consolidação da democracia brasileira, mais propriamente, o período de afirmação do neoliberalismo. Interessa saber quais são as principais temáticas e qual abordagem da revista sobre o tema, enfocando a interpretação sobre o que foi a Ditadura, porque existiu, e como se relacionar com esse passado. Em vários momentos a revista se coloca como interpretando a história vivida, no momento da ditadura, julgando o que para ela foram seus acertos e apontando alguns (poucos) erros. Ou seja, no campo da memória, produz interpretações sobre aquele momento histórico, sem qualquer preocupação com a sua postura tomada quando dos próprios fatos, pois Veja existiu desde 1968. Uma das caracterísitcas de Veja para promover a perda da noção histórica é a produção de textos jornalísticos que promovem suaves rupturas com o passado, não busca ligações entre o que foi dito pela própria revista no passado e que o diz no presente, é como se, de fato, o seu próprio passado não tivesse ocorrido. A voz privilegiada nas matérias analisadas é claramente a voz militar, que tem seu discurso reberverado e repetido inúmeras vezes na revista, assim como sua versão sobre a "Revolução", em oposição à ideia de Golpe de 1964. O Veja e ditadura...
Projeto Historia Revista Do Programa De Estudos Pos Graduados De Historia E Issn 2176 2767 Issn 0102 4442, Dec 3, 2009
Resumo Este artigo propõe analisar a cobertura jornalística da revista Veja sobre os ataques de 1... more Resumo Este artigo propõe analisar a cobertura jornalística da revista Veja sobre os ataques de 11 de setembro ao World Trade Center e suas conseqüências políticas. Essa cobertura se enquadra no "modelo de propaganda", repetindo a forma como a "mídia principal" trata a política interna e externa estadunidense. A exemplo da grande imprensa mundial, os textos de Veja reproduzem as publicações oficiais. A análise das matérias da revista mostra como sua cobertura reproduziu a lógica imperialista, destacando as diferentes formas discursivas que buscavam convencer sobre essa posição, apresentada como a única possível de ser aceita naquele momento. Palavras-chave Veja; hegemonia; imperialismo; 11 de setembro.
Historia Actual Online, 2009
Revista Lutas Sociais
Resumo: Este artigo propõe uma análise da relação da revista Veja com o PT, especialmente nos pro... more Resumo: Este artigo propõe uma análise da relação da revista Veja com o PT, especialmente nos processos eleitorais de 1989, 1994, 1998 e 2002. A revista manteve-se coerente com a postura de criticar o radicalismo do partido, mesmo quando teve que ...
Estudos Ibero-Americanos, 2014
GASPAROTTO, Alessandra. O terror renegado: a retratação pública de integrantes de organizações de... more GASPAROTTO, Alessandra. O terror renegado: a retratação pública de integrantes de organizações de resistência à ditadura Civil-militar no Brasil, 1970-1975. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2012. 276 p.
FCM, 2016
O Livro traz capítulos de 10 pesquisadores sobre o tema: Eurelino Coelho, Patricia Mechi, Carla ... more O Livro traz capítulos de 10 pesquisadores sobre o tema: Eurelino Coelho, Patricia Mechi, Carla Silva, Enrique Padrós, Jorge Fernandez, Sonia Regina Mendonça. David Maciel, Gilberto Calil, Marcelo Badaró Mattos
Organizado por CArla L Siva, Gilberto Calil e Marcio Both da Silva
Antítese, 2011
O artigo explora a trajetória intelectual de Alexandre Garcia como apoiador da Ditadura, sobretud... more O artigo explora a trajetória intelectual de Alexandre Garcia como apoiador da Ditadura, sobretudo como assessor de imprensa do ditador João Figueiredo.
FCM, 2014
Organizado por Carla Luciana Silva e Edina Rautenberg. Conta com 8 capítulos de pesquisadores da ... more Organizado por Carla Luciana Silva e Edina Rautenberg. Conta com 8 capítulos de pesquisadores da temática.
História. Debates e tendências, 2019
O objetivo deste texto é compreender a luta armada como uma opção mediante conflitos teóricos e h... more O objetivo deste texto é compreender a luta armada como uma opção mediante conflitos teóricos e históricos que estavam colocados aos grupos que propunham uma resistência à Ditadura. Analisamos o investimento realizado pela Vanguarda Popular Revolucionária no sentido de organizar ações de massas junto ao movimento operário, em 1968. Buscamos mostrar que os grupos de luta armada empreenderam tempo e disposição em realizar o debate teórico e político sobre as formas da luta enquanto puderam realiza-lo. Na medida em que a repressão se especializava e tornava mais ampla sua ação, esses debates se perderam e a ação dos grupos passou a ser eminentemente defensiva.
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Organizado por CArla L Siva, Gilberto Calil e Marcio Both da Silva
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