
Benjamim Saviane
Mestre em História e Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo (FAUUSP, 2021). Arquiteto e Urbanista (FAUUSP, 2014).
Arquiteto atuante no Instituto Pedra (2013 - atualmente). Coordenador de equipe e projeto arquitetônico.
Possui experiência formativa (período sanduíche) em restauro arquitetônico (Escuela Técnica Superior de Arquitectura – Madri, 2011 e Università degli Studi – Florença, 2012).
Áreas de atuação: patrimônio cultural, restauro arquitetônico, levantamento métrico, história da arquitetura, história da arte.
Master in History and Fundamentals of Architecture and Urbanism (FAUUSP, 2021). Architect and Urban Planner (FAUUSP, 2014).
Architect working at Instituto Pedra (2013 - currently). Team coordinator and coordinator of architectural design.
Has training experience in architectural restoration (Escuela Técnica Superior de Arquitectura – Madrid, 2011 and Università degli Studi – Florence, 2012).
Areas of expertise: cultural heritage, architectural restoration, metric survey, architectural history, art history.
Arquiteto atuante no Instituto Pedra (2013 - atualmente). Coordenador de equipe e projeto arquitetônico.
Possui experiência formativa (período sanduíche) em restauro arquitetônico (Escuela Técnica Superior de Arquitectura – Madri, 2011 e Università degli Studi – Florença, 2012).
Áreas de atuação: patrimônio cultural, restauro arquitetônico, levantamento métrico, história da arquitetura, história da arte.
Master in History and Fundamentals of Architecture and Urbanism (FAUUSP, 2021). Architect and Urban Planner (FAUUSP, 2014).
Architect working at Instituto Pedra (2013 - currently). Team coordinator and coordinator of architectural design.
Has training experience in architectural restoration (Escuela Técnica Superior de Arquitectura – Madrid, 2011 and Università degli Studi – Florence, 2012).
Areas of expertise: cultural heritage, architectural restoration, metric survey, architectural history, art history.
less
Related Authors
Juliano Loureiro de Carvalho
Universidade de Brasília - UnB
Marta Cristina F . B . Guimarães
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Leandro Leão
Universidade de São Paulo
Patrícia Pereira Martins
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Bruno Schiavo
Universidade de São Paulo
Helio Herbst
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Carla Coelho
Fundação Oswaldo Cruz
monica toledo
UFMG - The Federal University of Minas Gerais
Uploads
Papers by Benjamim Saviane
construido a partir de la década de 1910 en la región central de São
Paulo. Por sus características constructivas y su historial de ocupación,
la Vila Itororó se presenta como un caso muy singular de patrimonio
cultural construido, despertando el interés de nuevas y distintas investigaciones,
sobre todo a partir de 2015, con las obras de restauración
para la creación de un centro cultural por parte de la administración
municipal, y después de una polémica expropiación de sus antiguos
moradores (concluida en 2013). La obra fue coordinada por el Instituto
Pedra, una institución sin ánimo de lucro, que actuó en colaboración
con el poder público (2014-2018), de la cual forman parte los
autores de este texto.
Em 2000, é realizada uma intervenção nos espaços atingidos pelo fogo, que visou reconstruir os elementos perdidos no incêndio, através de preceitos pautados pelo Restauro Crítico, esquivando-se de cópias e “falsos” arquitetônicos. O resultado, no entanto, se mostrou aquém do esperado, tornando-se alvo de investigações para o Trabalho Final de Graduação em Arquitetura e Urbanismo (FAU-USP) que origina este texto, guiadas pelas seguintes questões de pesquisa: Por que se pode afirmar que as intervenções de 2000 não foram bem sucedidas, sobretudo a partir da “instância estética” do restauro, proposta por Cesare Brandi? É possível outra solução de projeto que atenda satisfatoriamente as demandas do Restauro de um edifício deste porte, em vista de um sinistro que provocou a destruição total de elementos históricos, artísticos e religiosos?
Ocupando um miolo de quadra, suas onze edificações foram construídas ao longo do século XX. A construção se deu em várias etapas, utilizando se, dentre outros, de materiais de demolição de diversas construções paulistanas, possuindo por esse motivo uma enorme diversidade de procedências, que vão desde o interior do Estado até Marselha, na França. Essa variedade de origens é reflexo e testemunho de um período importante na história construtiva de São Paulo - um momento de transição de técnicas e de grande expansão no estoque imobiliário da cidade, com o surgimento de centenas de cerâmicas e olarias para atender à grande demanda que se firmava. A partir da catalogação das 96 inscrições diferentes encontradas em tijolos e telhas, remetendo a pelo menos 88 fabricantes distintos, realizou-se o processo de pesquisa das olarias/cerâmicas correspondentes. O estudo sobre a procedência destes materiais construtivos vai de encontro ao imaginário popular que permeia o conjunto arquitetônico - de que a Vila Itororó fora construída com materiais de demolição de insignes edifícios paulistanos (dentre os quais o Teatro São José, teatro privado demolido em razão da construção do Teatro Municipal - obra pública). Ao cruzar as informações levantadas com as narrativas do imaginário local, coletadas durante uma intensa vivência (por conta do canteiro de obras que ali se instalou a partir de 2015), é possível conjecturar sobre processos construtivos que de fato ocorreram e que puderam dar origem a esse imaginário. Desta forma, o estudo se propõe a situar o contexto da construção civil através de inventários de parte significativa de seu acervo, contrapostos à memória afetiva que se formou durante aquela que seria considerada uma traumática transição de uma Capital de Província para Metrópole Global. Em certo aspecto, a Vila Itororó sintetiza o processo vivido pelas regiões centrais de São Paulo, nesse contexto.
