A presente proposta de comunicação busca explicitar o sentido do enfrentado de Ludwig Feuerbach a... more A presente proposta de comunicação busca explicitar o sentido do enfrentado de Ludwig Feuerbach ao fundamento especulativo e expositivo da filosofia hegeliana. Para tando considera-se aqui como fontes o seu escrito A Karl Riedel: Para a rectificação do seu esboço (1839) e Para a crítica da filosofia de Hegel (1839). Tal crítica questiona o caráter atribuído à filosofia de G. W. Hegel como a filosofia definitiva, pois implicaria a supressão dos “pressupostos reais determinados” com base nos quais toda e qualquer filosofia vem concebida, ou seja, como determinada particular e finita. Na medida em que Hegel não assume tais pressupostos, mas inicia a sua reflexão com um “conceito de começo”, do “ser puro”, na sua Ciência da Lógica (1812), Feuerbach sustentou que a filosofia hegeliana é mera exposição e demostração de pensamentos, terminando por ser um “monólogo da especulação” consigo mesma, que não dialoga com o seu Outro, o entendimento, o ser sensível, real e empírico e, assim, carac...
O presente artigo tem por objetivo compreender de que maneira a categoria aristotélica de potênci... more O presente artigo tem por objetivo compreender de que maneira a categoria aristotélica de potência (dynamis) pode auxiliar no entendimento de uma ética pós-Auschwitz. Tal questão se apresenta na medida em que as aporias acerca da definição do sujeito que testemunha saltam aos olhos. Dessa forma, revelar-se-á o sentido de “estado de exceção” no qual o campo de concentração surge, seguido da apresentação das aporias do testemunho e da investigação acerca das categorias de “potência” e de “homem” na obra De anima, de Aristóteles, mediado pela leitura feita por Giorgio Agamben.This article aims to understand how the Aristotelian category of potency (dynamis) can help in the understanding of post-Auschwitz ethics. Such a question arises insofar as the aporias about the definition of the subject that witnesses appear in the eye. In this way, the sense of "state of exception" in which the concentration camp emerges will be revealed, followed by the presentation of the aporias of ...
O presente artigo busca indagar sobre o sentido da retomada de Hegel do pensar especulativo , val... more O presente artigo busca indagar sobre o sentido da retomada de Hegel do pensar especulativo , valendo-se da Ciencia da Logica (1812) e da Enciclopedia das Ciencias Filosoficas (1830). Hegel pressupoe, quer a critica kantiana a Metafisica quer o descaso referente a uma reforma da Logica. Trata-se de uma critica aos limites das filosofias do entendimento, pois, ao separar “pensamento” e “Coisa”, reduzem o conhecimento a experiencia, identificando a razao como faculdade produtora de “ilusoes”. Hegel propoe uma nova concepcao de logica, tornada base de seu sistema, tendo na ideia pura o seu conteudo, cujo desenvolvimento e procedimento do conhecer filosofico.
Este trabalho busca investigar a relevância da "pedagogia amorosa" para a teoria do conhecimento ... more Este trabalho busca investigar a relevância da "pedagogia amorosa" para a teoria do conhecimento de Platão, articulação disposta, sobremaneira, no Banquete e no Fedro. Busca-se, para tanto, responder a seguinte questão: o que a centralidade de conceitos como amor, beleza e loucura na obra platônica pode auxiliar na reinterpretação da natureza de sua Filosofia? Problemática que se justifica em virtude da imagem depreciativamente forjada dos filósofos ditos "idealistas", como se, de maneira geral, fossem desatentos às obrigações para com uma suposta ontologia da diferença, desarticuladora de todo pensamento com pretensões à "absoluta" identidade especulativa do Conceito, como argumenta o filósofo francês Gilles Deleuze. Se aceitarmos tal paradigma, a obra de Platão, pensada a partir do recorte temático aqui sinalizado, parece efetuar um curtocircuito nessa imagem difundida. Conjectura-se, nesse sentido, que a novidade qualitativa presente na obra do filósofo grego, demarcada pelas noções supracitadas, pode ser resgatada e sintetizada com o auxílio do conceito de Evento, tal como disposto no pensamento de Slavoj Zizek. Mediante tal recurso, a filosofia de Platão poderia ser pensada como uma filosofia do evento, o que possibilitaria, com efeito, reavaliarmos até mesmo o papel que o "corpo", no sentido mais cotidiano e imediato do termo, desempenha para construção e, ainda, sustentação de sua teoria do conhecimento.
O presente artigo tem por objetivo compreender de que maneira a categoria aristotélica de potênci... more O presente artigo tem por objetivo compreender de que maneira a categoria aristotélica de potência (dynamis) pode auxiliar no entendimento de uma ética pós-Auschwitz. Tal questão se apresenta na medida em que as aporias acerca da definição do sujeito que testemunha saltam aos olhos. Dessa forma, revelar-se-á o sentido de “estado de exceção” no qual o campo de concentração surge, seguido da apresentação das aporias do testemunho e da investigação acerca das categorias de “potência” e de “homem” na obra De anima, de Aristóteles, mediado pela leitura feita por Giorgio Agamben.This article aims to understand how the Aristotelian category of potency (dynamis) can help in the understanding of post-Auschwitz ethics. Such a question arises insofar as the aporias about the definition of the subject that witnesses appear in the eye. In this way, the sense of "state of exception" in which the concentration camp emerges will be revealed, followed by the presentation of the aporias of ...
