Papers by Ana Magda Stradioto-Casolato

(n.t.) Revista Nota do Tradutor, 2021
Tenho sede de inocência | J’ai soif d’innocence
Romain Gary
O texto: O conto “Tenho sede de ino... more Tenho sede de inocência | J’ai soif d’innocence
Romain Gary
O texto: O conto “Tenho sede de inocência” (“J’ai soif d’innocence”), integra a coletânea Les oiseaux vont mourir au Pérou, gloire à nos illustres pionniers, de Romain Gary, publicada em 1962. Escrito em primeira pessoa e em tom de diário, nele o autor discute a mesquinhez da vida atual que leva à necessidade de buscar horizontes mais puros. Ao fugir da França para o Taiti, um lugar paradisíaco e de gente simples, o lugar acaba lhe revelando surpresas, que lhe põem no caminho de Gauguin. Irônico, o autor questiona sua própria condição de colonizador e fraqueza moral, como também a questão imperialista, oferecendo um desfecho que se aproxima do gênero cômico.
Texto traduzido: Gary, R. “J’ai soif d’innocence”. In. Les oiseaux vont mourir au Pérou, gloire à nos illustres pionniers. Paris: Gallimard, 1962.
O autor: Romain Gary (1914-1980), romancista franco-lituano, nasceu em Vilnius. Após passar a infância na capital lituana e depois em Varsóvia, se transferiu a Niza, na França, onde obteve a cidadania e pode participar da Segunda Guerra como aviador do exército francês. Herói da Resistência, recebeu várias condecorações, e ao término do conflito, entrou para a carreira diplomática na qual permaneceu até 1974. Autor de inúmeros romances, adotou muitos pseudônimos, sendo o único escritor a ter recebido duas vezes o prêmio Goncourt, por Les Racines du ciel (1956) e La Vie devant soi (1975). Escreveu também contos, peças de teatro, ensaios e viu algumas de suas obras serem adaptadas ao cinema.
A tradutora: Ana Magda Stradioto-Casolato, pesquisadora e tradutora, é bacharela em Letras Francês e mestranda no Programa de Pós-graduação LETRA, na área de Tradução e Poética, pela USP.
Belas Infieis, 2023
Este é um artigo em acesso aberto distribuído nos termos da Licença Creative Commons Atribuição q... more Este é um artigo em acesso aberto distribuído nos termos da Licença Creative Commons Atribuição que permite o uso irrestrito, a distribuição e reprodução em qualquer meio desde que o artigo original seja devidamente citado.
Tradterm, 2022
Este trabalho pretende analisar a nãotradução, termo proposto por Jacques Brault para definir uma... more Este trabalho pretende analisar a nãotradução, termo proposto por Jacques Brault para definir uma de suas estratégias de criação poética. Segundo ele, a nãotradução é uma prática de escrita e não um sistema ou teoria tradutória. Apoiando-nos nos ensaios fundadores da nãotradução de autoria do próprio Brault, procuramos demonstrar que se trata de uma técnica de composição cujo resultado é uma reescrita criativa, nem poema original e nem tradução, mas uma nova intelegibilidade de ambos. Sem se emancipar do poema original e graças a virtuosidade do poeta nãotradutor, a nãotradução faz surgir um terceiro texto estabelecendo uma relação enunciativa tríplice que congrega três vozes: a do poeta do poema original, a do poeta nãotradutor e a que resulta da fusão de ambas.

Rónai – Revista de Estudos Clássicos e Tradutórios, Jul 15, 2021
Este estudo tem por objetivo analisar a temporalidade na concepção bermaniana de retradução. Para... more Este estudo tem por objetivo analisar a temporalidade na concepção bermaniana de retradução. Para tanto, abordamos os elementos constitutivos tais quais indicados pelo próprio Antoine Berman nos diversos ensaios em que trata do tema bem como nos questionamentos deles decorrentes contidos especialmente em Gambier (2011) e Godard (2001). Sugerimos um outro ponto de vista para algumas dessas categorias temporais, ou seja, uma outra perspectiva cultural que seria mais fecunda às proposições do autor acerca da temporalidade da retradução. Assim, partindo de um exemplo do próprio Berman do que seria uma grande retradução, propomos um redimensionamento da categoria temporal de base ocidental-gregakairós -, substituindo-a por outra análoga, porém de origem oriental-chinesashí -, revelando-se, esta última mais profícua para a temporalidade retradutória na concepção de Antoine Berman.
