Papers by Marihá Barbosa e Castro

PRINCIPIA
Este trabalho discute o estabelecimento do gênero sátira em Roma a partir das contribuições de Qu... more Este trabalho discute o estabelecimento do gênero sátira em Roma a partir das contribuições de Quinto Horácio Flaco nos Sermones. Ainda que Lucílio tenha sido apontado por Horácio como inventor e modelo da sátira romana, o poeta augustano não encarou o modelo através de limites, resguardando boa quantidade de liberdade e flexibilidade para criar. Horácio promoveu transformações através da redução e do refinamento e, mesmo tendo adotado o estilo e a forma dos poemas de Lucílio, criticou severamente o inventor do gênero. A sátira horaciana é uma invenção consciente e de natureza experimental que se destacou por ter trazido elementos da estética helenística para a sátira luciliana. Horácio constrói em seus Sermones um programa satírico ou um pequeno tratado sobre o gênero e demonstra verdadeira preocupação com o engenho e o estilo, criticando vícios de escrita e sugerindo as maneiras moderadas e pertinentes de compor sátira.

Litterata, 2017
Resumo: Apresenta uma tradução poética do prólogo das Saturae de Aulo Pérsio Flaco, satirista do ... more Resumo: Apresenta uma tradução poética do prólogo das Saturae de Aulo Pérsio Flaco, satirista do período neroniano, que leva em consideração os aspectos formais do original latino. Após fazer breves considerações sobre o estilo do autor, que é marcado por obscuridade e concisão, oferece uma análise do poema, relacionando-o com a tradição a que se filia-tanto a sátira romana como a invectiva grega. Aponta, ainda, no prólogo, os temas que serão retomados pelas sátiras que se seguem e orientarão em grande parte o fazer poético de Pérsio. Palavras-chave: Sátira romana. Aulo Pérsio Flaco. Tradução poética. Introdução Apresentamos neste trabalho uma proposta de tradução em versos do prólogo das Sátiras de Pérsio, discutindo brevemente o estilo de linguagem e composição do autor, e as dificuldades em se pensar uma tradução para o português do texto latino que atenda às diversas camadas do original.
Com base em estudos anteriores sobre o
desenvolvimento do ensino básico e superior no Brasil, e c... more Com base em estudos anteriores sobre o
desenvolvimento do ensino básico e superior no Brasil, e como
primeira etapa de um estudo mais amplo acerca das propostas e
perspectivas do ensino de língua latina no Brasil, este trabalho
procurou traçar um panorama do ensino de línguas clássicas,
em especial da língua latina no Brasil, desde o período colonial,
buscando compreender os movimentos que levaram à situação
atual, em que a língua latina ocupa espaço mínimo nos currículos
universitários, em geral apenas dos cursos de Letras. Em seguida,
procurou-se esboçar o quadro atual dos debates na área do ensino
de língua latina na universidade brasileira, apontando-se os
principais desafios enfrentados pelos pesquisadores da área.
A partir de um referencial teórico sobre o ensino de latim no Brasil e das respostas a um questi... more A partir de um referencial teórico sobre o ensino de latim no Brasil e das respostas a um questionário realizado com professores de língua e literatura latina atuantes em várias universidades públicas brasileiras, a pesquisa da qual este trabalho é uma primeira apresentação pretende, por
um lado, estabelecer um panorama do ensino de língua latina no Brasil atualmente e, por outro, esboçar um modelo de ensino de língua latina desejado pelos mesmos profissionais, tendo como objeto não só a metodologia como também os objetivos e o conteúdo abordado. Pretende-se, com isso, observar como a universidade pública brasileira pensa atualmente a contribuição do ensino de língua, cultura e literatura latina para a formação dos licenciados em Letras modernas que não se aprofundarão na área de Estudos Clássicos, parte significativa do alunado nas salas de aula de latim.
Estudos em tradução & recepção dos clássicos, 2020