Resumo: Busca-se com este artigo compreender a forma como são delineadas as mulheres na sociedade... more Resumo: Busca-se com este artigo compreender a forma como são delineadas as mulheres na sociedade por meio da representação da personagem feminina nas Histórias em Quadrinhos dos X-men. Nas revistas em quadrinhos produzidas por Stan Lee e Jack Kirby, a personagem feminina é tratada como sujeito inanimado e fruto do desejo masculino. Essas revistas são produzidas para serem consumidas por um determinado público-alvo de jovens e adultos, o qual imerge em uma determinada realidade midiática, incorporando-a e atribuindo naturalidade a um passivo e cristalizado comportamento social feminino. As revistas analisadas apresentam uma única mulher na trama, a Jean Grey, integrante do grupo do X-men, liderada pelo Professor Charles Xavier, no qual possui pouca representatividade e é constantemente diminuída dentro de sua condição de gênero, além de ser objeto de disputada pelos personagens masculinos. O contexto das primeiras histórias mostra nos diálogos dos personagens a mulher como um ser reificado, sem ação e deslocada da realidade a qual é obrigada a enfrentar. No entanto, dentro da dinâmica jurídica pouco se observa ou analisa as implicações éticas e morais estabelecidas por essas revistas, que desagregam, na sociedade contemporânea, o valor das cidadãs como sujeito de direitos e detentoras de dignidade. A questão em evidência é problematizar a imagem feminina edificada pelas revistas no intuito de entender o significado da violência contra a dignidade da mulher. A metodologia utilizada é a análise de cenas das três primeiras revistas dos X-Men, que fazem parte da primeira série lançada, em 1963, que retrata as histórias dos mutantes como " heróis " na sociedade da época.
RESUMO O presente artigo objetiva compreender o embate que se estabelece entre duas noções divers... more RESUMO O presente artigo objetiva compreender o embate que se estabelece entre duas noções diversas e opostas de educação, bem como do subsequente papel do educador, entre os sofistas e Platão. Tal questão se delineia a partir da pergunta acerca da possibilidade do ensino das virtudes, que se desdobra ao longo dos textos platônicos intitulados Protágoras e Mênon. Procede-se metodologicamente atentando-se para o contexto social e político da época, em que tais reflexões surgem, postulando, em face da resposta platônica, uma atenção e combate não somente aos desdobramentos teoréticos, mas políticos implicados na tese sofística. Palavras-chave: Educação, Sofistas, Virtude, Dialética, Reminiscência. BETWEEN EDUCATION AND POLITICS: DEPLOYMENT OF GREEK PROBLEM ABOUT VIRTUES ABSTRACT The present article aims to understand the conflict between two different and opposing notions of education, as well as the subsequent role of the educator, between the sophists and Plato. This issue is delineated from the inquiry about the possibility of teaching the virtues, which unfolds along the platonic and texts entitled Protágoras Meno. The procedure is methodologically paying attention to the social and political context of the time in which such reflections arise, postulating, in the face of the Platonic answer, attention and combat not only the theoretical developments, but political sophistry involved in the thesis.
A presente proposta de comunicação busca explicitar o sentido do enfrentado de Ludwig Feuerbach a... more A presente proposta de comunicação busca explicitar o sentido do enfrentado de Ludwig Feuerbach ao fundamento especulativo e expositivo da filosofia hegeliana. Para tando considera-se aqui como fontes o seu escrito A Karl Riedel: Para a rectificação do seu esboço (1839) e Para a crítica da filosofia de Hegel (1839). Tal crítica questiona o caráter atribuído à filosofia de G. W. Hegel como a filosofia definitiva, pois implicaria a supressão dos "pressupostos reais determinados" com base nos quais toda e qualquer filosofia vem concebida, ou seja, como determinada particular e finita. Na medida em que Hegel não assume tais pressupostos, mas inicia a sua reflexão com um "conceito de começo", do "ser puro", na sua Ciência da Lógica (1812), Feuerbach sustentou que a filosofia hegeliana é mera exposição e demostração de pensamentos, terminando por ser um "monólogo da especulação" consigo mesma, que não dialoga com o seu Outro, o entendimento, o ser sensível, real e empírico e, assim, caracterizando-a como formal, circular e abstrata. Não se trata aqui de negar a atividade especulativa, mas de "integrá-la" e dialogá-la com a atividade empírica, com o Outro do pensamento, o que se dá por meio da "dialética", materialmente considerada, a qual leva em consideração as mediações reais e sensíveis para tal. Palavras-chave: Especulação; Entendimento; Finitude.