Books by Ana Magda Stradioto-Casolato
Entre-lugares em tradução, 2023
O filósofo, helenista e sinólogo francês François Jullien aborda a tradução pelo seu método de de... more O filósofo, helenista e sinólogo francês François Jullien aborda a tradução pelo seu método de de- e re- categorização e elabora suas reflexões sobre tema valendo-se de certas proposições desenvolvidas e tratadas em várias de suas obras. Este capítulo propõe-se a resumir, compendiar e "traduzir" os componentes da tradução sengundo François Jullien.
Conference Presentations by Ana Magda Stradioto-Casolato

Belas Infieis, 2024
Trata-se da tradução e edição da transcrição da conferência Traduire l’écartde François Ju... more Trata-se da tradução e edição da transcrição da conferência Traduire l’écartde François Jullien que abriu a trigésima quarta edição das Sessões de Tradução Literária promovida pela ATLAS [Association pour la promotion de la traduction littéraire]. A referida associação organiza as prestigiosas Sessões sobre tradução literária há quarenta anos e reúne autores, tradutores e pesquisadores, recebendo ilustres O
JULLIEN, François. Traduzir o écart ou por que não confiar na fidelidade. Revista Belas Infiéis, Brasília, v. 13, n. 1, p. 01-29, 2024. e-ISSN: 2316-6614. DOI: 10.26512/belasinfieis.v13.n1.2024.512913conferencistas para suas palestras inaugurais, como Jullien em 2017, ou ainda, Édouard Glissant em 1994. Nesta fala, o filósofo compila as suas principais reflexões sobre “tradução” e, segundo o próprio Jullien3, será o ponto de partida para o seu futuro livro sobre o assunto que receberá o mesmo título da conferência ora traduzida. De fundamental importância, as suas considerações sobre o tema são ilustradas com exemplos inéditos que aprofundam e enriquecem o debate sobre alguns aspectos controvertidos, porém essenciais para a área. Mais do que isso, por se tratar de uma conferência, a espontaneidade proporcionada pelo discurso oral revela as percepções mais particulares de Jullien sobre o tema, o que faz desta transcrição e tradução um material incontornável e de inestimável valor para os Estudos da Tradução.
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Romain Gary
O texto: O conto “Tenho sede de inocência” (“J’ai soif d’innocence”), integra a coletânea Les oiseaux vont mourir au Pérou, gloire à nos illustres pionniers, de Romain Gary, publicada em 1962. Escrito em primeira pessoa e em tom de diário, nele o autor discute a mesquinhez da vida atual que leva à necessidade de buscar horizontes mais puros. Ao fugir da França para o Taiti, um lugar paradisíaco e de gente simples, o lugar acaba lhe revelando surpresas, que lhe põem no caminho de Gauguin. Irônico, o autor questiona sua própria condição de colonizador e fraqueza moral, como também a questão imperialista, oferecendo um desfecho que se aproxima do gênero cômico.
Texto traduzido: Gary, R. “J’ai soif d’innocence”. In. Les oiseaux vont mourir au Pérou, gloire à nos illustres pionniers. Paris: Gallimard, 1962.
O autor: Romain Gary (1914-1980), romancista franco-lituano, nasceu em Vilnius. Após passar a infância na capital lituana e depois em Varsóvia, se transferiu a Niza, na França, onde obteve a cidadania e pode participar da Segunda Guerra como aviador do exército francês. Herói da Resistência, recebeu várias condecorações, e ao término do conflito, entrou para a carreira diplomática na qual permaneceu até 1974. Autor de inúmeros romances, adotou muitos pseudônimos, sendo o único escritor a ter recebido duas vezes o prêmio Goncourt, por Les Racines du ciel (1956) e La Vie devant soi (1975). Escreveu também contos, peças de teatro, ensaios e viu algumas de suas obras serem adaptadas ao cinema.
A tradutora: Ana Magda Stradioto-Casolato, pesquisadora e tradutora, é bacharela em Letras Francês e mestranda no Programa de Pós-graduação LETRA, na área de Tradução e Poética, pela USP.
