Livros by Jorge Louraço Figueira
Com exceção de três ou quatro fotos, todas as imagens deste livro correspondem a apresentações no... more Com exceção de três ou quatro fotos, todas as imagens deste livro correspondem a apresentações no festival. Folheie estas páginas como um álbum de família. As fotos estão agrupadas por acontecimento, ou misturadas por ano, ou postas deste modo por alguma razão que o tempo escondeu. Como em qualquer álbum, cabem recortes que se guardaram, cartas que não se mandaram, folhas que se apanharam do chão. Como em qualquer família, há segredos por contar. Descubra os seus.
Vá até ao fim
![Research paper thumbnail of Onde está o teatro? [miolo]](https://attachments.academia-assets.com/62849633/thumbnails/1.jpg)
RAÍZES E RAMAS DO ESPETÁCULO TEATRAL Várias revistas tentam responder às questões que os artistas... more RAÍZES E RAMAS DO ESPETÁCULO TEATRAL Várias revistas tentam responder às questões que os artistas do espectáculo se perguntam continuamente: a SINAIS DE CENA, a ADÁGIO, a revista da companhia de teatro de ALMADA, por exemplo. Em finais dos anos 90, inícios de 2000, o então IPAE editou uma revista de ensaio e ficção chamada Teatro Escrito(s), coordenada por Fernando Mora Ramos. Três números, com os títulos "PARA QUE É QUE SERVE O TEATRO?", "ESTÁ TUDO BEM COM O TEATRO EM PORTUGAL?" e "TEATRO PORTUGUÊS: 'PERA ONDE IS'?". Já mais tarde, na reabertura do Teatro Carlos Alberto, a cidade do Porto foi mais directamente interpelada com os cartazes que perguntavam "ONDE ESTÁ O CARLOS ALBERTO?". Este primeiro número da revista VINTE E UM POR VINTE E UM tem portanto antecedentes. Mas responder à questão ONDE ESTÁ O TEATRO? não se faz sem algum enfado: o teatro está onde está, ponto final. A resposta é óbvia, porque todos sabem onde está o teatro. Quem tiver dúvidas consulte o site do Instituo das Artes, ou os roteiros culturais da imprensa, ou, claro, também, sempre, as páginas amarelas. Não seria melhor comprar o livro do Wally? Que maçada. Mas onde estará o teatro fora dele próprio, nas outras artes? Numa altura em que uma série de salas de teatro-novas ou renovadas-pode vir a transformar-se numa rede-formal ou informal-de teatros; em que se aproxima nova regulamentação dos apoios públicos ao teatro; em que mais e mais pessoas devotam a vida a fazer teatro, a revista VINTE E UM POR VINTE E UM decide lançar um olhar às artes do espectáculo, para dar destaque aos lugares de teatro que não são estritamente físicos, mas metafóricos: o imaginário, as ideias, o pensamento. Fomos ver quais as ramificações e raízes do evento teatral, quais as árvores de folhas perenes e quais as caducifólias, sob o signo da árvore, que afinal está na própria semente da ESAP.
artigos by Jorge Louraço Figueira

Teatro do Vestido: um dicionário, 2018
Não se sabe quem são os autores do Vestido. Se procurássemos os autores como quem procura os auto... more Não se sabe quem são os autores do Vestido. Se procurássemos os autores como quem procura os autores de um crime, teríamos de os incluir na categoria de crime organizado. São muitos os autores morais do Vestido. Os principais talvez sejamos nós. Nós — essa primeira pessoa do plural repetida tantas vezes como artifício retórico no jornalismo, na publicidade e na propaganda, ao ponto de nos fazer assinar de cruz a transformação em objeto de consumo e consequente venda de tudo, até da hospitalidade, mas que nos espetáculos do Vestido ganha corpo no corpo autêntico dos atores. A máquina eleitoral democrática transforma os cidadãos, que assinam de cruz, em massa anónima, em contradição com o princípio de que o cidadão é quem assina pelo próprio punho o livro do seu destino. Em «The Nine Billion Names of God», um conto de Arthur C. Clarke de 1953, revela-se como os monges de um mosteiro tibetano decidem encomendar à IBM uma máquina que calcule todos os nomes possíveis de Deus. Talvez a missão do Teatro do Vestido, se comparássemos os seus atores a monges budistas, fosse saber o nome de todas as pessoas, mas sem máquinas, para poderem tratá-las por tu e, juntos, dizermos «nós».