A presente proposta de trabalho busca refletir sobre uma possível atualidade histórico-prática do... more A presente proposta de trabalho busca refletir sobre uma possível atualidade histórico-prática do universo categorial exposto na obra Ideia de uma História Universal de um ponto de vista Cosmopolita [1784], com base na qual Kant se vale para indagar sobre o sentido da História, bem como da tarefa que este sentido implica para os homens. Evita-se, para tanto, as críticas simplistas e reducionistas que julgam observar, na Filosofia da História kantiana, expressões de ingenuidade e utopismo do autor. Argumenta-se que tais diagnósticos com respeito à obra política e filosófica de Kant, perdem de vista a importância da reflexão por ele levantada com respeito à possibilidade de um tratamento filosófico da "História universal" [Weltgeschichte], o que resulta em uma recusa de posturas indiferentes, apáticas e pessimistas, por parte dos homens; recusa estabelecida em virtude de uma "perspectiva consoladora do futuro", na qual as disposições naturais originárias da humanidade poderiam desenvolver-se plenamente. No que toca a este propósito, o trabalho estrutura-se mediante as considerações da filósofa húngara Agnes Heller, a qual, nos seus apontamentos sobre o significado e sentido da Filosofia da História no âmbito teorético e prático, sustenta que tal reflexão origina-se na Modernidade e que, desde seu início, propõe-se pensar o presente criticamente, em virtude de um sentido futuro, garantindo que tal reflexão se desenvolva em vista de fins eminentemente práticos. No que concerne a exposição kantiana da História, ressalta-se sua problemática com respeito ao sentido e "curso regular" das ações humanas, assim como a articulação deste curso com o plano teleológico da Natureza, mediante o qual a "insociável sociabilidade" do homem, a saber, a tendência a associar-se em sociedade e em separar-se dela, em decorrência das disposições egoístas humanas, adquirem um sentido progressista e uma função para alcançar a finalidade disposta pela Natureza, qual seja: o estabelecimento de uma constituição política perfeita e republicana, em relação com uma organização externa legal dos Estados, assentados em uma "confederação de nações", mediante a qual torna-se possível assegurar o pleno desenvolvimento das disposições originárias da humanidade, em uma situação cosmopolita de "paz perpétua" entre tais nações. A presente investigação não se atém na defesa kantiana de uma teleologia da Natureza e de suas relações, problemáticas, com a História humana, algo objetável do ponto de vista do desenvolvimento histórico ao longo do século XX, marcado por tragédias dificilmente defensáveis de um ponto de vista teleológico. A despeito disso, o trabalho busca ressaltar os momentos da obra kantiana de 1784 que endossam o núcleo teórico das Filosofias da História da Modernidade, com respeito a avaliação crítica do presente e, por conseguinte, pelas promessas em favor do futuro, sistematizando aquilo que Heller definirá como o aspecto ainda relevante e atual das reflexões em torno da busca por sentido para a História, a saber: "alerta e promessa". Sendo assim, destaca-se, em Kant, o papel que a promessa futura, com respeito ao processo de moralização dos homens, desempenha em sua obra, visto que tal promessa, ainda que sua realização perfeita seja impossível e que nos sirva tão somente como uma ideia aproximativa, garante aos homens um fundamento para a esperança de concretização de um futuro melhor e para a luta contra a indiferença conformista e justificadora do status quo.
(Notes d'Aimé Thiault et transcription de François Duvert) 1er cours 2 2 ème cours 8 IV IL SE COU... more (Notes d'Aimé Thiault et transcription de François Duvert) 1er cours 2 2 ème cours 8 IV IL SE COUCHE AU TOMBEAU Sur les cendres des astres, celles indivises de la famille, était le pauvre personnage, couché, après avoir bu la goutte de néant qui manque à la mer (la fiole vide, folie, tout ce qui reste du château ?), le néant parti, reste le château de la pureté. En marge : ou les dés-hasard absorbé. Le néant parti, reste le château de la pureté. Le concept en pensée du néant c'est la réalité elle-même : le ce qui est, la situation du monde comme il va, ce qui propose à la pensée son néant propre est ce qui « suit son cours ». Dès lors, comment faire partir le néant pour penser l'événement ? Il faut instituer un écart radical entre ce qui « suit son cours » et l'événement pur pour qu'un réel advienne à la pensée, sinon nous restons dans la gestion de la réalité, dans la connaissance du néant. La château de la pureté mallarméen, c'est le il y a pur dans la supposition de son caractère pensable. Pureté désigne la découpe idéale de l'événement face au poids de la réalité comme néant massif. Par excès de présence, le néant confronte la pensée à sa possibilité dans l'accès à l'être, qui requiert l'élimination de l'encombrement que constitue le ou les savoir(s) sur le néant des situations comme elles vont. Revenons à Beckett pour mettre l'accent sur un point très important : cet écrivain se partage entre 2 langues, ou plutôt se situe dans le partage de 2 langues, puisqu'il écrit certaines de ses oeuvres en anglais, puis les traduit en français, ou le contraire. Ainsi, Watt, roman écrit en anglais en 1942, dans le Vaucluse, où s'est réfugié le résistant à Roussillon, sera ensuite traduit en français. Mais des oeuvres écrites en français seront traduites dans la langue maternelle de l'auteur, qui les distribue dans les 2 langues. Mais alors que Joyce, dont Beckett fut le secrétaire, n'écrit pas Finnegans Wake en anglais (« je suis au bout de l'anglais » disaitil), mais en Joyce, pour Beckett l'épreuve de la traduction joue comme plan d'épreuve de sa propre oeuvre. Est-il un écrivain anglais ou français ? En vérité, je pense que dans son cas unique, il persiste un élément d'indécidabilité. Dans Watt, 2 ème roman après Murphy (publié en anglais en 1938), Watt est l'employé modèle d'un certain monsieur Knott (monsieur noeud, monsieur noué), lacé dan une fonction insaisissable de domestique et dans un lieu où tout est absolument réglé et ritualisé. Cependant, parfois quelque chose se passe, des incidents, dit Watt, dans la rumination desquels s'absorbe sa pensée avec une certaine difficulté. Ainsi, par exemple, la survenue de Gall père et fils, venus accorder le piano de Mr Knott. En un sens, il ressemblait à tous les incidents dignes de remarque proposés à Watt pendant son séjour chez Mr Knott et dont un certain nombre seront rapportés ici tels quels, sans addition, ni soustraction, et en un sens, non. Il leur ressemblait en ce sens qu'il n'était pas fini, une fois révolu, mais continuait à dérouler, dans la tête de Watt, du début à la fin, sans cesse, les jeux complexes de ses lumières et ombres, le passage du silence à la rumeur et de la rumeur au silence, le calme avant le mouvement et le calme après, les accélérés et les ralentis, les approches et séparations, tous les détails changeants de sa marche et de son ordonnance, suivant l'irrévocable caprice qui en fit ce qu'il fut. Il leur ressemblait par sa promptitude à se faire un contenu purement plastique et à perdre peu à peu, dans le subtil processus de ses lumières, ses rumeurs, ses accents et ses rythmes, toute signification jusqu'à la plus littérale. … Car l'incident des Gall père et fils fut suivi par d'autres semblables, ie des incidents brillants de clarté formelle et au contenu impénétrable.
