Os anos abordados neste trabalho(1750 a 1779) é preenchido, em boa medida, pela segunda e pela te... more Os anos abordados neste trabalho(1750 a 1779) é preenchido, em boa medida, pela segunda e pela terceira geração de moradores das Minas Gerais, que já não era mais uma região ocupada somente por aventureiros em busca dos ganhos rápidos da mineração. A cidade de Mariana, sede de bispado e foco do estudo, contava à época com alguma estrutura que lhe garantia uma significativa concentração urbana.
Este artigo tem por proposta analisar as formas de ações e resistências dos cativos de Ribeirão P... more Este artigo tem por proposta analisar as formas de ações e resistências dos cativos de Ribeirão Preto entre 1850 e 1888. As análises e as reflexões que apresentamos procuram compreender as mudanças ocorridas em Ribeirão Preto, bem como entender os conflitos existentes entre senhores e escravos no final do século XIX, numa tentativa de recuperar o papel dos cativos enquanto agentes históricos envoltos no período de eliminação do cativeiro no Brasil.
Na passagem do século XIX para o XX a forma de contágio e etiologia da febre amarela eram desconh... more Na passagem do século XIX para o XX a forma de contágio e etiologia da febre amarela eram desconhecidos, prejudicando o controle sobre a doença que acabou por virar epidemia. Depois de ter atingido o Rio de Janeiro chegou a São Paulo via porto de Santos e daí seguiu pelas estradas de ferro rumo ao interior do estado. Em época a sociedade e o estado brasileiro, passavam por mudanças estruturais do Império à República, entre o trabalho escravo e a chegada dos imigrantes europeus para trabalharem como mão-de-obra assalariada. Todas essas mudanças somavam se as novas áreas de ocupação em São Paulo, estimuladas pela atividade do café, onde também chegou a febre amarela. O estudo ora proposto privilegia uma dessas áreas, São Simão que fora elevada a categoria de vila em 1865 e após 10 anos já possuía 3.507 habitantes desses 777 eram escravos (MONTI, 2005). Uma área de expansão econômica onde o café começou a ser cultivado em 1870, o que possibilitou a formação de um núcleo urbano e de uma elite local, além de atrair muitos imigrantes para suas fazendas, fluxo este facilitado pela chegada da Companhia Mogyana de Estradas de Ferro em 1882. São Simão acabou sendo um reflexo de todos os acontecimentos da época e passou por três epidemias de Febre Amarela em 1896, 1898 e 1902. As epidemias foram tão marcantes que foi em São Simão que o médico Emílio Ribas, usando dados e observações dessas epidemias, chegou a procedimentos, tão bem sucedidos, de controle, que posteriormente também foram utilizados por Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro. A bibliografia que estuda São Simão afirma que após esses sucessivos surtos de febre amarela a cidade não conseguiu mais se reerguer, o que acabou por minar as economias locais que escorreram em direção a Ribeirão Preto. Desmembrado de São
Os anos abordados neste trabalho(1750 a 1779) é preenchido, em boa medida, pela segunda e pela te... more Os anos abordados neste trabalho(1750 a 1779) é preenchido, em boa medida, pela segunda e pela terceira geração de moradores das Minas Gerais, que já não era mais uma região ocupada somente por aventureiros em busca dos ganhos rápidos da mineração. A cidade de Mariana, sede de bispado e foco do estudo, contava à época com alguma estrutura que lhe garantia uma significativa concentração urbana.
Este artigo tem por proposta analisar as formas de ações e resistências dos cativos de Ribeirão P... more Este artigo tem por proposta analisar as formas de ações e resistências dos cativos de Ribeirão Preto entre 1850 e 1888. As análises e as reflexões que apresentamos procuram compreender as mudanças ocorridas em Ribeirão Preto, bem como entender os conflitos existentes entre senhores e escravos no final do século XIX, numa tentativa de recuperar o papel dos cativos enquanto agentes históricos envoltos no período de eliminação do cativeiro no Brasil.
Na passagem do século XIX para o XX a forma de contágio e etiologia da febre amarela eram desconh... more Na passagem do século XIX para o XX a forma de contágio e etiologia da febre amarela eram desconhecidos, prejudicando o controle sobre a doença que acabou por virar epidemia. Depois de ter atingido o Rio de Janeiro chegou a São Paulo via porto de Santos e daí seguiu pelas estradas de ferro rumo ao interior do estado. Em época a sociedade e o estado brasileiro, passavam por mudanças estruturais do Império à República, entre o trabalho escravo e a chegada dos imigrantes europeus para trabalharem como mão-de-obra assalariada. Todas essas mudanças somavam se as novas áreas de ocupação em São Paulo, estimuladas pela atividade do café, onde também chegou a febre amarela. O estudo ora proposto privilegia uma dessas áreas, São Simão que fora elevada a categoria de vila em 1865 e após 10 anos já possuía 3.507 habitantes desses 777 eram escravos (MONTI, 2005). Uma área de expansão econômica onde o café começou a ser cultivado em 1870, o que possibilitou a formação de um núcleo urbano e de uma elite local, além de atrair muitos imigrantes para suas fazendas, fluxo este facilitado pela chegada da Companhia Mogyana de Estradas de Ferro em 1882. São Simão acabou sendo um reflexo de todos os acontecimentos da época e passou por três epidemias de Febre Amarela em 1896, 1898 e 1902. As epidemias foram tão marcantes que foi em São Simão que o médico Emílio Ribas, usando dados e observações dessas epidemias, chegou a procedimentos, tão bem sucedidos, de controle, que posteriormente também foram utilizados por Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro. A bibliografia que estuda São Simão afirma que após esses sucessivos surtos de febre amarela a cidade não conseguiu mais se reerguer, o que acabou por minar as economias locais que escorreram em direção a Ribeirão Preto. Desmembrado de São
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Papers by Carlo MONTI