Contemporary Portuguese Theatre: Experimentalism, Politics and Utopia [working title]
Like many of the artists of their generation, Nuno Cardoso (b. 1970, Canas de Senhorim), Bruno Br... more Like many of the artists of their generation, Nuno Cardoso (b. 1970, Canas de Senhorim), Bruno Bravo (b. 1972, Lisbon) and Gonçalo Amorim (b. 1976, Oporto) are the heirs to the founders of independent theatre groups, figures who have played a pivotal role since the early 1970s, names such as João Brites at O Bando, João Mota at the Comuna, and Luís Miguel Cintra at the Cornucópia. These men — and they are nearly always men — have guaranteed this public service via their activity in the private sphere, creating theatrical performances that are both works of art and acts of civic intervention, with the dual function being that of criticising and celebrating the democratic regime which followed the 1974 Carnation Revolution. Each in his own way, Cardoso, Bravo, and Amorim are following in their predecessors’ footprints.

Teatro português Contemporâneo: Experimentalismo, Política e Utopia [Título Provisório], 2017
revisão Mariana Vaz-Freire design da capa Patrícia Flôr impressão AGIR Lisboa, 2017 | Depósito Le... more revisão Mariana Vaz-Freire design da capa Patrícia Flôr impressão AGIR Lisboa, 2017 | Depósito Legal: 431251/17 | ISBN: 978-989-8349-49-1 Embora o TNDM II tenha envidado todos os esforços para contactar os autores das fotografias contidas na presente publicação, nomeadamente junto dos artistas, companhias e estruturas teatrais com quem colaboraram, não foi possível localizar todos os fotógrafos creditados. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida sob qualquer forma (eletrónica, mecânica, fotocópia, etc.) sem a prévia autorização da editora e do Índice introduçÃo experimentalismo, Política e utopia: um teatro português do início do século xx ao dealbar do novo milénio 7 RuI PINA CoELho 1. Bases de criação para o século xxi: a intensificação da experiência cénica em João Garcia Miguel (oLHo) e em Miguel Moreira (Útero) 23 GuSTAVo VICENTE 2. regime democrático e regimes de cena: três encenadores (nuno cardoso, Bruno Bravo e Gonçalo Amorim) 41 JoRGE LouRAço FIGuEIRA 3. os territórios geográficos e afetivos das comédias do Minho e do teatro do Vestido 59 RuI PINA CoELho 4. Lazer, trabalho e afetos ou a arte de identificar o que é importante: tónan Quito, tiago rodrigues e Gonçalo Waddington 79 ANA PAIS 5. outros artistas: o teatro Praga e o cão Solteiro 99 MARIA SEquEIRA MENDES 6. As poéticas do desassossego da mala voadora, colectivo 84, Martim Pedroso & nova companhia e Miguel Loureiro (coletivo 3/quartos) 117 RITA MARTINS 7. um espaço de transdisciplinaridade: Projecto teatral, Karnart, Visões Úteis e circolando 135 EuNICE TuDELA DE AzEVEDo 8. companhias de atores: modos, processos e configurações d'As Boas raparigas…, da Palmilha dentada e do teatro do eléctrico 155 PAuLA GoMES MAGALhãES 9. uma personagem que sai fora de um livro, uma plateia que lê e um homem que se abraça a uma pilha de livros: Patrícia Portela, Miguel castro caldas e rui catalão 173 ANA BIGoTTE VIEIRA ABreViAturAS 188 Índice reMiSSiVo 189 Artistas, Autores, Companhias, Espaços, Eventos notAS SoBre oS coLABorAdoreS 198 JORGE LOURAÇO FIGUEIRA 2 regime democrático e regimes de cena: três encenadores (nuno cardoso, Bruno Bravo e Gonçalo Amorim) Nuno Cardoso (Canas de Senhorim, 1970), Bruno Bravo (Lisboa, 1972) e Gonçalo Amorim (Porto, 1976) são, com outros artistas da sua geração, herdeiros do papel desempenhado desde o início dos anos de 1970 pelos fundadores de grupos de teatro independente, como João Brites, n'O Bando; João Mota, na Comuna; ou Luís Miguel Cintra, na Cornucópia. Estes homens -quase só homens -garantiram o serviço público através da atividade privada, criando espetáculos de teatro que são obras de arte e atos de intervenção cívica, com a dupla função de criticar e celebrar o regime democrático saído da revolução de 1974. Cardoso, Bravo e Amorim, cada um à sua maneira, seguem-lhes os passos.