Tradução do Prefácio: C lá u d io M arcondes Capa: E ttore B o ttin i a partir de E lem entos m e... more Tradução do Prefácio: C lá u d io M arcondes Capa: E ttore B o ttin i a partir de E lem entos m ecânicos sobre fu n d o verm elho (1924), de Fernand Léger Revisão: O lg a C a fa lc ch io A d a lb e rto CoU to E lv ira da R o c h a
Introduzione 1. A tutt'oggi manca una riflessione di respiro sul rapporto tra politica e negazion... more Introduzione 1. A tutt'oggi manca una riflessione di respiro sul rapporto tra politica e negazione. Benché entrambe le categorie siano oggetto di una serie pressoché infinita di studi, ancora si aspetta un'analisi integrata della loro relazione. Fin dall'inizio la filosofia si è interrogata sulla struttura della negazione, dividendosi sul suo significato e la sua funzione. Si potrebbe arrivare a dire che da Parmenide, attraverso Platone e Aristotele, fino a Hegel e al pensiero novecentesco, essa non si sia occupata d'altro, superando anche le canoniche barriere tra analitici e continentali. Pur in maniera tutt'affatto diversa, le ricerche filosofiche di Heidegger e Wittgenstein -per assumere i vertici di tali tradizioni -si concentrano entrambe intorno alla questione del negativo. Ma senza connetterla in modo organico all'indagine sulla politica. A risultare insufficiente, in generale, è uno sguardo d'insieme capace di articolare tra loro le diverse grammatiche della negazione, circoscritte prevalentemente entro ambiti disciplinari diversificati. Se si sfoglia la sterminata bibliografia in argomento si è colpiti dalla risolutezza dei confini che li separano come fossero orizzonti incomparabili. Nonostante qualche lodevole eccezione, raramente le ricerche sulla funzione del "non" all'interno della denotazione linguistica si raccordano a quelle, logiche, sul giudizio di attribuzione o a quelle, ontologiche, sullo statuto del niente. Anzi, quando ciò accade, è spesso attribuito a un'indebita confusione tra linguaggi eterogenei, come obiettò Carnap a Heidegger in una stroncatura che non fa onore al suo autore. Intendiamoci. Che le diverse modalità della negazione vadano tenute rigorosamente distinte è il presupposto stesso di questa ricerca. In una forma, tuttavia, che non solo non ne smarrisca la reciproca implicazione, ma la situi al centro dell'analisi. Perché il transito del negativo dall'uso linguistico a quello logico, da questo a quello ontologico, fino a quello performativo è esattamente il passaggio lungo il quale è possibile coglierne l'effetto metapolitico.
Capitolo primo Potenza destituente 1. Nonostante l'interesse crescente che lo ha investito -fino ... more Capitolo primo Potenza destituente 1. Nonostante l'interesse crescente che lo ha investito -fino a farne uno degli epicentri piú frequentati del dibattito filosofico contemporaneo -non si può dire che il rapporto tra il pensiero di Heidegger e la politica sia stato indagato fino in fondo. Lo ha impedito, prima ancora della complessità oggettiva della questione, il modo in larga misura pregiudiziale con cui la si è finora affrontata. A confrontarsi -scontrandosi in maniera frontale -sono state due linee interpretative divaricate dall'opposta valutazione della ben nota compromissione del filosofo con il nazismo. Se alcuni interpreti hanno visto in essa il punto di precipitazione, e dunque la chiave di lettura, dell'intero pensiero di Heidegger, altri hanno cercato di isolarla, riducendola a episodio biografico di scarso rilievo rispetto al complesso della sua opera. Ovviamente il presupposto -ma anche la conseguenza -di entrambe le prospettive è stata una selezione, all'interno del vasto corpus heideggeriano, dei testi che piú di altri si prestano a confermare le rispettive tesi. Se coloro che sostengono la centralità dell'opzione nazista hanno privilegiato gli scritti degli anni Trenta, in cui essa è piú esplicita, i loro avversari concentrano l'interesse su quelli che li seguono, o anche li precedono nel tempo, a partire da Sein und Zeit, accantonando i testi piú direttamente coinvolti con il regime. Poi, soprattutto con la recente pubblicazione dei Quaderni neri, la zona d'ombra, all'interno della produzione di Heidegger, è apparsa sempre piú estesa, colorandosi in varia misura di antisemitismo. A questo punto, in un crescendo inusuale di contrasti e polemiche, lo scontro ermeneutico si è spostato sull'interpretazione dei testi incriminati, esaminati dal punto di vista non solo ideologico e politico, ma anche filosofico.
Terrorismo, fondamentalismo, antiamericanismo, odio contro l'Occidente, complicità con l'Islam e ... more Terrorismo, fondamentalismo, antiamericanismo, odio contro l'Occidente, complicità con l'Islam e gli antisemiti: sono le accuse che l'impero americano brandisce come armi affilate. In un clima mondiale di mobilitazione totale contro i barbari alle porte, e anzi già insediati nella cittadella occidentale, chiunque non sia con l'America è automaticamente nemico della pace e della civiltà.
La loi du 11 mars 1957 n'autorisant, aux termes des alinéas 2 et 3 de l'article 41, d'une part, q... more La loi du 11 mars 1957 n'autorisant, aux termes des alinéas 2 et 3 de l'article 41, d'une part, que les • copies ou reproductions strictement réservées à l'usage privé du copiste et non destinées à une utilisation collective » et, d'autre part, que les analyses et les courtes citations dans un but d'exemple et d'illustration, c toute représentation ou reproduction intégrale, ou partielle, faite sans le consentement de l'auteur ou de ses ayants droit ou ayants cause, est illicite » (Alinéa 1•• de l'article 40). Cette représentation ou reproduction, par quelque procédé que ce soit, consti tuerait donc une contrefaçon sanctionnée par les Articles 425 et suivants du Code pénal.