Books by Ana Magda Stradioto-Casolato
Conference Presentations by Ana Magda Stradioto-Casolato
JULLIEN, François. Traduzir o écart ou por que não confiar na fidelidade. Revista Belas Infiéis, Brasília, v. 13, n. 1, p. 01-29, 2024. e-ISSN: 2316-6614. DOI: 10.26512/belasinfieis.v13.n1.2024.512913conferencistas para suas palestras inaugurais, como Jullien em 2017, ou ainda, Édouard Glissant em 1994. Nesta fala, o filósofo compila as suas principais reflexões sobre “tradução” e, segundo o próprio Jullien3, será o ponto de partida para o seu futuro livro sobre o assunto que receberá o mesmo título da conferência ora traduzida. De fundamental importância, as suas considerações sobre o tema são ilustradas com exemplos inéditos que aprofundam e enriquecem o debate sobre alguns aspectos controvertidos, porém essenciais para a área. Mais do que isso, por se tratar de uma conferência, a espontaneidade proporcionada pelo discurso oral revela as percepções mais particulares de Jullien sobre o tema, o que faz desta transcrição e tradução um material incontornável e de inestimável valor para os Estudos da Tradução.
Romain Gary
O texto: O conto “Tenho sede de inocência” (“J’ai soif d’innocence”), integra a coletânea Les oiseaux vont mourir au Pérou, gloire à nos illustres pionniers, de Romain Gary, publicada em 1962. Escrito em primeira pessoa e em tom de diário, nele o autor discute a mesquinhez da vida atual que leva à necessidade de buscar horizontes mais puros. Ao fugir da França para o Taiti, um lugar paradisíaco e de gente simples, o lugar acaba lhe revelando surpresas, que lhe põem no caminho de Gauguin. Irônico, o autor questiona sua própria condição de colonizador e fraqueza moral, como também a questão imperialista, oferecendo um desfecho que se aproxima do gênero cômico.
Texto traduzido: Gary, R. “J’ai soif d’innocence”. In. Les oiseaux vont mourir au Pérou, gloire à nos illustres pionniers. Paris: Gallimard, 1962.
O autor: Romain Gary (1914-1980), romancista franco-lituano, nasceu em Vilnius. Após passar a infância na capital lituana e depois em Varsóvia, se transferiu a Niza, na França, onde obteve a cidadania e pode participar da Segunda Guerra como aviador do exército francês. Herói da Resistência, recebeu várias condecorações, e ao término do conflito, entrou para a carreira diplomática na qual permaneceu até 1974. Autor de inúmeros romances, adotou muitos pseudônimos, sendo o único escritor a ter recebido duas vezes o prêmio Goncourt, por Les Racines du ciel (1956) e La Vie devant soi (1975). Escreveu também contos, peças de teatro, ensaios e viu algumas de suas obras serem adaptadas ao cinema.
A tradutora: Ana Magda Stradioto-Casolato, pesquisadora e tradutora, é bacharela em Letras Francês e mestranda no Programa de Pós-graduação LETRA, na área de Tradução e Poética, pela USP.
JULLIEN, François. Traduzir o écart ou por que não confiar na fidelidade. Revista Belas Infiéis, Brasília, v. 13, n. 1, p. 01-29, 2024. e-ISSN: 2316-6614. DOI: 10.26512/belasinfieis.v13.n1.2024.512913conferencistas para suas palestras inaugurais, como Jullien em 2017, ou ainda, Édouard Glissant em 1994. Nesta fala, o filósofo compila as suas principais reflexões sobre “tradução” e, segundo o próprio Jullien3, será o ponto de partida para o seu futuro livro sobre o assunto que receberá o mesmo título da conferência ora traduzida. De fundamental importância, as suas considerações sobre o tema são ilustradas com exemplos inéditos que aprofundam e enriquecem o debate sobre alguns aspectos controvertidos, porém essenciais para a área. Mais do que isso, por se tratar de uma conferência, a espontaneidade proporcionada pelo discurso oral revela as percepções mais particulares de Jullien sobre o tema, o que faz desta transcrição e tradução um material incontornável e de inestimável valor para os Estudos da Tradução.