Papers by Jorge Alberto Molina

DOAJ (DOAJ: Directory of Open Access Journals), Sep 1, 2010
O estudo da argumentação faz parte hoje de uma abordagem interdisciplinar da qual participam filó... more O estudo da argumentação faz parte hoje de uma abordagem interdisciplinar da qual participam filósofos, lingüistas e estudiosos da comunicação. Esse campo de estudos recebeu, após o eclipse da Retórica, há mais ou menos cento e cinqüenta anos, um novo impulso devido à aparição, na década de 50 do século passado, de duas obras, ambas escritas por filósofos que hoje são consideradas clássicos dentro da área: o Tratado da argumentação, dos belgas Perelman e Tyteca, e os Usos do Argumento do inglês Toulmin. Embora a análise da prática argumentativa já tivesse sido iniciada na Grécia antiga pelos sofistas, foi Aristóteles que, em grande medida, fixou o marco teórico a partir do qual os autores posteriores abordaram a argumentação. O filósofo distinguiu três tipos de discurso argumentativo (silogismos na sua terminologia): o discurso demonstrativo ou científico, cuja forma é objeto de estudo dos Primeiros Analíticos e cujo uso na ciência é normatizado nos Segundos Analíticos, o discurso dialético, apresentado por ele nos seus Tópicos e nas Refutações Sofísticas, e o discurso retórico, tema da sua obra, cujo título é precisamente Retórica. O estagirita explicitou sua distinção na forma seguinte: o discurso demonstrativo é aquele que procede de premissas necessariamente verdadeiras e almeja demonstrar uma conclusão que seja também necessariamente verdadeira; já o discurso dialético é aquele que a partir de premissas * Professor da UNISC e da UERGS.
Princípios: Revista de Filosofia (UFRN), 2009
DOAJ (DOAJ: Directory of Open Access Journals), Aug 1, 2007
In this paper we searched the historical roots of some contemporary attacks against humanistic di... more In this paper we searched the historical roots of some contemporary attacks against humanistic disciplines such as Philosophy, Rhetoric, History and Poetic. We have found them in three texts of Early Modernity: The Advancing of learning, the Novum Organum , both written by Francis Bacon, and the Discourse on Method by Descartes. We discussed the arguments developed by these authors against Humanities, especially against Scholastic Philosophy and the scholastic method of disputation. Finally we deal with the defence of humanistic education written by Vico in his The method of studies of our time.

Ingles: Aquisition and construction of the metaphoric sense According to Lakoff and Johnson (2002... more Ingles: Aquisition and construction of the metaphoric sense According to Lakoff and Johnson (2002), there are different ways of thinking and, among them, the metaphorical thinking category. In this article, we try to show that this peculiar way of thinking about the self and the world is not available from birth. There seems to have a progression through several categories, starting from the comprehension and linguistic use of the so called literal meaning (DASCAL, 2006; SEARLE, 2002) toward increasing levels of complexity, being the metaphorical meaning one of the most sophisticated levels. Keywords: non-literal meaning; literal meaning; language acquisition; pragmatics. Traducao: Segundo Lakoff e Johnson (2002), existem diferentes modos de pensar, dentre eles a categoria pensamento metaforico. Neste artigo, procuraremos evidenciar que essa forma peculiar de pensar a si e ao mundo nao esta presente desde o nascimento. Tudo indica haver progressao entre as variadas categorias existe...