A presente proposta de comunicação busca explicitar o sentido do enfrentado de Ludwig Feuerbach a... more A presente proposta de comunicação busca explicitar o sentido do enfrentado de Ludwig Feuerbach ao fundamento especulativo e expositivo da filosofia hegeliana. Para tando considera-se aqui como fontes o seu escrito A Karl Riedel: Para a rectificação do seu esboço (1839) e Para a crítica da filosofia de Hegel (1839). Tal crítica questiona o caráter atribuído à filosofia de G. W. Hegel como a filosofia definitiva, pois implicaria a supressão dos “pressupostos reais determinados” com base nos quais toda e qualquer filosofia vem concebida, ou seja, como determinada particular e finita. Na medida em que Hegel não assume tais pressupostos, mas inicia a sua reflexão com um “conceito de começo”, do “ser puro”, na sua Ciência da Lógica (1812), Feuerbach sustentou que a filosofia hegeliana é mera exposição e demostração de pensamentos, terminando por ser um “monólogo da especulação” consigo mesma, que não dialoga com o seu Outro, o entendimento, o ser sensível, real e empírico e, assim, carac...
O presente artigo tem por objetivo compreender de que maneira a categoria aristotélica de potênci... more O presente artigo tem por objetivo compreender de que maneira a categoria aristotélica de potência (dynamis) pode auxiliar no entendimento de uma ética pós-Auschwitz. Tal questão se apresenta na medida em que as aporias acerca da definição do sujeito que testemunha saltam aos olhos. Dessa forma, revelar-se-á o sentido de “estado de exceção” no qual o campo de concentração surge, seguido da apresentação das aporias do testemunho e da investigação acerca das categorias de “potência” e de “homem” na obra De anima, de Aristóteles, mediado pela leitura feita por Giorgio Agamben.This article aims to understand how the Aristotelian category of potency (dynamis) can help in the understanding of post-Auschwitz ethics. Such a question arises insofar as the aporias about the definition of the subject that witnesses appear in the eye. In this way, the sense of "state of exception" in which the concentration camp emerges will be revealed, followed by the presentation of the aporias of ...
O presente artigo busca indagar sobre o sentido da retomada de Hegel do pensar especulativo , val... more O presente artigo busca indagar sobre o sentido da retomada de Hegel do pensar especulativo , valendo-se da Ciencia da Logica (1812) e da Enciclopedia das Ciencias Filosoficas (1830). Hegel pressupoe, quer a critica kantiana a Metafisica quer o descaso referente a uma reforma da Logica. Trata-se de uma critica aos limites das filosofias do entendimento, pois, ao separar “pensamento” e “Coisa”, reduzem o conhecimento a experiencia, identificando a razao como faculdade produtora de “ilusoes”. Hegel propoe uma nova concepcao de logica, tornada base de seu sistema, tendo na ideia pura o seu conteudo, cujo desenvolvimento e procedimento do conhecer filosofico.
Este trabalho busca investigar a relevância da "pedagogia amorosa" para a teoria do conhecimento ... more Este trabalho busca investigar a relevância da "pedagogia amorosa" para a teoria do conhecimento de Platão, articulação disposta, sobremaneira, no Banquete e no Fedro. Busca-se, para tanto, responder a seguinte questão: o que a centralidade de conceitos como amor, beleza e loucura na obra platônica pode auxiliar na reinterpretação da natureza de sua Filosofia? Problemática que se justifica em virtude da imagem depreciativamente forjada dos filósofos ditos "idealistas", como se, de maneira geral, fossem desatentos às obrigações para com uma suposta ontologia da diferença, desarticuladora de todo pensamento com pretensões à "absoluta" identidade especulativa do Conceito, como argumenta o filósofo francês Gilles Deleuze. Se aceitarmos tal paradigma, a obra de Platão, pensada a partir do recorte temático aqui sinalizado, parece efetuar um curtocircuito nessa imagem difundida. Conjectura-se, nesse sentido, que a novidade qualitativa presente na obra do filósofo grego, demarcada pelas noções supracitadas, pode ser resgatada e sintetizada com o auxílio do conceito de Evento, tal como disposto no pensamento de Slavoj Zizek. Mediante tal recurso, a filosofia de Platão poderia ser pensada como uma filosofia do evento, o que possibilitaria, com efeito, reavaliarmos até mesmo o papel que o "corpo", no sentido mais cotidiano e imediato do termo, desempenha para construção e, ainda, sustentação de sua teoria do conhecimento.
O presente artigo tem por objetivo compreender de que maneira a categoria aristotélica de potênci... more O presente artigo tem por objetivo compreender de que maneira a categoria aristotélica de potência (dynamis) pode auxiliar no entendimento de uma ética pós-Auschwitz. Tal questão se apresenta na medida em que as aporias acerca da definição do sujeito que testemunha saltam aos olhos. Dessa forma, revelar-se-á o sentido de “estado de exceção” no qual o campo de concentração surge, seguido da apresentação das aporias do testemunho e da investigação acerca das categorias de “potência” e de “homem” na obra De anima, de Aristóteles, mediado pela leitura feita por Giorgio Agamben.This article aims to understand how the Aristotelian category of potency (dynamis) can help in the understanding of post-Auschwitz ethics. Such a question arises insofar as the aporias about the definition of the subject that witnesses appear in the eye. In this way, the sense of "state of exception" in which the concentration camp emerges will be revealed, followed by the presentation of the aporias of ...