RESUMO: Nosso propósito foi o de analisar a primeira silva de Estácio, em que o poeta descreve a ... more RESUMO: Nosso propósito foi o de analisar a primeira silva de Estácio, em que o poeta descreve a estátua equestre de Domiciano, e o de estabelecer uma comparação deste com o que está presente em outra obra do mesmo autor, a Aquileida. Para tanto, utilizamos os pressupostos da retórica aristotélica no que diz respeito ao terceiro gênero discursivo a que o poeta poderia se dedicar, o epidítico. Em nosso entendimento, tanto na silva I.1 quanto nos dezenove primeiros versos da Aquileida, Estácio não somente Domiciano a Júlio César e Alexandre, o Grande, mas seus versos o elevam a um grau de superação daqueles modelos de comportamento (exempla) no campo das artes e em matéria militar, respectivamente. Na silva I.1, Domiciano supera César e Alexandre, o Grande, ao passo que na Aquileida ele supera Aquiles. Por meio da análise de conteúdo, estabelecemos cinco categorias analíticas para nosso corpus documental, a saber: a que personagem se refere, seus atributos físicos, seus atributos militares, seus atributos religiosos e o espaço em que a narrativa se passa. PALAVRAS-CHAVE: Elogio. Domiciano. Estácio. ABSTRACT: In this article we analyse Statius' Silva 1.1, in which the poet describes the equestrian statue of Domitian, and that of establishing a comparison with what is present in another work by the same author, the Achilleid. We use the assumptions of Aristotelian rhetoric with regard to the third discursive genre to which the poet could dedicate himself, the epiditic. We argue both in Statius' Silva 1.1 and in the Achilleid I. 1-19, the poet not only equates Domitian with Julius Caesar and Alexander the Great, but his verses elevate him to a degree of overcoming those models of behavior (exempla) in the field of the arts and in military matters, respectively. In Silva 1.1, Domitian overcomes Caesar and Alexander the Great, while in Statius' Achilleid he overcomes Achilles. We established five analytical categories for our corpus, namely:
Este artigo investigará de que modo Pérsio, autor do período neroniano, muitas vezes criticado po... more Este artigo investigará de que modo Pérsio, autor do período neroniano, muitas vezes criticado por sua obscuridade e preterido pela crítica acadêmica, oferece em suas Saturae um novo estilo para o gênero sátira ao emular a tradição, retomando temas comuns tanto a Lucílio como a Horácio, tais como a delimitação da audiência, a libertas e a valorização da romanidade e da latinitas. Desse modo, pretende-se também demonstrar que o estudo da obra de Pérsio e de sua releitura da tradição é essencial para a compreensão da formação do gênero sátira em Roma, criando-se elementos que serão fundamentais para satiristas da posterioridade.
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desenvolvimento do ensino básico e superior no Brasil, e como
primeira etapa de um estudo mais amplo acerca das propostas e
perspectivas do ensino de língua latina no Brasil, este trabalho
procurou traçar um panorama do ensino de línguas clássicas,
em especial da língua latina no Brasil, desde o período colonial,
buscando compreender os movimentos que levaram à situação
atual, em que a língua latina ocupa espaço mínimo nos currículos
universitários, em geral apenas dos cursos de Letras. Em seguida,
procurou-se esboçar o quadro atual dos debates na área do ensino
de língua latina na universidade brasileira, apontando-se os
principais desafios enfrentados pelos pesquisadores da área.
um lado, estabelecer um panorama do ensino de língua latina no Brasil atualmente e, por outro, esboçar um modelo de ensino de língua latina desejado pelos mesmos profissionais, tendo como objeto não só a metodologia como também os objetivos e o conteúdo abordado. Pretende-se, com isso, observar como a universidade pública brasileira pensa atualmente a contribuição do ensino de língua, cultura e literatura latina para a formação dos licenciados em Letras modernas que não se aprofundarão na área de Estudos Clássicos, parte significativa do alunado nas salas de aula de latim.
desenvolvimento do ensino básico e superior no Brasil, e como
primeira etapa de um estudo mais amplo acerca das propostas e
perspectivas do ensino de língua latina no Brasil, este trabalho
procurou traçar um panorama do ensino de línguas clássicas,
em especial da língua latina no Brasil, desde o período colonial,
buscando compreender os movimentos que levaram à situação
atual, em que a língua latina ocupa espaço mínimo nos currículos
universitários, em geral apenas dos cursos de Letras. Em seguida,
procurou-se esboçar o quadro atual dos debates na área do ensino
de língua latina na universidade brasileira, apontando-se os
principais desafios enfrentados pelos pesquisadores da área.
um lado, estabelecer um panorama do ensino de língua latina no Brasil atualmente e, por outro, esboçar um modelo de ensino de língua latina desejado pelos mesmos profissionais, tendo como objeto não só a metodologia como também os objetivos e o conteúdo abordado. Pretende-se, com isso, observar como a universidade pública brasileira pensa atualmente a contribuição do ensino de língua, cultura e literatura latina para a formação dos licenciados em Letras modernas que não se aprofundarão na área de Estudos Clássicos, parte significativa do alunado nas salas de aula de latim.