Anais Do Salao De Ensino E De Extensao, Oct 21, 2013
Uma das partes da Retorica classica e a invencao, que consiste no conjunto de estrategias para de... more Uma das partes da Retorica classica e a invencao, que consiste no conjunto de estrategias para desenvolver argumentos sobre um determinado assunto. Dentro da invencao retorica desempenham um papel de primeira linha os topicos ou lugares de argumentacao. O tema de nossa pesquisa foi o uso dos topicos na argumentacao juridica. A doutrina que se ocupa com esse tema chama-se de Topica juridica. Para nossa pesquisa consultamos como bibliografia primaria, os textos de Cicero, Sobre a invencao e Os Topicos . Posteriormente, abordamos a exposicao da Topica juridica na obra de Vico, Sobre o modo de tratar as disciplinas , obra escrita em 1702, na parte em que esse filosofo italiano se ocupa da jurisprudencia. Finalmente consultamos dois autores contemporâneos, Theodor Viehweg, autor de Topica e jurisprudencia , obra que apareceu em traducao ao portugues em 1979, e Chaim Perelman, filosofo do Direito, que escreveu varios textos sobre o tema, reunidos na sua coletânea Etica e Direito e que e autor tambem de Logica juridica . Conseguimos determinar que o conceito de topos ou lugar de argumentacao tem varios significados dentro da tradicao retorica e juridica. As vezes significa o que Perelman chamou de um esquema quase-logico de argumentacao, por exemplo, o esquema que estabelece para provar que A e B (por exemplo, que a justica e um bem) provar que o contrario de A e o contrario de B (assim, seguindo o exemplo anterior provar que a injustica e um mal). Outras vezes, um topo e uma estrategia argumentativa. Assim, por exemplo, quando se discute sobre uma lei, um lugar de argumentacao muito comum e aquele que manda distinguir entre a letra da lei e o espirito da lei. Finalmente um topo pode consistir de um conjunto de crencas associadas com um item lexical (substantivo, adjetivo, verbo). Assim, associada com a palavra "justica" ha um conjunto de crencas e opinioes sustentadas pela maioria dos juristas ou pelos mais famosos entre eles. Encontramos na obra de Cicero, Os Topicos , o tratamento mais sistematico da questao. Em Perelman, o tema dos topicos ocupa um lugar secundario, dentro do seu objetivo maior de caracterizar uma racionalidade prorpia ao Direito, por meio da distincao entre prova juridica, de um lado, e prova logica ou matematica de outro lado. Assim, o objetivo de Perelman nao e tanto fazer uma analise e inventario da Topica, quanto definir um tipo de racionalidade tipica do Direito e das ciencias humanas. Em Vico, o tema e tratado dentro do plano mais geral da obra que consiste em advogar, de um modo semelhante ao de Perelman, pela existencia de um tipo de racionalidade especifica das chamadas ciencias morais e diferente da racionalidade da Fisica e da Matematica. Finalmente, o livro de Viehweg e interessante por ter trazido a tona a questao das relacoes entre topica e ciencia do direito, mas sua abordagem e muito geral. Podem-se tirar as seguintes conclusoes: a) abordando a questao, desde uma perspectiva estritamente logica, o uso indiscriminado dos lugares de argumentacao pode levar a construir argumentos falaciosos. Isso ja tinha sido observado por Arnauld e Nicole na sua Logica de Porto Royal ; b) os lugares de argumentacao fazem parte da maioria das argumentacoes juridicas, mesmo que os profissionais do Direito nao sejam conscientes deles, nem da teoria que esta por tras; c) seu uso parece indispensavel dentro da argumentacao juridica, filosofica e dentro de muitas das ciencias humanas.