Resumo: Busca-se com este artigo compreender a forma como são delineadas as mulheres na sociedade... more Resumo: Busca-se com este artigo compreender a forma como são delineadas as mulheres na sociedade por meio da representação da personagem feminina nas Histórias em Quadrinhos dos X-men. Nas revistas em quadrinhos produzidas por Stan Lee e Jack Kirby, a personagem feminina é tratada como sujeito inanimado e fruto do desejo masculino. Essas revistas são produzidas para serem consumidas por um determinado público-alvo de jovens e adultos, o qual imerge em uma determinada realidade midiática, incorporando-a e atribuindo naturalidade a um passivo e cristalizado comportamento social feminino. As revistas analisadas apresentam uma única mulher na trama, a Jean Grey, integrante do grupo do X-men, liderada pelo Professor Charles Xavier, no qual possui pouca representatividade e é constantemente diminuída dentro de sua condição de gênero, além de ser objeto de disputada pelos personagens masculinos. O contexto das primeiras histórias mostra nos diálogos dos personagens a mulher como um ser reificado, sem ação e deslocada da realidade a qual é obrigada a enfrentar. No entanto, dentro da dinâmica jurídica pouco se observa ou analisa as implicações éticas e morais estabelecidas por essas revistas, que desagregam, na sociedade contemporânea, o valor das cidadãs como sujeito de direitos e detentoras de dignidade. A questão em evidência é problematizar a imagem feminina edificada pelas revistas no intuito de entender o significado da violência contra a dignidade da mulher. A metodologia utilizada é a análise de cenas das três primeiras revistas dos X-Men, que fazem parte da primeira série lançada, em 1963, que retrata as histórias dos mutantes como " heróis " na sociedade da época.
RESUMO O presente artigo objetiva compreender o embate que se estabelece entre duas noções divers... more RESUMO O presente artigo objetiva compreender o embate que se estabelece entre duas noções diversas e opostas de educação, bem como do subsequente papel do educador, entre os sofistas e Platão. Tal questão se delineia a partir da pergunta acerca da possibilidade do ensino das virtudes, que se desdobra ao longo dos textos platônicos intitulados Protágoras e Mênon. Procede-se metodologicamente atentando-se para o contexto social e político da época, em que tais reflexões surgem, postulando, em face da resposta platônica, uma atenção e combate não somente aos desdobramentos teoréticos, mas políticos implicados na tese sofística. Palavras-chave: Educação, Sofistas, Virtude, Dialética, Reminiscência. BETWEEN EDUCATION AND POLITICS: DEPLOYMENT OF GREEK PROBLEM ABOUT VIRTUES ABSTRACT The present article aims to understand the conflict between two different and opposing notions of education, as well as the subsequent role of the educator, between the sophists and Plato. This issue is delineated from the inquiry about the possibility of teaching the virtues, which unfolds along the platonic and texts entitled Protágoras Meno. The procedure is methodologically paying attention to the social and political context of the time in which such reflections arise, postulating, in the face of the Platonic answer, attention and combat not only the theoretical developments, but political sophistry involved in the thesis.
A presente proposta de comunicação busca explicitar o sentido do enfrentado de Ludwig Feuerbach a... more A presente proposta de comunicação busca explicitar o sentido do enfrentado de Ludwig Feuerbach ao fundamento especulativo e expositivo da filosofia hegeliana. Para tando considera-se aqui como fontes o seu escrito A Karl Riedel: Para a rectificação do seu esboço (1839) e Para a crítica da filosofia de Hegel (1839). Tal crítica questiona o caráter atribuído à filosofia de G. W. Hegel como a filosofia definitiva, pois implicaria a supressão dos "pressupostos reais determinados" com base nos quais toda e qualquer filosofia vem concebida, ou seja, como determinada particular e finita. Na medida em que Hegel não assume tais pressupostos, mas inicia a sua reflexão com um "conceito de começo", do "ser puro", na sua Ciência da Lógica (1812), Feuerbach sustentou que a filosofia hegeliana é mera exposição e demostração de pensamentos, terminando por ser um "monólogo da especulação" consigo mesma, que não dialoga com o seu Outro, o entendimento, o ser sensível, real e empírico e, assim, caracterizando-a como formal, circular e abstrata. Não se trata aqui de negar a atividade especulativa, mas de "integrá-la" e dialogá-la com a atividade empírica, com o Outro do pensamento, o que se dá por meio da "dialética", materialmente considerada, a qual leva em consideração as mediações reais e sensíveis para tal. Palavras-chave: Especulação; Entendimento; Finitude.
