Arquitetura e Urbanismo

Cidades da Antiguidade: Aspectos Estruturais, Funcionais e Simbólicos e sua Associação com a Atualidade" 1. Introdução, Objetivos e Justificativas As primeiras verdadeiras cidades são por vezes consideradas grandes assentamentos permanentes nos quais os seus habitantes não são mais simplesmente fazendeiros da área que cerca o assentamento, mas passaram a trabalhar em ocupações mais especializadas na cidade, onde o comércio, o estoque da produção agrícola e o poder foram centralizados. A importância direcionada ao estudo da natureza histórica das cidades e do processo de urbanização é fundamental para entendermos o que temos hoje como planejamento urbano. 2. Diagnóstico da Situação Urbana As cidades surgiram inicialmente como pequenas aldeias às margens de rios, e com o crescimento populacional e das atividades passaram a constituir cidades mais complexas. Os principais locais de surgimento das cidades foram ao longo dos vales dos rios. De maior complexidade de atividades, foi necessário criar Estados para a defesa militar e a construção de grandes obras (de irrigação, templos, canais etc.), em um processo de formação das civilizações. No território europeu, a primeira civilização de destaque foi a grega. As cidades gregas eram centros comerciais, religiosos, políticos e artísticos, com autonomia organizacional em relação às demais. As cidades gregas mais conhecidas foram Atenas e Esparta, que durante séculos dominaram o comércio no Mar Egeu e em parte do Mediterrâneo, deixando também como importante legado aspectos filosóficos, políticos (democracia), jurídicos, militares e artísticos que até hoje são perceptíveis. Entretanto, o caso de maior notoriedade de uma cidade da Antiguidade é Roma. A partir da República, os romanos expandiram-se por toda a Europa e grande parte da Ásia, dominando econômica, militar e culturalmente por séculos essas regiões. Grande parte das cidades da Antiguidade era formada por um templo, a ágora, uma via processional que ligava a ágora ao templo, o rio para abastecer a cidade e seus arredores residenciais. 2.1. ILHA DE CRETA 2.1.1. Principais Características

No Estado do Paraná, a primeira notificação de leishmaniose tegumentar americana ocorreu em 1917 e a partir de 1980 observou-se um aumento do número de casos, mantendo-se endêmica e acometendo pessoas de todas as faixas etárias e em ambos os sexos. Este estudo teve como objetivo realizar um levantamento epidemiológico sobre a ocorrência de LTA em pacientes atendidos no Laboratório de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas da Universidade Estadual de Maringá (LEPAC/UEM). Foi realizado um estudo retrospectivo e descritivo em base de dados secundário de 1986 a 2005, com 1656 pacientes segundo as variáveis: sexo, idade, ocupação, procedência, local de moradia, forma clínica e diagnóstico. A maioria dos pacientes era do sexo masculino (72,6%) e adquiriu a infecção no Estado do Paraná (97,8%), residia em área urbana (64,3%) dos quais 51,3% adquiriu a infecção durante atividades de lazer. O diagnóstico da maioria dos pacientes foi estabelecido nos dois primeiros meses de evolução das lesões (54,0%) e apresentando a forma cutânea da doença (88,9%). Uma parcela (34,4%) significativa dos pacientes que residiam em área rural adquiriu a infecção no domicílio ou peridomicílio. O estudo mostra a predominância da forma cutânea da leishmaniose tegumentar americana e sugere a atividade de lazer e o ambiente do domicilio como fatores preditivos importantes para a infecção. Palavras-Chave: Leishmaniose cutânea. Epidemiologia. Leishmania. Leishmania (Viannia) braziliensis.

O centro comercial do Conjunto Jardim Maguari, ativo desde a década de 1980, caracteriza-se pela diversidade em atividades econômicas, estruturas permanentes e de uso misto. O espaço, considerado um equipamento urbano desejável e necessário para qualidade do ambiente urbano, atende parte da população do bairro do Coqueiro, em Belém/PA, contribuindo com o fluxo intenso de pessoas durante o dia. O uso constante do espaço urbano, combinado com outras circunstâncias, aceleraram a deterioração e degradação do ambiente, uma vez que não são feitas a manutenção e/ou readaptações urbanas necessárias periodicamente. À vista desse cenário, propõe-se com este artigo apresentar os resultados de uma pesquisa experimental realizada no centro comercial como produto para estudo do urbanismo tático caracterizado pelo aspecto colaborativo, de baixo custo e flexível, como alternativa à intervenção no ambiente construído em pequena escala, para recuperação física e de redirecionamento da ocupação do esp...

Resumo No modelo dominante de desenvolvimento urbano que vem sendo difundido no Brasil-sustentado nas ideias de produtividade e competitividade do planejamento estratégico-, a concepção de grandes e impactantes obras arquitetônicas públicas ganha protagonismo e centralidade nas políticas urbanas. Em tal contexto, o discurso oficial desses projetos se apoia em uma urgência utilitária e econômica, subordinada à lógica da cidade "mercadoria-empresa". Este artigo parte de uma crítica ao papel político da arquitetura urbana. Considera-se a hipótese de que, apesar das tentativas de despolitizar o espaço público e de alienação com medidas de exceção, os moradores da cidade desenvolvem "táticas de resistência", que organizam um "outro espaço", em um movimento que foge às operações de poder e de controle do espaço social. Essa reflexão se apoia em uma investigação sobre três grandes obras arquitetônicas concebidas na cidade de Fortaleza, capital do estado do Ceará. Como conclusão, admite-se que a arquitetura urbana, mais do que técnica, é especialmente política. A cultura e a técnica possibilitam a elaboração dos programas arquitetônicos. Mas a definição dos modos de apropriação pertence em última análise aos cidadãos e usuários, fato que resiste à ideia do consenso passivo e às tentativas de deslegitimar o conflito social. Palavras-Chave: Arquitetura institucional; Política urbana; Fortaleza-Ce.