
IARA SOUZA
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A série dos Seminários Mapeando Controvérsias, iniciada em 2013, tem contribuído para a difusão de trabalhos pioneiros e novos experimentos etnográficos envolvendo os debates sobre simetrização, hibridismo, distribuição de agência, redes sociotécnicas, multiespécies, tecnossocialidades, biossocialidades, os quais representam, por sua vez, um amplo e diversificado conjunto de desafios que, no nosso entender, configuram um campo de tensões aporéticas contemporâneas para a produção antropológica. Uma primeira publicação de resultados dos nossos Seminários foi o dossiê “Simetrização, Hibridismo e Agência na Antropologia”, publicado na Revista Ilha (volume 17, n. 2, 2015), organizado por Theophilos Rifiotis, Jean Segata e Oscar Calavia Saez. Um segundo desdobramento dos nossos Seminários foi a publicação dos trabalhos apresentados, em 2016, no IV Seminário Mapeando Controvérsias Contemporâneas na Antropologia, no formato de livro, sob os auspícios editoriais da Associação Brasileira de Antropologia, com apoio do CNPq, CAPES e FAPESC – esse livro, intitulado “Políticas Etnográficas no Campo da Cibercultura”, foi organizado por Jean Segata e Theophilos Rifiotis.
A presente obra é composta de seis capítulos, todos inscritos num esforço que os aproxima, para além da diversidade dos recortes temáticos e dos distintos referenciais teóricos. Rompendo com os debates epistemológicos, todos os trabalhos aqui publicados trazem uma marca comum: a problematização, a fricção ontológica, na feliz expressão cunhada por Frédéric Keck, Ursula Regehr e Saskia Walentowitz (2008, p. 35) na Introdução ao dossiê “Anthropologie: le tournant ontologique en Action”. Trata-se de um conjunto de trabalhos que operam, a partir de referências particulares, com o desdobramento das multiplicidades – as “políticas ontológicas”, de que falava John Law (2014, p. 143) – e que mantêm, sem dúvida, forte relação com os trabalhos de Eduardo Viveiros de Castro, Marilyn Strathern, Isabelle Stengers e Bruno Latour, dentre outros autores que vêm contribuindo para esse grande projeto antropológico. Portanto, não se trata de uma simples reunião de trabalhos voltados a uma temática específica: nosso projeto editorial supõe que cada leitor, conforme seus interesses, possa encontrar, num ou noutro destes capítulos, cruzamentos com suas próprias pesquisas. Nesse sentido, o presente livro foi concebido com a ambição de servir a diferentes leitores – não exclusivamente do campo antropológico – que estejam interessados em dispor de um mapeamento plural das controvérsias contemporâneas na antropologia e, a partir daí, ampliar e aprofundar seus próprios argumentos e modos de fazer seus trabalhos etnográficos.
A série dos Seminários Mapeando Controvérsias, iniciada em 2013, tem contribuído para a difusão de trabalhos pioneiros e novos experimentos etnográficos envolvendo os debates sobre simetrização, hibridismo, distribuição de agência, redes sociotécnicas, multiespécies, tecnossocialidades, biossocialidades, os quais representam, por sua vez, um amplo e diversificado conjunto de desafios que, no nosso entender, configuram um campo de tensões aporéticas contemporâneas para a produção antropológica. Uma primeira publicação de resultados dos nossos Seminários foi o dossiê “Simetrização, Hibridismo e Agência na Antropologia”, publicado na Revista Ilha (volume 17, n. 2, 2015), organizado por Theophilos Rifiotis, Jean Segata e Oscar Calavia Saez. Um segundo desdobramento dos nossos Seminários foi a publicação dos trabalhos apresentados, em 2016, no IV Seminário Mapeando Controvérsias Contemporâneas na Antropologia, no formato de livro, sob os auspícios editoriais da Associação Brasileira de Antropologia, com apoio do CNPq, CAPES e FAPESC – esse livro, intitulado “Políticas Etnográficas no Campo da Cibercultura”, foi organizado por Jean Segata e Theophilos Rifiotis.
A presente obra é composta de seis capítulos, todos inscritos num esforço que os aproxima, para além da diversidade dos recortes temáticos e dos distintos referenciais teóricos. Rompendo com os debates epistemológicos, todos os trabalhos aqui publicados trazem uma marca comum: a problematização, a fricção ontológica, na feliz expressão cunhada por Frédéric Keck, Ursula Regehr e Saskia Walentowitz (2008, p. 35) na Introdução ao dossiê “Anthropologie: le tournant ontologique en Action”. Trata-se de um conjunto de trabalhos que operam, a partir de referências particulares, com o desdobramento das multiplicidades – as “políticas ontológicas”, de que falava John Law (2014, p. 143) – e que mantêm, sem dúvida, forte relação com os trabalhos de Eduardo Viveiros de Castro, Marilyn Strathern, Isabelle Stengers e Bruno Latour, dentre outros autores que vêm contribuindo para esse grande projeto antropológico. Portanto, não se trata de uma simples reunião de trabalhos voltados a uma temática específica: nosso projeto editorial supõe que cada leitor, conforme seus interesses, possa encontrar, num ou noutro destes capítulos, cruzamentos com suas próprias pesquisas. Nesse sentido, o presente livro foi concebido com a ambição de servir a diferentes leitores – não exclusivamente do campo antropológico – que estejam interessados em dispor de um mapeamento plural das controvérsias contemporâneas na antropologia e, a partir daí, ampliar e aprofundar seus próprios argumentos e modos de fazer seus trabalhos etnográficos.