Anais Do Salao De Ensino E De Extensao, Oct 21, 2013
O presente trabalho realizado e do Programa PUIC de Iniciacao Cientifica, e consta de pesquisas r... more O presente trabalho realizado e do Programa PUIC de Iniciacao Cientifica, e consta de pesquisas relacionadas ao tema principal: o estudo de comparacao entre a retorica classica e a teoria de argumentacao na lingua. A metodologia utilizada foi pesquisas na biblioteca e seus recursos e tambem em sites como o Portal da Capes. Nosso principal objetivo foi reunir informacoes necessarias para a completude da busca do conhecimento referente ao assunto principal, reunindo dados de grande importância que sao de interesse principalmente para a conclusao do trabalho e que sera de utilidade para os estudiosos do assunto e demais conhecedores da area posteriormente. A retorica classica abrange em sua oratoria a apresentacao de razoes, a teoria de argumentacao na lingua apresenta a argumentacao com sentido linguistico, dentro dessas hipoteses concluimos o trabalho que esta sendo apresentado, e do qual gerou muito aprendizado, ganho cultural, alcancando as metas, contribuindo com acervo em termos de autores e livros pesquisados alem de que contribuiu para conhecimento geral do assunto. Nos sites da pesquisa, foram identificadas novas fontes de dados, encontrados em diferentes locais, o que contribuiu com que a pesquisa atingisse o conteudo teorico que visava. Nas bases de pesquisa, concluimos o vasto territorio em que se encontram as diversas fontes que estavamos a pesquisar e realmente houve um resultado gratificante que veio a somar em nossas conclusoes principais. Os livros dos diferentes autores foram localizados com sucesso para atingirmos maior exito em nossas pesquisas, o que veio a completar o que buscavamos dentro de informacoes relacionadas ao estudo comparativo em questao. Durante o periodo da bolsa, foi grande o aprendizado e a aquisicao em termos culturais concluindo para o desenvolvimento do tema em questao de forma a contribuir com os objetivos que formam a proposta do tema principal, que tambem compoe o titulo do trabalho que e Os topoi ou lugares de argumentacao: estudo comparativo entre a retorica classica e a teoria de argumentacao na lingua que foi a base principal das conclusoes das quais de modo sucinto estamos apresentando no presente resumo e que contribuiu imensamente para localizarmos e incluirmos no contexto que estamos expondo. A busca pelo conhecimento incluiu uma jornada de conhecimento de acervos, tambem contamos com a colaboracao da base de apoio da Biblioteca da UNISC, que tambem disponibilizam os recursos apropriados seja em pagina de pesquisa na internet ou na propria instituicao.
Zenodo (CERN European Organization for Nuclear Research), Dec 1, 1998
INTUICIONISTA RESUMO O objetivo deste artigo é discutir o conceito intuicionista de prova. São ex... more INTUICIONISTA RESUMO O objetivo deste artigo é discutir o conceito intuicionista de prova. São examinadas quatro provas rejeitadas pelos matemáticos intuicionistas e aceitas pelos representantes do logicismo e do formalismo. Pela análise empreendida, são ilustradas as diferenças entre o intuicionismo e outras escolas dos fundamentos da Matemática. Palavras-chave: Filosofia; Lógica; Filosofia da Matemática. THE INTUITIONIST CONCEPTION OF MATHEMATICAL PROOF The aim of this paper is to discuss the intuitionistic concept of proof. We examine four proofs wich are rejected by intuitionistic mathematicians and are accepted by the represententatives of Logicism and Formalism. By this analysis we illustrate the diferences between Intuitionism and the others schools of foundations of Mathematics.
Zenodo (CERN European Organization for Nuclear Research), Dec 1, 2001
O objetivo do presente artigo é discutir algumas das características da Filosofia da Matemática d... more O objetivo do presente artigo é discutir algumas das características da Filosofia da Matemática de Lakatos. Na primeira parte do artigo, o pensamento de Lakatos sobre a Matemática é situado dentro do quadro geral da Filosofia da Matemática do século XX. Na segunda parte, é discutida a interpretação oferecida por Lakatos do método de análise e síntese na Geometria e na Filosofia Moderna. Essa interpretação é comparada com outras interpretações desse mesmo método. Na terceira parte deste artigo, são analisados o método de provas e refutações de Lakatos e suas aplicações à reconstrução racional da história da Matemática.
Revista ECOS, 2020
Recebimento do texto: 22/06/2020 Data de aceite: 17/06/2020 RESUMO: Neste trabalho nos ocupamos d... more Recebimento do texto: 22/06/2020 Data de aceite: 17/06/2020 RESUMO: Neste trabalho nos ocupamos da interpretação e descrição dos enunciados contendo expressões indefinidas. Na primeira parte apresentamos o problema objeto de discussão e distinguimos entre uma análise lógica e uma análise linguística dos enunciados. Na segunda parte, tecemos algumas considerações sobre a quantificação das expressões predicativas. Na terceira apresentamos duas hipóteses sobre a natureza dos indefinidos que chamamos, seguindo Ducrot, hipótese enunciativa e hipótese existencial. Na quarta parte expomos os argumentos contra a hipótese existencial, as réplicas de Ducrot a essas razões e alguns argumentos contra a hipótese enunciativa. Na quinta parte fazemos um balanço da questão e apresentamos nossas conclusões.
Neste artigo sao tecidas consideracoes sobre a relevância da Logica para a argumentacao filosofic... more Neste artigo sao tecidas consideracoes sobre a relevância da Logica para a argumentacao filosofica. Na primeira parte do artigo e distinguida a questao da utilidade da Logica para a Filosofia daquela outra sobre a possibilidade de apresentar em forma matematica o discurso filosofico. Aqui tambem sao apresentadas diferentes concepcoes da Logica atraves da Historia. Na segunda parte sao distinguidos dois estilos filosoficos: geometrico e forense. Na terceira parte sao tiradas algumas conclusoes sobre a argumentacao filosofica em geral, e sobre o papel da Logica dentro da Filosofia.

Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, 2021
As relações entre as ciências, o contexto histórico de sua produção e as concepções filosóficas v... more As relações entre as ciências, o contexto histórico de sua produção e as concepções filosóficas vigentes em uma determinada época se tornam visíveis ao considerar a história da ciência. Pois ela mostra os vínculos entre a história em sentido amplo, quer dizer, história política, econômica, cultural e social, com as próprias ciências e com a filosofia da ciência. Esse artigo busca discutir a história e filosofia da ciência na educação básica, seus limites e possibilidades. Como a educação básica vem abordando a ciência na escola; como a formação de professores está trabalhando com futuros docentes a ciência na escola; como está colocada a história e filosofia da ciência nos currículos de formação de professores e na educação básica, como as áreas conversam e compartilham da história e filosofia da ciência quando da construção do conhecimento e de saberes. Se propõe a resgatar a história e filosofia da ciência enquanto saber histórico constituído através dos tempos, bem como a evoluçã...

In this paper we discuss Brouwer’s conception of negation relating it to the two basic acts of ma... more In this paper we discuss Brouwer’s conception of negation relating it to the two basic acts of mathematical intuitionism: the separation of mathematical constructions from the linguistic communication of them, and the consideration of free-choice sequences in addition to law-like sequences. We show that although Brouwer never isolated negation as an individual logical constant, explained truth-functionally, he related it to the incompatibility between two mathematical constructions, and to mathematical absurdity. Key-words: Logic . Non classical logics . Intuitionism . Intuitionistic negation Professor do Departamento de Ciências Humanas da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e professor do Departamento de Filosofia da Universidade do Estado de Rio Grande do Sul (UERGS). E.mails:[email protected]; [email protected] Negación y Doble Negación en el Intuicionismo de Brouwer Jo rg e A lb er to M ol in a
Principios Revista De Filosofia, Sep 26, 2010

Principios Revista De Filosofia, Sep 23, 2010
Este artigo tem por objetivo expor algumas ideias para elaborar uma perspectiva teórica sobre a n... more Este artigo tem por objetivo expor algumas ideias para elaborar uma perspectiva teórica sobre a negação que permita comparar as abordagens dos filósofos, lógicos e linguistas sobre esse tema. Na introdução são apresentadas algumas das questões discutidas sobre a negação. Na primeira parte é feita a distinção entre frase, enunciado e proposição. Essa análise nos permitirá por um lado diferenciar entidades linguísticas (frases, enunciados) de entidades lógicas (proposições), e pelo outro separar três planos na abordagem das questões sobre a negação: o plano do código linguístico, o do uso do código linguístico ou plano da enunciação, e o plano da lógica. Na segunda parte distinguimos entre os conceitos de oposição, de negação e de expressão intrínsecamente negativa. Na terceira parte abordamos a teoria fregeana da negação a partir das distinções feitas anteriormente. Na quarta parte discutimos as concepções de Platão e de Aristóteles sobre a negação. Na quinta parte distinguimos entre a negação de um enunciado, a negação de uma componente de enunciado, a negação proposicional e a negação predicativa. Na sexta parte discutimos a questão de se haveria um ato ilocucionário de negar oposto ao ato de afirmar. Na última parte apresentamos nossas conclusões. Palavras-chave: Enunciação, Lógica e linguagem natural, Negação, Pragmática, Teorias sobre a negação Résumé: Cet article prétend présenter quelques idées qui permettent d´élaborer une comparaison théorique sur la négation chez les philosophes, les logiciens et les linguistes. Dans l´introduction, nous présentons quelques questions concernant la négation. Nous consacrons la première partie à la distinction entre la phrase, l´énoncé et la proposition. Cette analyse nous permettra de distinguer d´un côté les entités linguistiques comme la phrase et l´énoncé des entités logiques comme les propositions et d´un autre côté de distinguer les trois niveaux d´approche sur l´étude des questions sur la négation: le niveau du code linguistique, le niveau de l´usage du code linguistique ou le niveau de l´énonciation et
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