O resultado, no entanto, se mostrou aquém do esperado. O tema, então, foi alvo de investigações para o Trabalho Final de Graduação em Arquitetura e Urbanismo (FAU-USP) que origina este texto, na seguinte linha de pesquisa: Por que se pode afirmar que as intervenções de 2000 não foram bem sucedidas? É possível outra solução de projeto que atenda satisfatoriamente as demandas do Restauro de um edifício deste porte, em vista de um sinistro que provocou a destruição total de elementos históricos, artísticos e religiosos?
Mariana merecem destaque pela evidenciação de novas questões de preservação verificadas
no patrimônio colonial luso-brasileiro. Compreendendo a Igreja São Francisco de Assis e a
Casa do Conde de Assumar, os trabalhos ofereceram a oportunidade de se atuar em um
duplo canteiro de obras, em que edifícios com características distintas puderam ser
restaurados de maneira simultânea, compreendendo um programa de usos compartilhado
em meio a prerrogativas preservacionistas distintas. Nesse contexto, o percurso
metodológico utilizado para uma leitura conjunta dos valores culturais envolvidos foi
fundamental para o desenvolvimento das estratégias de projeto e obra.
Books by Benjamim Saviane
construido a partir de la década de 1910 en la región central de São
Paulo. Por sus características constructivas y su historial de ocupación,
la Vila Itororó se presenta como un caso muy singular de patrimonio
cultural construido, despertando el interés de nuevas y distintas investigaciones,
sobre todo a partir de 2015, con las obras de restauración
para la creación de un centro cultural por parte de la administración
municipal, y después de una polémica expropiación de sus antiguos
moradores (concluida en 2013). La obra fue coordinada por el Instituto
Pedra, una institución sin ánimo de lucro, que actuó en colaboración
con el poder público (2014-2018), de la cual forman parte los
autores de este texto.
Em 2000, é realizada uma intervenção nos espaços atingidos pelo fogo, que visou reconstruir os elementos perdidos no incêndio, através de preceitos pautados pelo Restauro Crítico, esquivando-se de cópias e “falsos” arquitetônicos. O resultado, no entanto, se mostrou aquém do esperado, tornando-se alvo de investigações para o Trabalho Final de Graduação em Arquitetura e Urbanismo (FAU-USP) que origina este texto, guiadas pelas seguintes questões de pesquisa: Por que se pode afirmar que as intervenções de 2000 não foram bem sucedidas, sobretudo a partir da “instância estética” do restauro, proposta por Cesare Brandi? É possível outra solução de projeto que atenda satisfatoriamente as demandas do Restauro de um edifício deste porte, em vista de um sinistro que provocou a destruição total de elementos históricos, artísticos e religiosos?
Ocupando um miolo de quadra, suas onze edificações foram construídas ao longo do século XX. A construção se deu em várias etapas, utilizando se, dentre outros, de materiais de demolição de diversas construções paulistanas, possuindo por esse motivo uma enorme diversidade de procedências, que vão desde o interior do Estado até Marselha, na França. Essa variedade de origens é reflexo e testemunho de um período importante na história construtiva de São Paulo - um momento de transição de técnicas e de grande expansão no estoque imobiliário da cidade, com o surgimento de centenas de cerâmicas e olarias para atender à grande demanda que se firmava. A partir da catalogação das 96 inscrições diferentes encontradas em tijolos e telhas, remetendo a pelo menos 88 fabricantes distintos, realizou-se o processo de pesquisa das olarias/cerâmicas correspondentes. O estudo sobre a procedência destes materiais construtivos vai de encontro ao imaginário popular que permeia o conjunto arquitetônico - de que a Vila Itororó fora construída com materiais de demolição de insignes edifícios paulistanos (dentre os quais o Teatro São José, teatro privado demolido em razão da construção do Teatro Municipal - obra pública). Ao cruzar as informações levantadas com as narrativas do imaginário local, coletadas durante uma intensa vivência (por conta do canteiro de obras que ali se instalou a partir de 2015), é possível conjecturar sobre processos construtivos que de fato ocorreram e que puderam dar origem a esse imaginário. Desta forma, o estudo se propõe a situar o contexto da construção civil através de inventários de parte significativa de seu acervo, contrapostos à memória afetiva que se formou durante aquela que seria considerada uma traumática transição de uma Capital de Província para Metrópole Global. Em certo aspecto, a Vila Itororó sintetiza o processo vivido pelas regiões centrais de São Paulo, nesse contexto.
O resultado, no entanto, se mostrou aquém do esperado. O tema, então, foi alvo de investigações para o Trabalho Final de Graduação em Arquitetura e Urbanismo (FAU-USP) que origina este texto, na seguinte linha de pesquisa: Por que se pode afirmar que as intervenções de 2000 não foram bem sucedidas? É possível outra solução de projeto que atenda satisfatoriamente as demandas do Restauro de um edifício deste porte, em vista de um sinistro que provocou a destruição total de elementos históricos, artísticos e religiosos?
Mariana merecem destaque pela evidenciação de novas questões de preservação verificadas
no patrimônio colonial luso-brasileiro. Compreendendo a Igreja São Francisco de Assis e a
Casa do Conde de Assumar, os trabalhos ofereceram a oportunidade de se atuar em um
duplo canteiro de obras, em que edifícios com características distintas puderam ser
restaurados de maneira simultânea, compreendendo um programa de usos compartilhado
em meio a prerrogativas preservacionistas distintas. Nesse contexto, o percurso
metodológico utilizado para uma leitura conjunta dos valores culturais envolvidos foi
fundamental para o desenvolvimento das estratégias de projeto e obra.