Book Reviews by Maiara Marinho
Review of the book "O Ardil da Flexibilidade"
Papers by Maiara Marinho

Revista Brasileira de Estudos Organizacionais, Jul 17, 2018
RESUMO Objetiva-se abordar o tema da servidão voluntária entrelaçado às definições de trabalho es... more RESUMO Objetiva-se abordar o tema da servidão voluntária entrelaçado às definições de trabalho escravo contemporâneo, tecendo apontamentos com o olhar da Psicodinâmica do Trabalho. Questiona-se: a organização do trabalho contemporâneo não estaria orientada por um discurso de servidão voluntária? A noção de servidão voluntária, escrita por La Boétie em meados do século XVI, constitui o centro do debate por trazer em seu bojo a presença constante e atemporal da opressão. O trabalho escravo é um crime contra a dignidade humana, ele é visualizado quando um sujeito submete outro a: trabalhos forçados, jornada exaustiva, condições degradantes e restrição de liberdade. Para a Psicodinâmica do Trabalho, há um claro esmagamento do sujeito que deseja trabalhar, mas vive a obrigação de servir. Conclui-se que a servidão voluntária se encontra viva na atualidade, diante das situações de escravidão contemporânea vivenciadas, tanto no meio rural, quanto urbano. Destarte, propõe-se uma agenda de pesquisas sobre a temática para o campo da Administração, que envolvem: o ideal de ego na sociedade de consumo; a escravidão contemporânea e a analogia à escravidão, e o trabalho, a subjetividade e a emancipação.
O ARDIL DA FLEXIBILIDADE: Os trabalhadores e a teoria do valor Sadi Dal Rosso. Sao Paulo, SP: Boi... more O ARDIL DA FLEXIBILIDADE: Os trabalhadores e a teoria do valor Sadi Dal Rosso. Sao Paulo, SP: Boitempo, 2017. 286 p.

In this article, we identify the relations between
Toyota’s management practices, as those formul... more In this article, we identify the relations between
Toyota’s management practices, as those formulated by its creator, Taiichi Ohno, and practiced by
several companies, and elements that characterize
the contemporary slave work. Our references bring
together Dejour’s psychodynamics, modern slavery
descriptions and Ohno’s principles, from his Toyota’s
Production System book. When we confront the first
two elements from the previous statement with Toyota’s characteristics, we can associate this discourse,
mainstream in organizations and even in schools of
management, with the incidence of modern slavery
patterns. The conclusion we reached is that there is a
historical regression to primitive capitalist standards,
with unlimited disposition to cut costs, and, in this
context, an increasing despise for social costs. We can
verify a clear paradox, far beyond feudal and enslaving
remnants, of the spreading and naturalization of colonial-enslaving working conditions inside the capitalist
production system

Este artgo discute o termo jornada exaustva diante de dissensos jurídicos e administratvos em sit... more Este artgo discute o termo jornada exaustva diante de dissensos jurídicos e administratvos em situações de trabalho análogo à escravidão. Defende-se que a jornada exaustva é composta pela imbricação da intensidade e da extensividade do trabalho, aumentando as exigências de produtvidade do trabalhador para se ajustar às demandas do capital. Nesse sentdo, a exaustão ocorre quando o ritmo das atvidades se sobrepõe ao alongamento da carga horária de trabalho e afeta outras esferas sociais. Tanto a aceleração dos movimentos, sob os quais tudo se torna prioridade, quanto a disponibilidade absoluta por meio das tecnologias de informação e comunicação (TICs) podem levar ao desgaste fsico e psicológico, afetando a saúde do trabalhador e colocando-o em condições de neoescravidão. Este estudo foi produzido por meio de levantamento bibliográfco orientado pela seleção de artgos e livros disponíveis nas principais bases de pesquisa do país que tvessem afnidade com a teoria social marxiana sobre os conceitos de jornada de trabalho e tempo de trabalho, discutdos por autores como Sadi Dal Rosso, Ricardo Antunes, David Harvey e Christophe Dejours, entre outros.
Uploads
Book Reviews by Maiara Marinho
Papers by Maiara Marinho
Toyota’s management practices, as those formulated by its creator, Taiichi Ohno, and practiced by
several companies, and elements that characterize
the contemporary slave work. Our references bring
together Dejour’s psychodynamics, modern slavery
descriptions and Ohno’s principles, from his Toyota’s
Production System book. When we confront the first
two elements from the previous statement with Toyota’s characteristics, we can associate this discourse,
mainstream in organizations and even in schools of
management, with the incidence of modern slavery
patterns. The conclusion we reached is that there is a
historical regression to primitive capitalist standards,
with unlimited disposition to cut costs, and, in this
context, an increasing despise for social costs. We can
verify a clear paradox, far beyond feudal and enslaving
remnants, of the spreading and naturalization of colonial-enslaving working conditions inside the capitalist
production system
Toyota’s management practices, as those formulated by its creator, Taiichi Ohno, and practiced by
several companies, and elements that characterize
the contemporary slave work. Our references bring
together Dejour’s psychodynamics, modern slavery
descriptions and Ohno’s principles, from his Toyota’s
Production System book. When we confront the first
two elements from the previous statement with Toyota’s characteristics, we can associate this discourse,
mainstream in organizations and even in schools of
management, with the incidence of modern slavery
patterns. The conclusion we reached is that there is a
historical regression to primitive capitalist standards,
with unlimited disposition to cut costs, and, in this
context, an increasing despise for social costs. We can
verify a clear paradox, far beyond feudal and enslaving
remnants, of the spreading and naturalization of colonial-enslaving working conditions inside the capitalist
production system