A presente proposta de trabalho busca refletir sobre uma possível atualidade histórico-prática do... more A presente proposta de trabalho busca refletir sobre uma possível atualidade histórico-prática do universo categorial exposto na obra Ideia de uma História Universal de um ponto de vista Cosmopolita [1784], com base na qual Kant se vale para indagar sobre o sentido da História, bem como da tarefa que este sentido implica para os homens. Evita-se, para tanto, as críticas simplistas e reducionistas que julgam observar, na Filosofia da História kantiana, expressões de ingenuidade e utopismo do autor. Argumenta-se que tais diagnósticos com respeito à obra política e filosófica de Kant, perdem de vista a importância da reflexão por ele levantada com respeito à possibilidade de um tratamento filosófico da "História universal" [Weltgeschichte], o que resulta em uma recusa de posturas indiferentes, apáticas e pessimistas, por parte dos homens; recusa estabelecida em virtude de uma "perspectiva consoladora do futuro", na qual as disposições naturais originárias da humanidade poderiam desenvolver-se plenamente. No que toca a este propósito, o trabalho estrutura-se mediante as considerações da filósofa húngara Agnes Heller, a qual, nos seus apontamentos sobre o significado e sentido da Filosofia da História no âmbito teorético e prático, sustenta que tal reflexão origina-se na Modernidade e que, desde seu início, propõe-se pensar o presente criticamente, em virtude de um sentido futuro, garantindo que tal reflexão se desenvolva em vista de fins eminentemente práticos. No que concerne a exposição kantiana da História, ressalta-se sua problemática com respeito ao sentido e "curso regular" das ações humanas, assim como a articulação deste curso com o plano teleológico da Natureza, mediante o qual a "insociável sociabilidade" do homem, a saber, a tendência a associar-se em sociedade e em separar-se dela, em decorrência das disposições egoístas humanas, adquirem um sentido progressista e uma função para alcançar a finalidade disposta pela Natureza, qual seja: o estabelecimento de uma constituição política perfeita e republicana, em relação com uma organização externa legal dos Estados, assentados em uma "confederação de nações", mediante a qual torna-se possível assegurar o pleno desenvolvimento das disposições originárias da humanidade, em uma situação cosmopolita de "paz perpétua" entre tais nações. A presente investigação não se atém na defesa kantiana de uma teleologia da Natureza e de suas relações, problemáticas, com a História humana, algo objetável do ponto de vista do desenvolvimento histórico ao longo do século XX, marcado por tragédias dificilmente defensáveis de um ponto de vista teleológico. A despeito disso, o trabalho busca ressaltar os momentos da obra kantiana de 1784 que endossam o núcleo teórico das Filosofias da História da Modernidade, com respeito a avaliação crítica do presente e, por conseguinte, pelas promessas em favor do futuro, sistematizando aquilo que Heller definirá como o aspecto ainda relevante e atual das reflexões em torno da busca por sentido para a História, a saber: "alerta e promessa". Sendo assim, destaca-se, em Kant, o papel que a promessa futura, com respeito ao processo de moralização dos homens, desempenha em sua obra, visto que tal promessa, ainda que sua realização perfeita seja impossível e que nos sirva tão somente como uma ideia aproximativa, garante aos homens um fundamento para a esperança de concretização de um futuro melhor e para a luta contra a indiferença conformista e justificadora do status quo.
(Notes d'Aimé Thiault et transcription de François Duvert) 1er cours 2 2 ème cours 8 IV IL SE COU... more (Notes d'Aimé Thiault et transcription de François Duvert) 1er cours 2 2 ème cours 8 IV IL SE COUCHE AU TOMBEAU Sur les cendres des astres, celles indivises de la famille, était le pauvre personnage, couché, après avoir bu la goutte de néant qui manque à la mer (la fiole vide, folie, tout ce qui reste du château ?), le néant parti, reste le château de la pureté. En marge : ou les dés-hasard absorbé. Le néant parti, reste le château de la pureté. Le concept en pensée du néant c'est la réalité elle-même : le ce qui est, la situation du monde comme il va, ce qui propose à la pensée son néant propre est ce qui « suit son cours ». Dès lors, comment faire partir le néant pour penser l'événement ? Il faut instituer un écart radical entre ce qui « suit son cours » et l'événement pur pour qu'un réel advienne à la pensée, sinon nous restons dans la gestion de la réalité, dans la connaissance du néant. La château de la pureté mallarméen, c'est le il y a pur dans la supposition de son caractère pensable. Pureté désigne la découpe idéale de l'événement face au poids de la réalité comme néant massif. Par excès de présence, le néant confronte la pensée à sa possibilité dans l'accès à l'être, qui requiert l'élimination de l'encombrement que constitue le ou les savoir(s) sur le néant des situations comme elles vont. Revenons à Beckett pour mettre l'accent sur un point très important : cet écrivain se partage entre 2 langues, ou plutôt se situe dans le partage de 2 langues, puisqu'il écrit certaines de ses oeuvres en anglais, puis les traduit en français, ou le contraire. Ainsi, Watt, roman écrit en anglais en 1942, dans le Vaucluse, où s'est réfugié le résistant à Roussillon, sera ensuite traduit en français. Mais des oeuvres écrites en français seront traduites dans la langue maternelle de l'auteur, qui les distribue dans les 2 langues. Mais alors que Joyce, dont Beckett fut le secrétaire, n'écrit pas Finnegans Wake en anglais (« je suis au bout de l'anglais » disaitil), mais en Joyce, pour Beckett l'épreuve de la traduction joue comme plan d'épreuve de sa propre oeuvre. Est-il un écrivain anglais ou français ? En vérité, je pense que dans son cas unique, il persiste un élément d'indécidabilité. Dans Watt, 2 ème roman après Murphy (publié en anglais en 1938), Watt est l'employé modèle d'un certain monsieur Knott (monsieur noeud, monsieur noué), lacé dan une fonction insaisissable de domestique et dans un lieu où tout est absolument réglé et ritualisé. Cependant, parfois quelque chose se passe, des incidents, dit Watt, dans la rumination desquels s'absorbe sa pensée avec une certaine difficulté. Ainsi, par exemple, la survenue de Gall père et fils, venus accorder le piano de Mr Knott. En un sens, il ressemblait à tous les incidents dignes de remarque proposés à Watt pendant son séjour chez Mr Knott et dont un certain nombre seront rapportés ici tels quels, sans addition, ni soustraction, et en un sens, non. Il leur ressemblait en ce sens qu'il n'était pas fini, une fois révolu, mais continuait à dérouler, dans la tête de Watt, du début à la fin, sans cesse, les jeux complexes de ses lumières et ombres, le passage du silence à la rumeur et de la rumeur au silence, le calme avant le mouvement et le calme après, les accélérés et les ralentis, les approches et séparations, tous les détails changeants de sa marche et de son ordonnance, suivant l'irrévocable caprice qui en fit ce qu'il fut. Il leur ressemblait par sa promptitude à se faire un contenu purement plastique et à perdre peu à peu, dans le subtil processus de ses lumières, ses rumeurs, ses accents et ses rythmes, toute signification jusqu'à la plus littérale. … Car l'incident des Gall père et fils fut suivi par d'autres semblables, ie des incidents brillants de clarté formelle et au contenu impénétrable.