Os espectáculos nascem em noites frias ou tardes quentes. Ou então de um texto profundo e actual.... more Os espectáculos nascem em noites frias ou tardes quentes. Ou então de um texto profundo e actual. Ou então apenas da vontade, não de contar histórias, mas de dar lenha à fogueira da imaginação do espectador.
Questão de Crítica – Revista eletrônica de críticas e estudos teatrais, Vol. IX, nº 67, Apr 2016
In this play, the point of view is given by a ship, an anchor and suicidal young man. The action ... more In this play, the point of view is given by a ship, an anchor and suicidal young man. The action takes place on an island, over three generations of two families whose fates intersect. While the characters of the 1st generation take fate on their hands, and the 2nd generation ones are more or less resigned, the 3rd ones barely distinguish themselves from the island and the ship fates. As an allegory, Cais shows a collective impasse.
Questão de Crítica – Revista eletrônica de críticas e estudos teatrais, Vol. IX, nº 67, Apr 2016
The show comes from the clash between Pasolini's original work and group XIX and Vila Maria Zélia... more The show comes from the clash between Pasolini's original work and group XIX and Vila Maria Zélia reality. The scene is an inverted arena, with the audience in the center, on rotative benches, and the actors in all the entrances and exits. The lifeless face and the act of watching death are recurrent figuras, making the show a study on watching. The impossibility and the necessity of representing violence is one of the contradictions exposed in the show, which reveals the spectators role in the process.
Este artigo mostra como o texto de Conversas com Meu Pai usa a preterição, uma figura de linguage... more Este artigo mostra como o texto de Conversas com Meu Pai usa a preterição, uma figura de linguagem, e a “indizibilidade”, uma das “propriedades do discurso da personagem”, assim nomeada por Sanchis Sinisterra, para criar uma figura de estilo ainda não nomeada, para reproduzir a ação da personagem e originar a experiência do público.
Não: «nem temos um teatro material, nem um drama, nem um
Revista Crioula, Nov 2011
Reinaldo Maia, brasileiro, fundador do grupo de teatro Folias, morreu subitamente em Abril de 200... more Reinaldo Maia, brasileiro, fundador do grupo de teatro Folias, morreu subitamente em Abril de 2009. Autor de Babilônia e de Oresteia -O Canto do Bode (adaptação da obra de Ésquilo), escreveu também os ensaios Brecht visto da rua e O ator criador. O espectáculo Ceci beijou Peri, e aí, José?, que escreveu e dirigiu até pouco antes de falecer, em cartaz por vários meses, no Teatro
Uploads
Livros by Jorge Louraço Figueira
Vá até ao fim
artigos by Jorge Louraço Figueira
Vá até ao fim
The texts that follow are in part shared reflections. Since 2018 I have asked a number of thinkers and artists to record impressions, reflections, opinions and their options about this time and the arts. Having at its center the challenge launched each of these collaborators, this Documentary Record gave freedom to each one to work on personal strategies and visions. It was a process where the troubles of an era of successive rebirths were manifested. The interest of this document, if any, is expected to be twofold: to turn toward the future and to the understanding of the current transitory.
BREVE EXPLICAÇÃO PARA ESTE REGISTO DOCUMENTAL
Os textos que se seguem são em parte reflexões partilhadas. Desde 2018 que solicitei a um conjunto de pensadores e artistas que registem impressões, reflexões, opiniões e as suas opções acerca deste tempo e das artes. Tendo por centro o desafio lançado cada um desses colaboradores, este Registo Documental deu liberdade de cada um trabalhar estratégias e visões pessoais. Foi um processo onde se manifestaram os apuros de uma época de sucessivos renascimentos. O interesse deste documento, se algum tiver, espera-se ser duplo: virar-se para o porvir e para o entendimento do atual transitório.