Tradução do Prefácio: C lá u d io M arcondes Capa: E ttore B o ttin i a partir de E lem entos m e... more Tradução do Prefácio: C lá u d io M arcondes Capa: E ttore B o ttin i a partir de E lem entos m ecânicos sobre fu n d o verm elho (1924), de Fernand Léger Revisão: O lg a C a fa lc ch io A d a lb e rto CoU to E lv ira da R o c h a
Introduzione 1. A tutt'oggi manca una riflessione di respiro sul rapporto tra politica e negazion... more Introduzione 1. A tutt'oggi manca una riflessione di respiro sul rapporto tra politica e negazione. Benché entrambe le categorie siano oggetto di una serie pressoché infinita di studi, ancora si aspetta un'analisi integrata della loro relazione. Fin dall'inizio la filosofia si è interrogata sulla struttura della negazione, dividendosi sul suo significato e la sua funzione. Si potrebbe arrivare a dire che da Parmenide, attraverso Platone e Aristotele, fino a Hegel e al pensiero novecentesco, essa non si sia occupata d'altro, superando anche le canoniche barriere tra analitici e continentali. Pur in maniera tutt'affatto diversa, le ricerche filosofiche di Heidegger e Wittgenstein -per assumere i vertici di tali tradizioni -si concentrano entrambe intorno alla questione del negativo. Ma senza connetterla in modo organico all'indagine sulla politica. A risultare insufficiente, in generale, è uno sguardo d'insieme capace di articolare tra loro le diverse grammatiche della negazione, circoscritte prevalentemente entro ambiti disciplinari diversificati. Se si sfoglia la sterminata bibliografia in argomento si è colpiti dalla risolutezza dei confini che li separano come fossero orizzonti incomparabili. Nonostante qualche lodevole eccezione, raramente le ricerche sulla funzione del "non" all'interno della denotazione linguistica si raccordano a quelle, logiche, sul giudizio di attribuzione o a quelle, ontologiche, sullo statuto del niente. Anzi, quando ciò accade, è spesso attribuito a un'indebita confusione tra linguaggi eterogenei, come obiettò Carnap a Heidegger in una stroncatura che non fa onore al suo autore. Intendiamoci. Che le diverse modalità della negazione vadano tenute rigorosamente distinte è il presupposto stesso di questa ricerca. In una forma, tuttavia, che non solo non ne smarrisca la reciproca implicazione, ma la situi al centro dell'analisi. Perché il transito del negativo dall'uso linguistico a quello logico, da questo a quello ontologico, fino a quello performativo è esattamente il passaggio lungo il quale è possibile coglierne l'effetto metapolitico.
Capitolo primo Potenza destituente 1. Nonostante l'interesse crescente che lo ha investito -fino ... more Capitolo primo Potenza destituente 1. Nonostante l'interesse crescente che lo ha investito -fino a farne uno degli epicentri piú frequentati del dibattito filosofico contemporaneo -non si può dire che il rapporto tra il pensiero di Heidegger e la politica sia stato indagato fino in fondo. Lo ha impedito, prima ancora della complessità oggettiva della questione, il modo in larga misura pregiudiziale con cui la si è finora affrontata. A confrontarsi -scontrandosi in maniera frontale -sono state due linee interpretative divaricate dall'opposta valutazione della ben nota compromissione del filosofo con il nazismo. Se alcuni interpreti hanno visto in essa il punto di precipitazione, e dunque la chiave di lettura, dell'intero pensiero di Heidegger, altri hanno cercato di isolarla, riducendola a episodio biografico di scarso rilievo rispetto al complesso della sua opera. Ovviamente il presupposto -ma anche la conseguenza -di entrambe le prospettive è stata una selezione, all'interno del vasto corpus heideggeriano, dei testi che piú di altri si prestano a confermare le rispettive tesi. Se coloro che sostengono la centralità dell'opzione nazista hanno privilegiato gli scritti degli anni Trenta, in cui essa è piú esplicita, i loro avversari concentrano l'interesse su quelli che li seguono, o anche li precedono nel tempo, a partire da Sein und Zeit, accantonando i testi piú direttamente coinvolti con il regime. Poi, soprattutto con la recente pubblicazione dei Quaderni neri, la zona d'ombra, all'interno della produzione di Heidegger, è apparsa sempre piú estesa, colorandosi in varia misura di antisemitismo. A questo punto, in un crescendo inusuale di contrasti e polemiche, lo scontro ermeneutico si è spostato sull'interpretazione dei testi incriminati, esaminati dal punto di vista non solo ideologico e politico, ma anche filosofico.
Terrorismo, fondamentalismo, antiamericanismo, odio contro l'Occidente, complicità con l'Islam e ... more Terrorismo, fondamentalismo, antiamericanismo, odio contro l'Occidente, complicità con l'Islam e gli antisemiti: sono le accuse che l'impero americano brandisce come armi affilate. In un clima mondiale di mobilitazione totale contro i barbari alle porte, e anzi già insediati nella cittadella occidentale, chiunque non sia con l'America è automaticamente nemico della pace e della civiltà.
La loi du 11 mars 1957 n'autorisant, aux termes des alinéas 2 et 3 de l'article 41, d'une part, q... more La loi du 11 mars 1957 n'autorisant, aux termes des alinéas 2 et 3 de l'article 41, d'une part, que les • copies ou reproductions strictement réservées à l'usage privé du copiste et non destinées à une utilisation collective » et, d'autre part, que les analyses et les courtes citations dans un but d'exemple et d'illustration, c toute représentation ou reproduction intégrale, ou partielle, faite sans le consentement de l'auteur ou de ses ayants droit ou ayants cause, est illicite » (Alinéa 1•• de l'article 40). Cette représentation ou reproduction, par quelque procédé que ce soit, consti tuerait donc une contrefaçon sanctionnée par les Articles 425 et suivants du Code pénal.
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